Quem era aquela moca bonita, que de unhas pintadas de rubro, da cama ao lado, lhe sorria?
Era a filha, era a cria. A única que seu ventre habitara.
Um dia fora semente, hoje era roseira em flor. Que linda, flor!
Quando crescera? Quando desabrochara? Assim que partira do seu ventre. Ja não era sua. Nunca fora, em verdade. Era do mundo. Era de Deus!
Que embalara em seus braços, que carregara em seu ventre, que conduzira pelas mãos, aos primeiros passinhos. Que ensinara a andar, e hoje aprendia a correr, como corria a vida solta e veloz por suas veias!
Como é sublime ver a vida seguir seu curso. Como valeu a pena ver desabrochar uma flor!
Que Deus te proteja, meu amor. E te acompanhe os passos, aonde quer que vás! Que seja reta a tua estrada e que seja licito o seu caminhar! Que a cada dia de tua vida, possas deitar a cabeça em paz e acordar com esse sorriso de dever cumprido!
É sim! Bom saber, dever cumprido!
Por Cris Vaccarezza
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Paixão
E lembro sem saudades, de todas as vezes em que agi apaixonadamente... De todas as inúmeras vezes em que gritei com gestos apaixonados o quando você era especial. Tantas demonstrações de afeto, de lealdade, de fidelidade. Tantos laços, flores, bombons e corações. Tanto tempo dedicado em vão... Tudo escrito com tanto cuidado, Pra ficar na história de nós dois.
Mas você nunca me entendeu. Não vou dizer que era cego. Não. Talvez seja apenas o caso de você não compreender apaixonadês. A língua de sinais dos apaixonados.
Quem nunca se apaixonou, quem nunca fez de um único ser seu Norte, (por uma semana que fosse) jamais compreenderá as entrelinhas das apaixonantes mensagens apaixonadas. Jamais verá a vida em tons de rosa. É uma pena!
Por Cris Vaccarezza
Mas você nunca me entendeu. Não vou dizer que era cego. Não. Talvez seja apenas o caso de você não compreender apaixonadês. A língua de sinais dos apaixonados.
Quem nunca se apaixonou, quem nunca fez de um único ser seu Norte, (por uma semana que fosse) jamais compreenderá as entrelinhas das apaixonantes mensagens apaixonadas. Jamais verá a vida em tons de rosa. É uma pena!
Por Cris Vaccarezza
Entrelaçando-se
Ia se entrelaçando aos poucos, esticando, estendendo até alcançar alguma superfície firme, confiável, então tecia seus cachos, envolvia, crescia naquela direção, investia naquele apoio.
Ia agregando, contorcendo, se firmando, envolvendo, envolvendo... Aos poucos, ia caminhando, como que solta no ar. Lindo observar dia a dia, a dinâmica de uma planta trepadeira. Assim é na vida, assim também o são as pessoas.
Lindo ver a sapiência inata de um ser assim, que não foi ensinado a se portar assim. Lindo perceber a genética ordenando comportamentos similares aos similares. Todos iguais.
Lindo perceber a natureza tomar seu curso, a genética ditar suas leis, a vida seguir seu curso. E então a quem atribuir isso? A ciência explica. Mas não criou absolutamente nada, a bem Sá verdade, a ciência apenas copia o que ja fora naturalmente criado.
Por Cris Vaccarezza
Ia agregando, contorcendo, se firmando, envolvendo, envolvendo... Aos poucos, ia caminhando, como que solta no ar. Lindo observar dia a dia, a dinâmica de uma planta trepadeira. Assim é na vida, assim também o são as pessoas.
Lindo ver a sapiência inata de um ser assim, que não foi ensinado a se portar assim. Lindo perceber a genética ordenando comportamentos similares aos similares. Todos iguais.
Lindo perceber a natureza tomar seu curso, a genética ditar suas leis, a vida seguir seu curso. E então a quem atribuir isso? A ciência explica. Mas não criou absolutamente nada, a bem Sá verdade, a ciência apenas copia o que ja fora naturalmente criado.
Por Cris Vaccarezza
Intermitente Ciranda
E de repente, se deu conta de que alguma coisa estava faltando. Quem sabe, quebrara, sem que tivesse percebido. E solta, simplesmente se perdeu.
Ficara o locus. A loja. O vazio.
Perdia naquele momento, o contato com referencias tão familiares. Mesmo na multidão, estava só. Não pertencia mais àquele lugar. A bem da verdade, se perguntava se algum dia pertencera.
