Cumplicidade

Não faça nada por mim, por " Eu tenho que", faça por mim, por "Eu quero". Só quero se for preciso, se sentir falta, se for necessário ver, ouvir, tocar... Se não, não faz sentido. Vir me ver porque tem que vir? Não precisa!
Basta dizer, não dá mais! Isso é precisamente o que eu quero, e o que eu não quero também. E é isso, se quiseres compreender uma mulher, leia meus quereres. Concorde, discorde. Sou assim.
Não quero minha vida morninha que nem banho de bebê. Quero calor, como jorro de água termal.  Quero que se lembre de mim. Que meu corpo fique tatuado no seu, com caneta nanquim. Quero que você me precise, como quem esculpe um rosto com as mãos. Precisamente: Quero que precise cada pedacinho de mim. Em troca, prometo que manterei em meu corpo a memória do seu, enquanto durar nosso lance. Sem prazo de validade.
Não peço que te entregues. Não me deves nada! Mas quero que me conheças por inteiro. Da louca menina, ao meu eu verdadeiro. Que não quer fazer sentido, mas ser compreendido. Só para você, quero desnudar. Não meu corpo, posto que o mundo vulgariza o desnudar. O erótico passou a ser o que se esconde e não o que se mostra, já se exibe demais! Invertemos os valores. Hoje, pudor se tem de amar, não de se deitar com alguém. Hoje vergonha é dizer "Eu te amo".
Pois invertamos os valores: Num mundo onde se expõe o corpo e se esconde a alma. Onde ousado é querer amar sem limites, quero tirar a roupa pra você. E desnudar a alma. Veja bem, não é a todos que uma mulher desnuda a alma. Só a poucos, se dá a conhecer. Para os outros é uma etiqueta social, uma canastrice de dar inveja.
Por Cris Vaccarezza

1 comentários :

Milton Kennedy disse...

Oi Cris, hoje vim parabenizá-la pelo Dia da Poesia, celebrado neste 14 de março.
Saúde, sucessos, inspiração e muita paz interior.

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