Dever cumprido

0 comentários
Quem era aquela moca bonita, que de unhas pintadas de rubro, da cama ao lado, lhe sorria?
Era a filha, era a cria. A única que seu ventre habitara.
Um dia fora semente, hoje era roseira em flor. Que linda, flor!
Quando crescera? Quando desabrochara? Assim que partira do seu ventre. Ja não era sua. Nunca fora, em verdade. Era do mundo. Era de Deus!
Que embalara em seus braços, que carregara em seu ventre, que conduzira pelas mãos, aos primeiros passinhos. Que ensinara a andar, e hoje aprendia a correr, como corria a vida solta e veloz por suas veias!
Como é sublime ver a vida seguir seu curso. Como valeu a pena ver desabrochar uma flor!
Que Deus te proteja, meu amor. E te acompanhe os passos, aonde quer que vás! Que seja reta a tua estrada e que seja licito o seu caminhar! Que a cada dia de tua vida, possas deitar a cabeça em paz e acordar com esse sorriso de dever cumprido!
É sim! Bom saber, dever cumprido!
Por Cris Vaccarezza

Paixão

0 comentários
E lembro sem saudades, de todas as vezes em que agi apaixonadamente... De todas as inúmeras vezes em que gritei com gestos apaixonados o quando você era especial. Tantas demonstrações de afeto, de lealdade, de fidelidade. Tantos laços, flores, bombons e corações. Tanto tempo dedicado em vão... Tudo escrito com tanto cuidado, Pra ficar na história de nós dois.
Mas você nunca me entendeu. Não vou dizer que era cego. Não. Talvez seja apenas o caso de você não compreender apaixonadês. A língua de sinais dos apaixonados.
Quem nunca se apaixonou, quem nunca fez de um único ser seu Norte, (por uma semana que fosse) jamais compreenderá as entrelinhas das apaixonantes mensagens apaixonadas. Jamais verá a vida em tons de rosa. É uma pena!
Por Cris Vaccarezza

Entrelaçando-se

0 comentários
Ia se entrelaçando aos poucos, esticando, estendendo até alcançar alguma superfície firme, confiável, então tecia seus cachos, envolvia, crescia naquela direção, investia naquele apoio.
Ia agregando, contorcendo, se firmando, envolvendo, envolvendo... Aos poucos, ia caminhando, como que solta no ar. Lindo observar dia a dia, a dinâmica de uma planta trepadeira. Assim é na vida, assim também o são as pessoas.
Lindo ver a sapiência inata de um ser assim, que não foi ensinado a se portar assim. Lindo perceber a genética ordenando comportamentos similares aos similares. Todos iguais.
Lindo perceber a natureza tomar seu curso, a genética ditar suas leis, a vida seguir seu curso. E então a quem atribuir isso? A ciência explica. Mas não criou absolutamente nada, a bem Sá verdade, a ciência apenas copia o que ja fora naturalmente criado.
Por Cris Vaccarezza

Intermitente Ciranda

0 comentários
E de repente, se deu conta de que alguma coisa estava faltando. Quem sabe, quebrara, sem que tivesse percebido. E solta, simplesmente se perdeu.
Ficara o locus. A loja. O vazio.
Perdia naquele momento, o contato com referencias tão familiares. Mesmo na multidão, estava só. Não pertencia mais àquele lugar. A bem da verdade, se perguntava se algum dia pertencera.
Não era a dança em si, não eram os passos. Talvez os parceiros. Não havia nada de diferente com eles em si, exceto que se revezavam. Não queria mais roda de dança. Não queria mais trocar e trocar, de braço em braço passar. Queria um parceiro. O parceiro. Alguém para se acostumar. Para com ele, aprender definitivamente a prazerosamente, dançar.
Por Cris Vaccarezza

Fiapo

0 comentários
Quem é essa triste figura no espelho? Que é esse personagem com a maquiagem borrada. Com a cara de palhaço desbotando com as lágrimas? Quem é esse fiapo de gente de olhos inchados, de olhar profundamente incrédulo?
Se te tornaste fiapo, é que descosturaste do que devia ser tecido. Se te tornaste fiapo, é que emaranhaste o novelo. É que desfiaste a meada.
Esse é o resultado das suas escolhas. Dos passos que deu, dos caminhos que escolheu. Apenas isso!
Não culpe a ninguém pelo caminho escolhido.
As respostas para todas as perguntas, estão escondidas debaixo no nosso nariz!
A única coisa realmente temível, neste mundo de Meu Deus, não vem de fora. A única coisa realmente temível a qualquer ser vivente, são as consequências dos seus atos.
Por Cris Vaccarezza

