Como ter um caso de amor, e de sexo, sem culpa (Autor Desconhecido)

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Mergulhar de cabeça numa relação rápida e inconsequente pode ser um ótimo ensaio para um compromisso estável

Foi um dos relacionamentos mais gostosos da minha vida e duraram exatas duas semanas. Durante quatorze dias, conversamos sobre todos os livros que lemos, fomos ao cinema e ao teatro, curtimos deliciosas manhãs na praia, trocamos beijos sem fim e fizemos amor quase todo o tempo. Sabíamos que aqueles momentos já nasceram com os dias contados. Eu estava de partida para Portugal, onde passaria seis meses trabalhando como correspondente. Ou seja, não fizemos nada de errado para que o nosso envolvimento chegasse ao fim -- simplesmente não tínhamos como levá-lo adiante. Também não estávamos apaixonados. Foi apenas um caso.
Ah! As alegrias de se deixar envolver pelo prazer do sexo -- ficar junto sem se preocupar “com o futuro”. Esses breves encontros são plenos de tesão e aventura. Não conhecem o nervosismo do famoso jantar com a família dele  e muito menos a angústia de imaginar se a relação vai chegar a algum lugar ou não. Casos não têm passado ou futuro; são movidos pelo presente. São breves por definição.
Quer um exemplo mais que perfeito? Minha amiga Rita tem encontro marcado, todo final de ano, com Alex, um morenaço de fulminantes olhos azuis. “Passamos o reveillon juntos há quatro anos. Ele mora em Recife, mas vamos para a casa das nossas famílias, em Goiás Velho, nessa época.” Quando perguntei se o romance tinha alguma chance de sobreviver na vida real, Rita respondeu: “Jamais. Gostamos do que conhecemos um do outro, mas temos medo dos lados ocultos da personalidade de cada um. Para começar, acho que ele é eleitor de políticos que não suporto.” Ela tem razão. Eles se enquadram em pelo menos dois daqueles quatro motivos que, na minha opinião, fazem com que determinados casais estejam “fadados a uma vida breve”.
1 - Incompatibilidade geográfica. Você mora no Sul; ele, no Nordeste. Mas descobrem, em uma viagem de férias, uma incrível afinidade mental e sexual. Ou seja, encontram o material perfeito para viver um caso (já pensaram sobre a brevidade de tempo contida na palavra “férias”?).
2 - Valores muito diferentes. Você sabe que existe na personalidade dele “defeitos” que podem ser ignorados por algum tempo, mas sente que não conseguiria conviver com eles para sempre. (Por exemplo: o homem é ateu declarado; você, católica fervorosa).
3 - Falta de sincronia no planejamento de vida. Você guarda todas as suas economias para comprar um apartamento; ele, além de não ter nada na poupança, investe o 13º em viagens (Nada contra, que fique registrado aqui).
4 - A ridícula diferença de idade. A menos que você tenha uma forte inclinação por homens muito mais velhos ou muito mais novos, grandes diferenças de idade podem acabar com qualquer possibilidade de uma relação mais longa.

Puro tesão

Assim como a chocolate e outras coisas boas da vida, os relacionamentos rápidos, movidos por puro tesão, caíram em desgraça nos últimos anos. É claro que a Aids contribuiu muito para isso. Mas ela não está sozinha (as camisinhas, quando usadas corretamente, são perfeitas no combate à doença). As mulheres não andam suficientemente liberadas para lidar com as agradáveis situações que envolvem um romance fugaz.
Para algumas, essa experiência atrapalha os planos de encontrar um casamento feliz. “É perda de tempo sair por sair”, dizem. Discordo. Mesmo que sua meta final seja conquistar o amor de sua vida, sempre haverá espaço para se divertir com o sexo oposto. Encare esses relacionamentos como uma “pesquisa” sobre os hábitos, gostos e caprichos masculinos. E vai se surpreender como um homem consegue ser divertido se você não passar o tempo todo tentando adivinhar como seria viver com ele o resto da vida. E quando encontrar aquele que a levará ao altar, certamente o deixará encantado com a sua natureza independente e o seu conhecimento sobre a alma masculina.
Porém, um aviso: nem todos os homens que não têm as qualidades que você procura em um marido são recomendáveis como free lance. Alguns são sempre perigosos: alcoólatras, viciados em droga e perdedores (aquele tipo que só abre a boca para dizer o quanto a vida é injusta com ele). E se você pertence à categoria das carentes incuráveis, ter um caso pode não ser uma boa idéia. “Costumo me apaixonar depois do primeiro beijo”, disse uma amiga. “E morro de dor-de-cotovelo se não sou correspondida.” Caso se enquadre nesse rol, cuidado. Se um dos lados não encarar a experiência como algo passageiro, pode ter certeza de que vai sofrer.