Não era a dança em si, não eram os passos. Talvez os parceiros. Não havia nada de diferente com eles em si, exceto que se revezavam. Não queria mais roda de dança. Não queria mais trocar e trocar, de braço em braço passar. Queria um parceiro. O parceiro. Alguém para se acostumar. Para com ele, aprender definitivamente a prazerosamente, dançar.
Por Cris Vaccarezza
Ficara o locus. A loja. O vazio.
Perdia naquele momento, o contato com referencias tão familiares. Mesmo na multidão, estava só. Não pertencia mais àquele lugar. A bem da verdade, se perguntava se algum dia pertencera.
Não era a dança em si, não eram os passos. Talvez os parceiros. Não havia nada de diferente com eles em si, exceto que se revezavam. Não queria mais roda de dança. Não queria mais trocar e trocar, de braço em braço passar. Queria um parceiro. O parceiro. Alguém para se acostumar. Para com ele, aprender definitivamente a prazerosamente, dançar.
Por Cris Vaccarezza
Fiapo
Quem é essa triste figura no espelho? Que é esse personagem com a maquiagem borrada. Com a cara de palhaço desbotando com as lágrimas? Quem é esse fiapo de gente de olhos inchados, de olhar profundamente incrédulo?
Se te tornaste fiapo, é que descosturaste do que devia ser tecido. Se te tornaste fiapo, é que emaranhaste o novelo. É que desfiaste a meada.
Esse é o resultado das suas escolhas. Dos passos que deu, dos caminhos que escolheu. Apenas isso!
Não culpe a ninguém pelo caminho escolhido.
As respostas para todas as perguntas, estão escondidas debaixo no nosso nariz!
A única coisa realmente temível, neste mundo de Meu Deus, não vem de fora. A única coisa realmente temível a qualquer ser vivente, são as consequências dos seus atos.
Por Cris Vaccarezza
Se te tornaste fiapo, é que descosturaste do que devia ser tecido. Se te tornaste fiapo, é que emaranhaste o novelo. É que desfiaste a meada.
Esse é o resultado das suas escolhas. Dos passos que deu, dos caminhos que escolheu. Apenas isso!
Não culpe a ninguém pelo caminho escolhido.
As respostas para todas as perguntas, estão escondidas debaixo no nosso nariz!
A única coisa realmente temível, neste mundo de Meu Deus, não vem de fora. A única coisa realmente temível a qualquer ser vivente, são as consequências dos seus atos.
Por Cris Vaccarezza
De saco cheio
Quer saber? Acabo de concluir que gente legal não presta! Sabe aquela gente que procura saber se você esta legal? Gente que se interessa. Gente que sorri com o seu sorriso, que se alegra com as suas pequenas alegrias, e está do seu lado, quando você sente dor? Sabe essa gente? Pois é! Se for a sua mãe, perdoe! Mãe é mãe. Se não for, esqueça! É tudo gente idiota demais, contente demais, perfeitinha demais. Difícil confiar nessa gente! Gente que nao quer nada em troca? Que é isso?
É tudo gente que não merece a sua atenção, o seu respeito! Não lhes dê importância! Ignore-os
Pra que se preocupar com gente fiel como um cachorro? Cachorro a gente acha bonitinho! Acha engraçado a sua fidelidade. Acha legal vê-lo abanar o rabinho e fazer festinha com a nossa chegada. Mas ninguém da muita importância ao cachorro, por mais que ele se esforce pra te deixar saber que você é especial.
Pra que se preocupar? Cachorro lá tem sentimentos? Cachorros não vão a lugar nenhum. Cachorros estão sempre ali. Até que um dia, eles morrem. Malditos sejam!
Gente boa também morre um dia. Se torna gente ruim. Deixa de acreditar. Deixa de se importar. Pra que se importar? Ninguém se importa mesmo!
É nesse dia, em que passam a fazer falta e ter relevância.
Gente ruim é excitante. Gente ruim é um desafio... Gente boa não! Gente boa é que nem pano de chão, broxante!
Fuja deles!!!!!
Por Cris Vaccarezza
É tudo gente que não merece a sua atenção, o seu respeito! Não lhes dê importância! Ignore-os
Pra que se preocupar com gente fiel como um cachorro? Cachorro a gente acha bonitinho! Acha engraçado a sua fidelidade. Acha legal vê-lo abanar o rabinho e fazer festinha com a nossa chegada. Mas ninguém da muita importância ao cachorro, por mais que ele se esforce pra te deixar saber que você é especial.
Pra que se preocupar? Cachorro lá tem sentimentos? Cachorros não vão a lugar nenhum. Cachorros estão sempre ali. Até que um dia, eles morrem. Malditos sejam!
