Da oferta e da procura

Autoajuda, ajuda? Sim, não, talvez? A discussão é imensa. Para muitos, é como se autoajuda não fosse literatura. Fosse uma categoria de ideias marginais ao brilhantismo dos intelectuais.
A despeito dos narizes torcidos, dos  pseudointelectualismos estéreis, dos academicismos e preconceitos diversos, acredito que a resposta para essa pergunta não se resume a um simples sim ou não.
A resposta correta talvez seja: depende.
Depende da necessidade de quem busca a ajuda.
É que nem remédio, do chá de ervas ao último lançamento da nanotecnologia, só faz efeito em que precisa. Mais que isso. Só faz efeito em quem busca um remédio. Se você quer ser ajudado, até água pura, cura.
Tudo depende da necessidade. De nada valerá encontrar um amor perfeito se isso não é o que você busca. De nada valerá uma excelente terapia, se você não quiser se conhecer. De nada valerá o melhor médico, se você não se sentir doente.
Assim, para quem busca ajuda, talvez a autoajuda seja um bom começo. Generalizar é um erro. Muitos são autodidatas. Ainda não tem tempo, recursos ou coragem de buscar outro tipo de ajuda. Mas tem a necessidade. Tem questões que anseiam por respostas.
Se tem algo capaz de mobilizar alguém são as perguntas. Elas geram inconformismo, nos convidam a sair da zona de conforto, a buscar uma rota alternativa.
E nesses casos, sem generalização, a autoajuda pode ajudar. Se ela bastará? Isso é uma outra questão.
Por Cris Vaccarezza

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