Levitação emocional


É preciso ser flexível para encarar os riscos que fazem parte dessa aventura e manter um clima de tranqüilidade. Mas, acredite, vale a pena. É a sua chance de colocar em prática todos aqueles truques de “levitação” emocional -- como, por exemplo, superar a ansiedade da espera de um telefonema dele ou se recusar a perder tempo imaginando se ele gosta de você -- que ajudam bastante na hora de enfrentar as expectativas da primeira fase de uma relação “normal”.
Quando não se tem muito a perder, fica mais fácil encarar os sentimentos e as expectativas de frente. Portanto, deixe claro que você gosta dele, mas que tudo não passa de uma brincadeirinha. Nada de “eu te amo” ou “não existe ninguém como você”.
Agora que já sabe o que não deve dizer, como vai explicar que, apesar de gostar dele, não quer pensar no futuro? Meu discurso favorito é: “Tem sido ótimo, mas é bom que não seja para sempre”. É claro que você não vai tocar nesse assunto na cama. O ideal seria em um jantar, logo após ele emitir uma opinião completamente diferente da sua sobre temas como política ou ambição profissional. Isso, certamente, vai tirá-lo das nuvens e provar que ele está longe de ser seu príncipe encantado. Pode ser a oportunidade de que precisavam para fazer um brinde “à essas semanas em que estivemos juntos.”

Diversão e prazer
Outra grande vantagem desses romances fugazes: não nos obrigam a fingir interesse por coisas que não nos dizem respeito. Minha amiga Sonia, por exemplo, passou o fim de semana inteiro com um colega, comendo salgadinhos e assistindo futebol na tevê. “Nem penso em passar a vida fazendo isso. Mas naqueles dois dias foi muito divertido.”
O ponto essencial dessas relações é curtir. Faça o que der na sua cabeça: muito sexo, ostras no café da manhã, transar ou dar um amassos no elevador do seu prédio. Libere todas as suas fantasias. Faça o que sempre quis, mas que se sentia inibida de fazer com o potencial príncipe encantado. Isso não quer dizer que com ele suas noites seriam regidas por uma enervante monotonia. Significa apenas que, ao lado de um homem desconhecido, você vai se sentir mais livre para liberar suas “loucuras” -- afinal, não estará preocupada em ser reprovada no teste.
Esses relacionamentos já nascem com começo (quando os olhares se encontram), meio (quando todas as outras partes do corpo se encontram) e fim (foi bom, mas chegou a hora da despedida). O que não quer dizer que são imunes às expectativas. Alguns casos podem evoluir. Mas isso no geral acontece quando a gente mantém uma postura desinteressada. E olha que são eles que afirmam isso.

As quatro regras fundamentais

O fato é que, nesses relacionamentos ocasionais, você precisa deixar suas intenções bem claras tanto para ele quanto para si mesma. Portanto, observe bem essas quatro regras fundamentais:

1 - Não construa uma história -- Nada de tirar milhões de fotos, guardarem lembrancinhas e adquirir coisas em comum. Até a compra de uma cadeira pode significar comprometimento.

2 - Não dê presentes caros -- Relógio de ouro está fora de cogitação. Assim como qualquer coisa que demonstre que você está investindo nele.

