Quando teu sorriso custa a lágrima de alguém

Amorzinho, vou falar bem docemente pra ver se você me compreende: Querer é poder! Eu quero eu posso, eu consigo! Sim, quando o sujeito é você. Quando é você o único envolvido. Só depende de você! Você quer, você pode.
Quando o sujeito é oculto, composto, indeterminado, alheio, ou o próximo, essa regra nem sempre se aplica. Até pra se doar alguma coisa a alguém é preciso que o outro precise!
Parcimônia, mocinha, sempre! Não queira sair por aí rifando o seu coração para todo mundo que se apresente como candidato a príncipe do seu baile de debutantes! E você teve um? Algum dia terá? Nem sei! Só sei que deve vir daí essa sua necessidade ferrenha de uma valsa. Essa sua vontade tamanha de dançar bolero! Cansa não? A vida é um bolero mocinha, dois passos pra lá, dois passos pra cá. Mas você está marcando passo! Não rodopia pelo salão, Fica sempre no mesmo lugar!
Se você ficar aí nesse canto amuada, esperando que ele te convide pra dançar, mofa viva! Olha direitinho pra armadura dele, nem é tão reluzente assim.
Lembra, ele já te beijou! E depois disso não quis mais ser teu par. Só te chama pra a dança quando o salão está vazio, quando não chega ninguém, quando só resta você pra dançar. Lembra do beijo? Era esse beijo que você sonhava? você ouviu os sininhos que esperava? Não? Então, esperar pra que? Se você quer crer em contos de fadas, aguarde os sininhos no primeiro beijo. E pratique o amor ao próximo! Não teve sininho... próximo!
Soube dos últimos acontecimentos. Apenas soube. Não esbocei qualquer reação. Não vou mentir que inicialmente fiquei um pouco eufórica. Faz parte do egoismo humano querer o melhor (?) pra si. Mas depois, percebi que não foi uma decisão sua. Que as coisas se precipitaram e acabaram culminando em um rompimento.
Eu não queria que fosse assim. Juro. Ainda mais com mágoa, com tristeza, com infelicidade, justo em uma noite que era pra ser feliz. Não queria te ver infeliz. Ainda assim, creia, sai mais barato quando é a tua lágrima e não a do outro. Causar o mal, faz mal. E insistir, nesse caso é o próprio mal.
Mocinha, acorde. Se a coisa não fluiu, a noite não engrenou, a tua lágrima já se consumou. Se nem o beijo foi o esperado, encanto desfeito. Nada mais faz sentido. Deixa o príncipe continuar adornado em seu cavalo  branco e dedica a ele outro conto de fadas.
Compreende que talvez, você só esteja querendo entrar de gaiata, e ser protagonista, na história errada!
Por Cris Vaccarezza

1 comentários :

Eduardo disse...

Lindo,comovente e sincero.
Simples assim

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