Preciso de um fórceps, alicate, um bisturi que faça já a exérese do pedaço de mim que te precisa!
Quero extirpá-lo agora. Nesse instante, qual dente magoado que dói e lateja a noite toda. Essa saudade tortura... Quero arrancá-lo de mim, aliviar-me. E tem que ser agora, tem que ser hoje tem que ser já! Quero parir essa saudade profana de você, e criá-la como único fruto do nosso amor. Mas fora de mim. Feito lembrança, e não em cólicas, como me encontro agora.
Tenho que fazer isso já! Antes que o telefone toque outra vez numa manhã de sol e você apareça de novo do nada e com seu meio mundo de beijos, afagos e carinhos, me deixe novamente prenhe de saudade, inconstância e solidão.
Por Cris Vaccarezza
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