3 - Não o apresente para ninguém -- Você não precisa conhecer a família dele nem ele a sua. O mesmo se aplica aos amigos. Afinal, não vão ficar juntos por muito tempo. Melhor não dividir nada.

4 - Não se esqueça da segurança -- Casos nunca começam com trocas de exames de Aids e nem comentários detalhados sobre o passado sexual de cada um. A atração é tão forte que quando se dão conta já estão na cama. Portanto, em hipótese alguma a camisinha deve ser ignorada.

Quando um caso vira coisa séria


O mais indicado é seguir as regras (fazer uma lista das diferenças, não apresentá-lo à família ...), mas, às vezes, quando a gente percebe, já está fisgada. Casos sérios são aqueles que começam despreocupadamente, viram relacionamentos à longa distância e logo os dois estão prontos para percorrer centenas de quilômetros para ficarem juntos. Se identificar alguns dos sinais abaixo, as chances são grandes:

* Depois de algum tempo juntos, você manda um cartão dizendo que adorou a última noite. Ele responde no dia seguinte.


* Você descobre que aqueles abismos ideológicos entre os dois são meras diferenças de estilo e gosto. Ou seja, conclui que têm os mesmos valores de vida.


* Ele sugere que passem as férias juntos.


* Antes do beijo de despedida, ele já combinou um novo encontro.


* É simplesmente impossível evitar palavras de carinho e de amor.

Fonte:  http://sapatinhosvermelhos.arteblog.com.br/75372/Como-ter-um-caso-de-amor-e-de-sexo-sem-culpa/

