Xadrez

Como peças, em um tabuleiro bicolor,
Nos colocamos nessa vida. Posições estabelecidas pelo nascimento.
Trajetórias passíveis de mudança a depender das atitudes que tomamos.
Aqui estão os peões, os bispos, os cavalos, as torres, as rainhas e os reis de Deus.
Livres em seu arbítrio, presos por suas dívidas.
Como marionetes, mantidas no ar por fios transparentes e invisíveis que nalgum dia, nós mesmos tecemos.Os laços da vida.
Beijando de acordo com as suas escolhas, de acordo com sua aptidões, somos atores de um filme individual, vivido no coletivo.
Cada um de nós é seu protagonista, e o coadjuvante de vários filmes paralelos.
Como em uma produção de Hollywwod, os cenários são diversos, os estilos também. Há quem viva uma eterna comédia, há quem faça de sua vida um drama, há quem ache seu destino um terror. Há transforme sua existencia num suspense sem fim, há os que vivem seus relacionamentos com a dose certa de erotismo, mas há também os que se excedem, e transformam seus dias em um filme pornô sem enredo e sem sentido.
Há também os que vivem sua vida como em uma comédia romântica. Feliz.
Atuemos em nossas vidas, buscando ser os melhores papeis para nós e para os nossos coadjuvantes, buscando ser mais mocinhos que vilões.
Amar é possível em qualquer gênero cinematográfico. Como é possível amar embora haja desencontros pela vida.
Estou feliz de hoje ter podido tirar a máscara da Julieta e encarar você face a face. Não importa se esse longa vai ter continuação, se não vai passar de um curta metragem, se vai cair no esquecimento, se vai ser mais um dvd que a gente compra e nem chega a assistir.
Importa o sonho que sonhei, o papel que vivi, e que procurei fazer da melhor maneira possivel. Não importa o que virá. Importa o que já vivemos até hoje. E pra mim, foi muito.
Ter tido a oportunidade de te conhecer, de sonhar com você, de te sentir mais perto, de ir dormir, depois de longos papos, e deitar no travesseiro imaginando recostar em seu peito pra mim foram emoções indescritíveis. Inesquecíveis.
E eu só posso agradecer.
Por Cris Vaccarezza

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