Aprende...

Aprende, dessa vez, por todas, que coração é terreno arenoso. Que amor é espinheiro, para quem busca flor. Amor só é fonte de alegria para quem oferta amparo, sem esperar retorno. Se aguardas. Se esperas alguma coisa de alguém que não você mesmo, já te frustras com a espera.
Aprende, que sentimento é areia movediça. Que gostar é terreiro pantanoso. Que palavras têm mais de um sentido. Que anjos também caem do céu. E que não há sentimento que resista ao tempo. Maldita impermanência. Pessoas tem pressa demais.
Aprende que teu maior aliado é a fé no amanhã. Que teu próximo não pode ser parâmetro de retidão, já que tu mesma, tão humana, tão falha, também não o é.
Aprende que palavras são doces venenos. São o vinho que te embriaga na ilusão das noites solitárias. Mas que a ressaca não tardará, por melhor que tenha sido a festa, todas as vezes em que te excederes no consumo. Todas as vezes em que tiveres demasiada sede. Todas as vezes em que buscares palavras para matar a sede da alma, poderás encontrar lágrimas em abundância. Palavras não saciam ninguém.
Aprende, com o sabor desta lágrima que derramas, que a tua intuição tem que ser soberana, mesmo na carência de afeto, mesmo na ausência de motivos, mesmo na sede de carinho. Mesmo na presença de palavras.
Aprende a beber a felicidade em pequenos cálices, pois mesmo a água, que mata a tua sede, se demasiada, pode afogar a tua sorte.
Esse aprendizado que o sabor de suas lágrimas hoje te propiciam, não há livro que ensine. Aproveita a lição. Aprende...Não busques culpados ou motivos. Não condenes a ninguém. Não te revoltes. Apenas aprende!
Por Cris Vaccarezza

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