Reflexões sobre: Como ter um caso de amor, e de sexo, sem culpa

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Postei um texto há pouco sobre como ter um caso sem culpa. Fascinante como o ser humano é capaz de se modificar ao sabor da força da sociedade em que está inserido. Aonde que eu, uma romântica incurável, iria acreditar que um dia, postaria em meu blog, intitulado "Poesias acidentais", um texto dessa natureza, defendendo o sexo casual?
Na verdade, não estou defendendo ou acusando. Eu apenas tenho refletido a respeito. Pois sou solteira em um mundo onde os relacionamentos estão minguando, empobrecendo, onde as pessoas só querem experimentar e se dizem felizes com isso. Curioso.
Gikovate afirma que isso teve suas raízes no movimento de liberação sexual, iniciado com a pílula anticoncepcional. Perfeito. Antes os relacionamentos eram monogâmicos (?) e estáveis por falta de opção. Ao paquerar, o homem dava claras INTENÇÕES de desposar a moça e os pais ENTREGAVAM pra ele a responsabilidade das filhas. Era comum dizer: "Já casei minhas filhas todas", algo parecido com "Lavo minhas mãos do sangue desse inocente" os maridos que se virem agora. E era assim. Os maridos tinham obrigação de levar o casamento até que a morte os separasse. Filhos e mais filhos depois, anos, décadas mais tarde, um cidadão não suportava mais olhar para a esposa, mas se a largasse, como ela iria ficar, quem tomaria conta dela? E ele, como ficaria? Quem cuidaria de suas roupas? Quem seria a segunda mãe dele? E seguiam tristemente, com uma série de infidelidades, na maioria das vezes, masculinas, até o túmulo.
Então criaram a pílula. A mulher passou a poder escolher se e quando ter filhos. O sexo passou a não ser sinônimo de procriação. A mulher passou a poder trabalhar fora, a adiar os planos de ser mãe, a planejar melhor a família, a pretender ter uma carreira, a ser mais independente. E veio também o divórcio. Não tinha mais que ser até que a morte os separasse, mas até que o divórcio os libertasse.E a sociedade veio mudando de lá pra cá.
Fato é que hoje, já não se romantiza mais nada. Homens e mulheres vivem em função do sexo. Coisas corriqueiras viraram utópicas, se apaixonar por exemplo, é proibido. É pior que dizer que era desquitada antigamente. E se você não resistir e se apaixonar, esconda isso de todos, principalmente de seu ficante. Se ele suspeitar, termina o rolo. Deus o livre de se amarrar! Compromisso? O que é isso mesmo? Namoro? Nem o namoro de hoje é igual. Arranjar um namorado está mais difícil que ficar rico. Se você tiver mais de 25, então, esqueça! Pra que querer ter alguém pra quem ligar numa madrugada fria e pedir que venha ficar com vc, e dormir de conchinha porque vc teve um pesadelo ou está se sentindo só? Ou quer trocar uma ideia enquanto come uma pizza numa noite fria? Nossa, que é isso? Sacrilégio! Exorcisem! Joguem no tapete de sal! Nos dias de hoje, namorar é o mesmo que querer casar e ter filhos!
O que as pessoas não vêm é que as pessoas são diferentes. E casamento também não é igual! Não tem que ser pra avida toda. Unir e desunir as escovas é só uma questão de logiística.
Apesar de não querer casar, eu quero namorar, saber que alguém quer estar comigo num sabado à noite. Mas casar? Ter filhos? Completamente fora dos meus planos! Eu quero conhecer alguém criar vínculos, trocar experiencias, ter uma amizade como pano de fundo de uma relação e não apenas suar minha escova pra freneticamente tentar fazer alguém ter prazer, sem necessáriamente sentir o prazer da devida intimidade. É pecado isso? Eu não quero ficar com um a cada semana porque meu corpo se sente solitário e ter que ir pra a cama porque se não ele vai achar que já somos maduros e eu estou fazendo doce. Pra que fazer doce, quando não se quer casar, quando se tem brinquedinhos dos mais diversos tamanhos, cores, sabores, texturas e velocidades disponíveis no sex shops? E que não vão se levantar correndo pra tomar banho quando se sentirem satisfeitos? E que não vão ficar de te ligar no outro dia? Não é nada disso que eu quero pra mim. Não quero ninguém que me complete, Também não quero completar ninguém. Seres humanos são complexos demais pra pretender completar-se uns aos outros. Eu quero continuar sendo o eu individual que quer estar ao lado de outro eu indivudual, em algum lugar que seja consenso pros dois e que dê prazer a ambos, mais de uma vez. Não ter que seguir regrinhas de etiqueta sexual, não ter que me preocupar com hepatite C, não por causa do sexo, já existem os preservativos, mas por causa do beijo. Afinal, quem não tem ou teve gengivite hoje em dia? E quem não deu um beijo mais caliente que feriu o lábio? Já pensaram a esse respeito? E sexo oral? Hoje faz-se sexo oral como se fosse a coisa mais normal do mundo. Até é, mas não com todo mundo!
Há muito o que se pensar a respeito de sexo nos dias de hoje. E eu, já abri mão de ser tão romântica, já dispenso uma companhia pra assistir a um bom filme. Mas há coisas que estamos fazendo mecânicamente, porque todo mundo faz. A automedicação é uma delas, o sexo casual é outra. Eu adoro sexo e creia, não tenho nenhuma limitação ou preconceito nesse assunto, mas tenho alguns princípios que quero ver respeitados. Inclusive o de preferir estar só a estr com qualquer um. Então, se alguém por aí, quiser ter um caso, sem um compromisso formal, não se ofenda! Sem apresentar aos pais, sem cobranças de parte a parte. Apenas, vontade de estar juntos em festas, viagens e diversão, é uma possibilidade a ser considerada.
Por Cris Vaccarezza

Cala a boca e me ouve, insensatez!

