Da série: Poesia adolescente - Porque ainda há rosas

As pétalas de todas as rosas que plantei, estarão perfumando o meu caminho quando não houver mais ninguém por perto, quando todos os amigos já tiverem ido, e todas as portas, estiverem fechadas.
Os espinhos de todas as rosas que plantei, servirão de impulso para a minha longa caminhada, toda vez que alguém me decepcionar, toda vez que eu me desesperar, toda vez que meu mundo desabar.
As cores de todas as rosas que plantei, iluminarão meus dias cansados, se uma lágrima desbotar meu sorriso, se a ilusão me impedir de enxergar a verdade, se as pessoas me ignorarem.
A suavidade das pétalas de todas as rosas que plantei, há de embalar minhas noites. Ao ver que está escuro, ao ver que me deixaram, e que soluços sacodem o meu corpo.
Então, saberei que estou sozinha, saberei que fui abandonada à própria sorte, saberei que a noite caiu, antes do pôr do sol, antes que eu pudesse sequer admirá-lo.
Então, ao contrário de me entregar, correrei pelo campo. Então, enlouquecerei aos poucos, então serei pastora de estrelas e colherei muitos sons de flautas em minha cesta de sonhos. Dançarei com duendes e nadarei no azul do céu.
Sempre, com muita paz, e o coração cheio de alegria, pois sei que plantei muitas rosas, e elas, por fim, me consolarão.
Por Cris V. (adolescente)

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