Apenas um bolero...

Hoje, eu estava a fim de dançar um bolero, de rosto colado. Quem me dera soubesse dançar um bolero; Quem dera houvesse alguém que dançasse um bolero...
 Se fosse um tango, seria muito sensual, e do jeito que ando, ele me levaria além do limite e fatalmente a um gosto amargo no fim.
Se fosse uma salsa, eu ficaria caliente e levaria embora meu stress, mas não traria alento ao meu coração.
Se eu dançasse um zouk seria quase tão sensual quanto o tango, embora mais rápido. Eu ficaria suada, extasiada, mas não me sentiria envolvida, corpo colado, rosto nem tanto.
Uma bachata, já seria dramática demais. E um forró, muito veloz!
Mas um bolero, é leve como o sol. Leve como uma clave de sol. Um bolero é lento como o meu talento pra dançar.
Hoje eu queria dançar um bolero que levasse minha alma ao êxtase do romântico que não se encontra mais por aqui.
Queria ser tratada como uma dama. Com respeito, dignidade, carinho, doçura, como já não se tratam as damas por aqui.
Queria que os braços dele me fizessem sentir protegida e relaxada, queria que ele me conduzisse de maneira firme, mas gentil. Queria luz de velas, aroma de incenso, meia luz...
Queria ser uma só com ele, pois na dança, nos tornamos um.
Queria que esse momento mágico fosse regado com a melodia certa, no momento exato, para que o clima fosse inesquecível...
Mas acorda idiota! Hj só se dança soltinho! E olhe lá!
By Cris Vaccarezza

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