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Embora te saiba ausente, não consigo resistir! Eu quero!
Queria desde o princípio, mas agora não sei dizer porque queria tanto!
É certo que eu sabia. A gente sempre sabe, o que deve e o que não deve fazer.
Mas transgredir é uma regra de ouro quando somos humanos.
Errar é humano! E por que não?
Por que não assistir esse filme de novo ainda que voce já siaba o final?
Quem sabe não reesecreveram um final diferente só pra mim?
Por que não por meus limites à prova?
Por que não correr o risco?
Por que não?
- Porque não! Porque não e pronto! Ouve coração desatento!
Escuta: Porque não!!!!
Ou não me venha chorar suas pitangas quando tudo desandar!
Quantas vezes se há de dizer que não é assim?
Não é por aí! Não se beija uma boca pra esquecer outra! Não justifica!
Por que não fizeram um coração que ouvisse? Que calasse e ouvisse a droga da voz da razão?
Segue me fazendo a mesma pergunta: Por que não? Por que não?
Eu sigo te dizendo: Porque não! Não foi feito pra você e pronto!
Pára de mendigar afeto!
Aceita! O amor não foi feito pra você.
Há pessoas que nascem assim, desprovidas!
Você, nasceu aleijada de afeto!
Mesmo o do outro não foi feito pra você!
Como a voz de quem grita é inaudível a quem é surdo de nascença!
Como você infelizmente não ouve a minha voz, por mais que eu grite ou sussurre!
Leia meus lábios! Tente entender: Esqueça!
Pelo amor de Deus esqueça!
Saia correndo, o mais rápido que possa da próxima
vez que um cãozinho lhe abanar o rabo em sinal de afeto!
E aqui falo sem sentido figurado, do Canis lupus familiaris
e não de alguns outros tipo de macho!
Esqueça! O afeto, nem mesmo o canino, foi feito pra você!
By Cris Vaccarezza

Reflexões Avulsas: Avulsa manhã de São João 25/06/2011

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Hoje estou com um vazio que nenhum icebereg ou titanic do mundo poderia preencher. Não tema, não vou te procurar! Não vou te atormentar. Não, não se sinta culpado. Não é nada com vc. Você foi ótimo. Fui eu que errei. O problema é comigo. O problema é que não era pra você que eu estava ali naquele instante. Talvez fosse até por você, em gratidão à sua atenção e ao seu cuidado. Mas não era pra você. Muito menos com você. Jamais me imaginei estando nos braços de alguém e pensando em outrem. Mas isso é real. Como esse frio é real.
Mais uma vez fui buscar no mar, água doce e cristalina pra beber. Sabia que não ia encontrar, mas me deixei molhar, talvez pra chegar a esse ponto de reflexão onde me encontro agora: Lágrimas nos olhos. Um sentimento de nada. Um aperto no peito que só o tempo pode curar.
Às vezes, atribuímos Freudianamente equivocados, ao útero, um furor que é do coração. Sofremos de uma histeria irreal. E saímos distribuindo por aí, aquilo que gostaríamos de receber. Mas não há nada hoje que suplante essa falta que jaz aqui. Ás vezes queremos presentear o outro com o melhor que há em nós, deixar feliz, por não estar feliz.
Confusa minha cabeça. Estou certa de que cresço. A dor é crescimento. Sigo em busca de algo que está perdido no lugar mais difícil de encontrar, dentro de mim mesma. Vou andar pra ver se me afasto dessa sombra que me segue.  Se me perco de mim mesma.  E quem sabe assim, me encontro de uma vez!
By Cris Vaccarezza

