Intermitente Ciranda

E de repente, se deu conta de que alguma coisa estava faltando. Quem sabe, quebrara, sem que tivesse percebido. E solta, simplesmente se perdeu.
Ficara o locus. A loja. O vazio.
Perdia naquele momento, o contato com referencias tão familiares. Mesmo na multidão, estava só. Não pertencia mais àquele lugar. A bem da verdade, se perguntava se algum dia pertencera.
Não era a dança em si, não eram os passos. Talvez os parceiros. Não havia nada de diferente com eles em si, exceto que se revezavam. Não queria mais roda de dança. Não queria mais trocar e trocar, de braço em braço passar. Queria um parceiro. O parceiro. Alguém para se acostumar. Para com ele, aprender definitivamente a prazerosamente, dançar.
Por Cris Vaccarezza

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