Sigo amando


Não quero o Oscar de melhor atriz, quero ser mulher! Viver minha essência feminina com o homem que me atrai, sem que ele ache por um segundo sequer, que sou perfeita. Não sou perfeita, não sou santa, sou mulher! Quero só fazer falta. Quero colo, carinho, compreensão! Quero afeto. Com afeto, tudo fica mais bonito. Com afeto, tudo é multicor. Pintado com as cores da paixão, sempre rubras, sempre vivas!
Quero que venhas me ver, e que me queiras ver aí contigo. Quero uma troca. Justa, bilateral. Não quero mesquinharias. Fidelidade, é pouco pra mim. Eu quero ser sua, quando fores meu. E além. Mas minha fidelidade não pressupõe a sua. Nada a ver. Quero lealdade. Não me entenda mal. Não preciso que me sejas fiel. A menos que abertamente queiras. Não me pertences, exceto nos raros momentos que são nossos. Quando nos emprestamos um ao outro. Seremos um do outro, pelos segundos que partilharmos, nessa eternidade sem fim.
Em nosso pacto de lealdade, quero ser a primeira a saber. Essa é a regra. Não quero saber da outra, ou das outras que forem tuas. Quero ser a primeira a saber quando tu não quiseres mais. Seja honesto. Não sumas. Sumir é ilegal. Sumir é desleal. Fale, apenas isso. Não dá mais! Prometo que sairei da sua vida, pela mesma porta que entrei. Sem dramas, sem vexames, sem ciúmes, sem porquês. Apenas não dá mais. E seremos livres outra vez, sem termos sido desleais ou infiéis. Quero que possas dizer, ela sabe. Não há mentira. Foi a primeira a saber.
Cumplicidade. É isso! Mais que um namorado, marido, rolo, algo assim, é isso que quero: Cumplicidade! Cúmplices estão acima das convenções sociais, estão acima do bem e do mal. Têm em comum, apenas um ideal. Que o nosso seja amar. Sem pertencer, sem rotular, sem amarrar. Mas amar com frequência, dar, trocar, emprestar. Se fazer feliz.
Embora saiba que o que busco, nem sempre seja o que encontro, vou expondo meus desejos, rasgando meu peito e sangrando sentimentos pra quem quiser ouvir. Quem sabe lendo e relendo, me acho em um momento de rir das tolices que escrevi. Isso se chama envelhecer. Sigo amando!
Por Cris Vaccarezza

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