Construções Mentais

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A mente humana é a ferramenta mais potente de que se tem notícia. A ela se deve todas as construções palpáveis na terra e em sua órbita. Arquitetas do incansável, idealizadoras do impossível, as mentes dos seres humanos desconhecem os limites, e são capazes de gerar no campo das idéias, o que em futuro próximo passara a existir de fato. Assim, tudo o que é humano foi criado pelas construções mentais, da roda aos avanços da nanotecnologia.
Revoluções foram gestadas nas mentes dos seres humanos: A revolução industrial, a revolução francesa, a sexual; isso sem contar nos seres humanos que têm a capacidade de revolucionar as próprias vidas e a de muitos, a partir de idéias inovadoras. Tudo o que se vê hoje, foi um dia, pensado por alguém. Curiosamente, o que não se vê também foi. Do físico ao emocional, das ondas eletromagnéticas às fobias, tudo isso são construções mentais.
A princípio, pode parecer vago falar de algo que não se pode tocar, num mundo materialista como o nosso. Mas se pensarmos com mais cuidado, os mais poderosos  grilhões que nos aprisionam são, em sua maioria, construções mentais. A maioria das correntes que nos paralisam em atitudes desagradáveis ou destrutivas, são baseadas em medos e crenças  distorcidas, fruto de interpretações equivocadas, que nossa mente, para nos defender da dor construiu, como um muro no inconsciente, cimentou com o esquecimento e afixou uma placa: "Mantenha distância"  E você mantém! Passa a viver baseado em crenças que não fazem mais o menor sentido, mas que te remetem a um passado onde algo não foi bem. É como alguém que deseja se livrar de roupas antigas de que não gosta, recortes do passado, se livrar de antigas cartas de amor, fotografias de pessoas queridas que já não estão;  mas simplesmente não consegue jogar fora essas recordações, o que faz? Joga tudo isso em um baú que mantenha longe de seus olhos as lembranças, rapidamente fecha a tampa, mas na ânsia por trancar o passado, prende o dedo e sente uma dor física muito grande. Com o passar do tempo, o episódio do baú vais sendo esquecido, os detalhes do que está guardado nele vão se pagando, mas o baú continua lá. E ao olhar pra ele você não vai se recordar do que estava dentro, que a essa altura, será retalho velho, coisa sem importância, mas se lembrará da dor. E esse baú, representará pra sempre um desafio do qual tendemos a nos afastar. Seja o amor que partiu, o amigo que decepcionou, a empresa que faliu, um não que ouvimos, não importa o que desagradou, a memória da dor continua lá. Pensemos agora em quantos baús temos guardados em nós? Quanta coisa sem importância tendemos guardar, quantas mágoas, quantos remorsos, quantas imagens mentais quantos abandonos, quantas incompreensões, quantas ingratidões, quantas rejeições. Se fossemos lembrar do episodio que nos magoou, hoje, mais maduros, provavelmente diríamos, "mas foi só isso? Ah deixa pra lá!" E jogaríamos fora os retalhos, mas não lembramos. Só recordamos a dor e a memória da dor é difícil de apagar. então evitamos as pessoas, por que elas podem nos machucar.
E assim, a mente humana vai construindo pânicos, fobias, depressões, manias, transtornos, obsessões. Frutos apensa de uma mente que não compreendeu, que não pode perdoar, por que não era o momento certo. Pode parecer surreal que a mente humana possa construir um caos real; mas pense no que te atormenta, no que faz seu coração parar por alguns segundos. Seja o medo de andar de avião, o de elevador, o medo de sequestro ou o medo de se apaixonar. Exceto as pessoas que já foram vítimas de um acidente aéreo, sequestradas ou ficaram realmente presas em um elevador, seu medo tem motivos de ser real? Ou foi somente algo que você construiu mentalmente, baseado em dores passadas e às vezes alheias? Provavelmente são construções mentais.  No entanto, você já deve ter se apaixonado por alguém, e se machucado com o fim da relação. Doeu? Sim claro! Mas ainda assim, sua crença de que amar dói é equivocada pois as pessoas não são iguais, o momento de sua vida é diferente, você não é mais o mesmo, não pensa igual. E não é porque alguém te feriu um dia que todos o farão. Mas você só se lembra da dor. 
Não é porque a sua beleza não é o padrão que não existirá alguém que o ame do jeito que é. Beleza é relativa, afeto é relativo, amor é relativo. A verdade é relativa. Depende do ponto de vista de cada um. Embora estejamos imersos em uma verdade universal, com suas leis, cada um tem a sua própria verdade, baseada em suas crenças, bagagem cultural, ética, valores e obviamente, no número de vezes em que já "apertou o dedo na tampa do baú" tentando esconder as evidências dos desafetos que não fomos simplesmente capazes de deletar. Se não fosse assim, não haveria transgressores da regra, seríamos todos iguais.
By Cris Vaccarezza

formspring.me

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Cris está respondendo perguntas no Formspring. Tá curioso? Quer saber, pergunte que ela te reponde: http://formspring.me/Crisvaccarezza
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