Honoré de Balzac

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Hoje, mais trintona do que nunca, deixo Balzac falar por mim. Ele que em "A mulher de trinta anos", penetra de maneira ampla e generosa na alma feminina, a ponto de merecer de sua amiga Zulma Carraud as seguintes linhas: "Você tem uma inteligência do coração das mulheres que nunca foi dada a nenhum outro homem... nunca um homem conseguiu entrar mais fundo na existência delas...". Neste livro, Balzac, foi um precursor do feminismo, ao mostrar Julie, a infeliz heroína, às voltas com problemas fundamentais da vida amorosa e sentimental das mulheres e com o fracasso do casamento. Balzac prestou a nós mulheres (particularmente, ás coma mais de trinta) um serviço imenso, que elas nunca lhe poderão agradecer suficientemente, pois duplicou para elas a idade do amor... Curou o amor do preconceito da mocidade.
Em homenagem a esse homem com sensibilidade feminina acurada, cito algumas de suas frases. Sempre recomendando a leitura de susa obras, mais apaixonadamente, "A mulher de trinta anos".
Todas as frases e pensamentos abaixo são de sua autoria:
"Sentir, amar, sofrer, devotar-se, será sempre o texto da vida das mulheres. "
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
É mais fácil ser amante do que marido, pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a fio..
O bom marido nunca deve ser o primeiro a adormecer à noite, nem o último a acordar pela manhã.
Quanto mais criticamos menos amamos.
Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade.
Da maciez de uma esponja molhada até à dureza de uma pedra-pomes, existem infinitas nuances. Eis o homem.
É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.
É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja.
A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais.
A duração de uma paixão é proporcional à resistência original da mulher.
Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios, e se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condenamo-los com severidade por não terem as nossas qualidades.

Viagem ao meu coração

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Será que existe, Meu Deus?
Em todo esse mundo, alguém como eu?
Me sinto tão sozinha, diferente do resto da humanidade.
Ás vezes acho que ninguém me entende.
Gosto do que ninguém gosta.
Leio o que ninguem gosta de ler.
Leio tudo, de Sidney Sheldon a George Orwell,
De Kafka a Bianca, Julia e Sabrina.
Na verdade não entendo como alguém é capaz de não gostar de ler.
Gosto de tecnologia, de informática,
odeio matemática!
Gosto de novela, de filme com final feliz
detesto drama... filme, pra rir,
pra chorar nem pensar.
Adoro comédia romântica
Adoro dançar.
Mas sou eclética, adoro boate, e dança de salão.
Faço dança do ventre apenas para desestressar.
Adoro desenho animado.
Mas somente aqueles antigões, como eu,
Adoro Piu-piu, pica-pau, Tom e Jerry,
Adorava a corrida maluca, Pepe le pew,
o gambá romântico e sua fixação na gatinha pintada.
El cabongue! Animaniacs, mais específicamente Pink e Cérebro.
Adorava serados antigos, A feiticeira, Jeannie é o gênio,
Anjos da Lei e Logan´s run, que acho que só eu assistia.
Nenhum dos meus amigos nunca ouviu falar.
Toco violão, ou tento, mas nunca tomei curso, apenas tento.
Não ando em balada, não saio à noite, não bebo, não fumo.
Ou seja, sou uma chata!
Me divirto trabalhando.
Trabalho feito uma louca.
E já estou ficando doida com uma rotina dessa.
Fugir do trabalho para trabalhar
Ainda sou mãe, dona de casa e filha nos intervalos.
Estou com a carta de demissão assinada do papel de esposa.
Cansei de sofrer.
Quero de volta meu crachá de mulher, pois há anos eu perdi
ou deixei de usar.
Não sei desde quando venho me anulando,
Mas descobri que existo e preciso existir
Eu sou muito feliz.
Mas minha indisciplina em relação ao trabalho estão me incomodando.
Não tenho medo da morte. Tenho medo de sofrer, de sentir dor.
Nunca acreditei em demônio, já temos demônios demais, e eles estão dentro de nós. Nas nossas más tendências, no egoísmo enraizado em nosso coração, no nosso orgulho, vaidade.
Mas num demônio? Alguém que se contrapõe a Deus? Não acredito! Nunca acreditei na existência do mal absoluto.
Desde pequena, quem quisesse me meter medo arranjasse outra coisa.
Eu só acredito em Deus.
Sendo Deus maior que tudo não poderia haver nada que pudesse "LUTAR" com ele, contrariá-lo? Jamais!
Eu só acredito na luz, no amor...
Por Cris Vaccarezza


Nostálgica

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Hoja estava aqui com saudades dos meus bons tempos de ócio adolecente.

