Bom dia, sol !

Bom dia, sol da manhã!
Ao acordar, dispersa, ainda sinto falta de dar bom dia. Separação tem disso, faz falta a tal da costela. Um beijinho breve, um abracinho e vamos lá, o dia nos espera...
 Acordar sozinha é sem graça. Mesmo em lençóis de cetim.
Então, que o bom dia seja pro sol. Sinta-se beijado!
Sigo amando, amando muito, cada dia mais. Pois, como dizia Drummond, a amar, só se aprende amando.
Te amo, Caio!  Te amo pela mais completa compatibilidade de ideias. Caio, que apareceu do nada, despretensiosamente floresceu, conquistou, brilha!
E é impossível em cada momentinho vadio do meu dia, não pensar em você. E eu te busco, busco sua página, busco suas palavras pra não me sentir só. Suas palavras contagiam, ecoam em muitos corações, se multiplicam.
Já que o físico me falta, busco o ausente, o rarefeito, o espiritual. Me sinto aninhada em seus pensamentos, como num abraço do próprio sol. Aquecida. Por você que parece ter vivido a minha vida, e precedê-la antes de mim. Como em universos paralelos, pra mim suas palavras são tão ternas, que parecem lidas de mim.
Sei que não estás mais aqui, mas suas palavras ficarão pra sempre. Sua poesia vai ficar, será seu legado.
Um sofrido legado, de quem não tinha o menor medo de aprender a amar!
Esse é o grande prazer de escrever. Eternizar-se em frases que nunca morrerão. E ainda assim, ausente, se faz pelo pensamento cada dia mais presente, Caio Fernando Abreu!
By Cris Vaccarezza

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