De saco cheio

0 comentários
Quer saber? Acabo de concluir que gente legal não presta! Sabe aquela gente que procura saber se você esta legal? Gente que se interessa. Gente que sorri com o seu sorriso, que se alegra com as suas pequenas alegrias, e está do seu lado, quando você sente dor? Sabe essa gente? Pois é! Se for a sua mãe, perdoe! Mãe é mãe. Se não for, esqueça! É tudo gente idiota demais, contente demais, perfeitinha demais. Difícil confiar nessa gente! Gente que nao quer nada em troca? Que é isso?
É tudo gente que não merece a sua atenção, o seu respeito! Não lhes dê importância! Ignore-os
Pra que se preocupar com gente fiel como um cachorro? Cachorro a gente acha bonitinho! Acha engraçado a sua fidelidade. Acha legal vê-lo abanar o rabinho e fazer festinha com a nossa chegada. Mas ninguém da muita importância ao cachorro, por mais que ele se esforce pra te deixar saber que você é especial.
Pra que se preocupar? Cachorro lá tem sentimentos? Cachorros não vão a lugar nenhum. Cachorros estão sempre ali. Até que um dia, eles morrem. Malditos sejam!
Gente boa também morre um dia. Se torna gente ruim. Deixa de acreditar. Deixa de se importar. Pra que se importar? Ninguém se importa mesmo!
É nesse dia, em que passam a fazer falta e ter relevância.
Gente ruim é excitante. Gente ruim é um desafio... Gente boa não! Gente boa é que nem pano de chão, broxante!
Fuja deles!!!!!
Por Cris Vaccarezza

Cara feia pra mim é fome (de amor)!

0 comentários
Acho o cúmulo da falta de sorte, a pessoa se travestir de seriedade pra disfarçar mal humor. Se fantasiar de cara amarrada pra parecer intelectual.
Eu faço questão de ser idiota e feliz! Quero morrer sendo o bobo da corte. No final, é ele (o bobo) quem mais se diverte. Sai dali mais leve, sem o ônus da pseudo seriedade.
Você não tem que ser mal humorado pra ser levado a sério. Não tem que ser sisudo pra parecer respeitável. Você não tem que ser carrasco pra ser líder. Muito pelo contrario!
Acho que a verdadeira autoridade, nasce da certeza de ter feito o seu melhor. A liderança, nasce da consciência tranquila, não da cara amarrada. Creio que a verdadeira superioridade está no desprendimento. Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, nenhum deles se impôs pela fala alta, pelo dedo em riste, pela ignorância, ao contrário suas ideias se difundiram por serem leves e pregarem a paz.
Para mim, a beleza está na leveza de sentimento. A verdadeira felicidade, pode estar num dar de ombros e deixa pra lá quando nada mais pode ser feito! Seja feita a vontade do que está acima de mim, dê você a Ele o nome que quiser: Universo, cosmos, destino, Deus... É mais poderoso que eu e tenho dito!
E dito isso, que se feche essa página de lamentação! Que se delete todo bico e cara emburrada, que se aceite a diferença do outro, como parte da beleza de ser humano, falho. Imperfeito. Perfectível!
Que se abrace mais, perdoe mais, sorria mais, ame mais e julgue menos! Muito menos!
Por Cris Vaccarezza

Em respeito ao respeito

0 comentários
Oi!
Olá! Td bem com vc?
Tudo bem!
Quais as novas?
Te chamei pra dizer que vou te excluir do Facebook?
Me excluir? Como assim?
É! E do Msn tb!
Nossa! Mas pq? O que foi que eu fiz?
Você não concorda com nada do que eu posto. Tem sempre uma opinião diversa pra dar. Tem sempre um comentário questionador a fazer.
Te incomoda isso?
Muito! Me incomoda muito!
Hum...
Além do mais, vc escreve demais, é prolixa. Tem argumento Pra tudo. Não consigo acompanhar a velocidade das besteiras que diz! Realmente, eu sou assim.
A todo lugar que vai, tem que postar fotinha! Todo mundo mega feliz, distribuindo sorriso! Tudo colorido demais!
O mundo real anda meio cinza, desbotado demais, não acha?
O mundo é cinza! E tem mais! Quando você chega, sai enchendo meu face de atualizações. Reflexões..É muita informação!
Eu postei alguma coisa em sua página?
Não, na sua! Mas vejo nas minhas atualizações. Idéias modernas demais, prafrentex demais, feministas demais!
Entendi...
É por isso que vou deletar você!
É mesmo um prazer que tenho, colorir. Mas, claro, é direito seu não gostar.
...
Você não tem mais nada a dizer?
Ah, é verdade, tenho sim: Obrigada! :D
Por Cris Vaccarezza