Dos bons tempos em que podia passar horas assistindo desenho animado.

Tampo da febre dos patins, Xanadu, do Ioiô da coca cola...

Tempo de assitir El Cabongue, Bibo Pai e Bob filho, A pantera cor de Rosa, Pepe Le pew, o Pica-pau. Tempo de assistir Grease, Michael Jackson Thriller, Madonna com Holliday, de ouvir Chris Isaac

Solidão de Fada

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A fada Madrinha é uma mulher só. Não por que é sozinha. Na verdade é casada há anos. Mas sua alma é sozinha.

Casada, também é modo de dizer, por que onde se casa o corpo e não se casa a alma, se persiste solteiro.

Assim, a Fada Madrinha, além de sozinha é solteira.

Memórias da Fada Madrinha

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Enfim chegara o grande dia no reino. O dia do baile encantado. No lugar da Cinderela, a fera trajada de príncipe. A noite é de risos e de festas, de danças e de alegria. Mas a fada madrinha, a fada Morgana está só.
Sentada em seu canto escuro, distante dos holofotes brilhantes, ela se entrega a uma viagem introspectiva profunda. Sinal dos tempos. A menina que não coseguia se ver no espelho como adulto, agora se enxergava senil...
Não se sentia triste, ao contrário, estava muito feliz por ele. Sentia que enfim sua missão acabava. A lagarta, após longo período de pupa, enfimdeixava o casulo, estirava as belas asas, projetava-se para a luz, preparando-se para voar como é a lei natural da vida.
Outras borboletas, igualmente belas e jovens, igualmente idealistas e promissoras já se agitavam graciosas em torno dele.
Era o princípio do fim. Ela sabia que por mais que a borboleta, feliz, lhe adorasse pela mágia da transformação, era chegado o momento natural da partida.
É difícil para a maioria das pessoas, olhar para uma lagarta que rasteja lentamente sobre o solo, vivendo sua vida, sonhando apenas com o que seus olhos rasteiros podem contemplar, e perceber a borboleta a que esta lagarta está destinada a ser. Muitas pessoas esquecem que aquele ser aparentemente limitado e inútil, que serve apenas para comer, capaz de executar apenas movimentos limitados em seu lento rastejar, dona de uma imagem pouco convidativa, se tornará dentro em pouco uma linda borboleta, capaz de vôos indescritíveis e de sentir o perfume das mais belas flores. Capaz de criar o milagre da vida através da polinização.
Mas, assim é na natureza. Tudo caminha para a evolução. A fada madrinha sabe no íntimo de toda essa verdade. Soube desde o início, qual seria o final da história, mas não pode conter a lágrima que escorreu do canto de seu olho. Ela amava a borboleta de maneira muito especial, e nutria por ele um carinho zeloso de mãe que espera o melhor para seu filho. Era como se as asas que começavam a se agitar no ar, encantado com o balé das outras borboletas, levasse delaum pedacinho querido de sí mesma. De sua própria história. Por isso derramou aquela lágrima. Mas precisava ser somente aquela, seu pranto não poderia adiar a ascensão da borboleta para a luz. Não era tristeza que expressavam suas lágrimas. era uma saudade só. Um misto de alívio pela missão alí findada e dor pela previsão do fim inevitável e necessário. Um misto de ternura e solidão. De fé no futuro da borboleta e incerteza por seu próprio caminhar dalí em diante.
A vida é inexorável em seu ritmo, o tempo é imperioso em seu eterno pulsar, e da mesma maneira que toda borboleta foi criada para voar livre pelos campos em meio a seus iguais, reproduzir, viver sua vida, e queira Deus já bem velhinha tranquilamente descansar, e estava, desde sempre, destinada a partir; à fada madrinha, restava a abóbora, e os ratinhos à meia noite, quando quebrado o encanto, tudo voltava a ser o que realmente era. A ela estava destinada a missão de criar a magia, de levar o encantamento para outros, a vida tem que continuar.
As cortinas se fecham e a varinha se acende. É hora de esquecer a Fera que virou Principe encantado e está destinado a encontrar a sua Bela, e buscar outras gatas borralheiras, patinhos feios, sapos, ogros, pinóquios cigarras ou lagartasque necessitem que um pouco de magia em suas vidas...
"...que não se faça a minha vontade, mas a tua!"(Lucas 22,42).

