Eles pareciam um casal perfeito, apesar das diferenças. Aliás, pra ser sincera, as diferenças é que os tornava um casal perfeito. Feito Eduardo e Mônica, a diferença de idade era a primeira delas. Ela era mestre já, e ele começava a faculdade. Ela já tinha uma independência conquistada, uma carreira consolidada e uma certa estabilidade financeira. Ele, trabalhava pra se manter, enquanto gestava seus sonho recém conquistado de fazer uma faculdade pública. Mais que um batalhador, era um forte! E sabia que chegaria lá. Tinha também a beleza física, ela parecia uma boneca, de pequena estatura, do tipo mignon. Chamava a atenção por sua graciosidade. Ele era alto, magro, esguio, e tinha uma forma particular de olhar. Olhos pequenos, que contrastavam com uma visão de mundo alargada. Dizia ver a vida de um modo diferente. E via mesmo. Ele o via com os olhos do coração, e nisso eram parecidos, ainda que vissem o mundo com o coração, de formas diferentes.
É incrível como certos tesouros se escondem bem embaixo do nosso nariz. E jamais os vemos, por que procuramos o formato errado, procuramos o objeto errado. Não damos valor ao que encontramos.
Espero que meus Eduardo e Mônica modernos superem o dilema de suas diferenças e cheguem bem a uma relação onde as semelhanças conduzem a um porto seguro a relação de afeto.
Que sejam felizes os meus dois amigos.
By Cris Vaccarezza
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