O sonho de Lucas

0 comentários
Lucas adora dançar. E ele tem um jeito todo particular de dançar. Lucas tem um jeito todo particular de sorrir. Tem um jeito todo particular de chamar para dançar. Um jeito particular de viver, intensamente.
E uma característica muito especial, ele não sabe parar, principalmente, quando o verbo é dançar. Esqueceram de fabricar nele o botão "parar". Parece ter uma carga infindável de energia dançante.
Mas parece também, não saber parar de abraçar, de sorrir, de se fazer presente, de participar de qualquer aventura louca que a turma possa imaginar. Desde que envolva dança, afeto, sorriso e alegria.
Pois bem! Lucas tinha um sonho. Desse tipo de sonho que a nossa zona de conforto taxaria à primeira vista de trabalhoso. A exemplo de Ícaro, cujo sonho era voar, seu sonho era dançar no festival de zouk. Mais que dançar, ele queria se apresentar. E por que não? Ele queria dançar na primeira apresentação. Mas dançar sem ensaiar? Em cima da hora, com quem dançar?
É aí que surge, Mone. Quem melhor para dançar com Lucas, que uma professora? Dona de uma garra singular. Dona de uma inteligência digna de nota. Dona de uma elegância rara nos nossos dias. Dona de si. Uma mulher que adora ensinar. Como não aceitar o desafio? Como não estar lá, naquele momento?
Acostumada a grandes plateias desatentas, ela estava agora, diante de uma platéia que prendia a respiração. Todo mundo queria ver Lucas dançar e se realizar. Era um sonho. E sonho que se sonha junto, já dizia o poeta, é realidade.
Acho que estávamos todos, com ele naquele palco. Mas, mais que todo mundo, era Mone, quem estava lá. Ao lado dele. Na primeira apresentação da noite. A primeira dele, a primeira dela, nas festas de zouk. E quem nunca teve uma primeira vez, ignora a sensação descrita agora. Borboletas aos milhares soltas no estômago. Se ensaiassem, já seria tenso. Mas de improviso? Requer coragem.
Mas, (acho que já disse isso) estamos falando de Mone, a educadora, que enfrenta plateias desatentas na busca por ensinar. E, é claro, de Lucas, o garoto que subverteu o improvável, que desmentiu os limites. Sim, eles podem.
E subiram naquele palco, e arrasaram na primeira apresentação! Do início ao final, eles espalharam beleza e fizeram ficar ainda mais especial aquele momento. Quem assistiu, ficou com vontade de dançar, com um e com outro, de tão alma que ficou aquele zouk!
Em se tratando de Mone e Lucas, se alguém pensou que seria diferente, equivocou-se redondamente!
Ao realizar o sonho de Lucas, Mone reafirmou sua luta diária em busca de repartir a luz do conhecimento com quem por vezes não a quer. Provou que ser professor, está além das quatro paredes da sala de aula. Professor, o é na prática, na luta, na incerteza de todos os dias. Provou que é tudo isso e muito mais!
Eles provaram. Que não há desafio maior que a vontade, e a coragem de ir, tentar e fazer. Não que eles necessitassem de avaliação, mas quem se acostuma a enfrentar obstáculos, não se intimida em frente a qualquer barreira. Contorna, pula, mergulha, mas não se detém!
E por fim, me pergunto, alguém sabe o preço de um sonho? Sabe quanto vale um sonho? Quanto custa? Pois bem, Mone fez valer cada centavo de sonho e tornou aquele zouk inesquecível, para ele e pra cada um de nós! E Lucas... Ah, Lucas é surpreendente! Um semeador de sonhos. Ele simplesmente não sabe parar, e nos ensina todos os dias, a tentar sem parar.
Na foto, que ilustra o post, não fica claro o que Lucas viu nos ensinamentos de Mone. Nem o que Mone viu no sonho de Lucas. Fica claro o que Lucas e Mone viram um no outro naquele momento: Uma grande oportunidade de se divertir, tentando!
E sonhar não é exatamente isso? Se divertir, enquanto a vida dança a sua ciranda?
Por Cris Vaccarezza
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...