Dias...Dias...Dias Eita vida corrida:

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Acorda às 07:15, banho, roupa, café, escova, penteia, beija, beija, corre, sai, liga, manobra, cumprimenta, pensa e vai...
Chega, senta, conversa, limpa, seca, tampa, ouve, pensa, torce, abaixa sobe, olha, olha, seca, seca...
Meio dia, corre, casa, antes, passa, corre, escola. Pronto! Entra, vamos lá! Chega, sobe, entra, beija, troca, tira, veste, lava, serve, serve, senta, come, fala, ouve, pensa, espera, bebe, come, levanta escova, deita, olha, fecha, abre, levanta veste, corre sai, volta chega desce entra senta, conversa, chama, abre, anestesia, anestesia, tira dor, tira dente, fecha, levanta, estica, lava e sai... Volta corre, chega sobe, cumprimenta, senta olha, olha, olha... Escreve escreve, assina assina... Seis da tarde, boca da noite...Quase sete... Levanta, corre sai, chega, senta ora, melhora, prece, calma, tempo, paz, silencio espírito, canto, amor, acende, levanta acaba e sai.
Desce entra, sai, anda,anda, chega, sobe, banho, senta, liga, pluga, conecta, olha olha, analisa,escreve, bloga.
Meia noite, uma hora e hora vai... chega pára, tô com sono, deita prega o olho, descansar... Acorda às 07:15, banho, roupa, café...
Por Cris Vaccarezza

Platônico

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Eu me entrego em seus braços. 
Em meus sonhos
 imagino os abraços
 que ele poderia me dar.
Fecho meus olhos, viajo.
Imagino cenas. 
Em silêncio, me concentro em sua voz,
única troca lícita entre nós, 
tudo o que recebo dele em abundancia. 
Sua voz. E a sorvo como à luz do sol.
Quando meus olhos encontram os dele,
minha alma levanta vôo,
meus olhos mergulham ao chão
fico rubra de menina. 
Como se seus olhos me tocassem, 
como se desnudada ficasse, pelo seu tímido olhar
Ele me sabe tocada, e em troca, me olha também
seus olhos penetram minha alma
e sentem meu coração.
Nós nos sabemos impossíveis.
Envolvidos numa proximidade distante.
Amados amantes de outrora, almas que se irmanam em oração
Gêmeas não por metades, gêmeas por definição.
Vidas que transcorrrem paralelas.
Rios que,  nestes vales, jamais se encontrarão.
Amor que não espera retorno.
Amor que não espera realização.
E eu o vejo em meus sonhos, 
e sua voz me ensina coisas, me fala do passado remoto,
da promessa de um futuro melhor.
Reencontro a fé em suas palavras, e a alegria ao ouvi-lo falar
Sua inteligencia me emociona, meu amor então se confirma.
E se conforma em não ser...
Por Cris Vaccarezza

Tristeza

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Tristeza é como enchete,inunda o rio de repente,
ninguém sabe por que.
Por que quis a calma, por que quis as águas,
Sem mais porque...
Sim, mas por que?
Tristeza lava a alma, mas também leva da alma
muito do seu existir.
Agredir a alma, agedir a calma,
Agredir a carne.
de quem só te quis bem...
Atirar uma pedra, proferir uma ofensa,
levantar a mão,
Desferir um golpe,
Disparar um tiro...
Agredir, agredir, agredir...
A escolha errada, o amor na lama,
o corpo na cama,
mel, fel, ardor...
O corpo doído, a alma ferida,
A falta de sentido...
O ódio sentido...
A triteza...
Perdoar, perodar, perdoar...
Perdurar, perdurar, perdurar...
Nada mais
By Myself
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