Gente boa também morre um dia. Se torna gente ruim. Deixa de acreditar. Deixa de se importar. Pra que se importar? Ninguém se importa mesmo!
É nesse dia, em que passam a fazer falta e ter relevância.
Gente ruim é excitante. Gente ruim é um desafio... Gente boa não! Gente boa é que nem pano de chão, broxante!
Fuja deles!!!!!
Por Cris Vaccarezza
Cara feia pra mim é fome (de amor)!
Acho o cúmulo da falta de sorte, a pessoa se travestir de seriedade pra disfarçar mal humor. Se fantasiar de cara amarrada pra parecer intelectual.
Eu faço questão de ser idiota e feliz! Quero morrer sendo o bobo da corte. No final, é ele (o bobo) quem mais se diverte. Sai dali mais leve, sem o ônus da pseudo seriedade.
Você não tem que ser mal humorado pra ser levado a sério. Não tem que ser sisudo pra parecer respeitável. Você não tem que ser carrasco pra ser líder. Muito pelo contrario!
Acho que a verdadeira autoridade, nasce da certeza de ter feito o seu melhor. A liderança, nasce da consciência tranquila, não da cara amarrada. Creio que a verdadeira superioridade está no desprendimento. Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, nenhum deles se impôs pela fala alta, pelo dedo em riste, pela ignorância, ao contrário suas ideias se difundiram por serem leves e pregarem a paz.
Para mim, a beleza está na leveza de sentimento. A verdadeira felicidade, pode estar num dar de ombros e deixa pra lá quando nada mais pode ser feito! Seja feita a vontade do que está acima de mim, dê você a Ele o nome que quiser: Universo, cosmos, destino, Deus... É mais poderoso que eu e tenho dito!
E dito isso, que se feche essa página de lamentação! Que se delete todo bico e cara emburrada, que se aceite a diferença do outro, como parte da beleza de ser humano, falho. Imperfeito. Perfectível!
Que se abrace mais, perdoe mais, sorria mais, ame mais e julgue menos! Muito menos!
Por Cris Vaccarezza
Eu faço questão de ser idiota e feliz! Quero morrer sendo o bobo da corte. No final, é ele (o bobo) quem mais se diverte. Sai dali mais leve, sem o ônus da pseudo seriedade.
Você não tem que ser mal humorado pra ser levado a sério. Não tem que ser sisudo pra parecer respeitável. Você não tem que ser carrasco pra ser líder. Muito pelo contrario!
Acho que a verdadeira autoridade, nasce da certeza de ter feito o seu melhor. A liderança, nasce da consciência tranquila, não da cara amarrada. Creio que a verdadeira superioridade está no desprendimento. Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, nenhum deles se impôs pela fala alta, pelo dedo em riste, pela ignorância, ao contrário suas ideias se difundiram por serem leves e pregarem a paz.
Para mim, a beleza está na leveza de sentimento. A verdadeira felicidade, pode estar num dar de ombros e deixa pra lá quando nada mais pode ser feito! Seja feita a vontade do que está acima de mim, dê você a Ele o nome que quiser: Universo, cosmos, destino, Deus... É mais poderoso que eu e tenho dito!
E dito isso, que se feche essa página de lamentação! Que se delete todo bico e cara emburrada, que se aceite a diferença do outro, como parte da beleza de ser humano, falho. Imperfeito. Perfectível!
Que se abrace mais, perdoe mais, sorria mais, ame mais e julgue menos! Muito menos!
Por Cris Vaccarezza
Em respeito ao respeito
Oi!
Olá! Td bem com vc?
Tudo bem!
Quais as novas?
Te chamei pra dizer que vou te excluir do Facebook?
Me excluir? Como assim?
É! E do Msn tb!
Nossa! Mas pq? O que foi que eu fiz?
Você não concorda com nada do que eu posto. Tem sempre uma opinião diversa pra dar. Tem sempre um comentário questionador a fazer.
Te incomoda isso?
Muito! Me incomoda muito!
Hum...
Além do mais, vc escreve demais, é prolixa. Tem argumento Pra tudo. Não consigo acompanhar a velocidade das besteiras que diz! Realmente, eu sou assim.
A todo lugar que vai, tem que postar fotinha! Todo mundo mega feliz, distribuindo sorriso! Tudo colorido demais!
O mundo real anda meio cinza, desbotado demais, não acha?
O mundo é cinza! E tem mais! Quando você chega, sai enchendo meu face de atualizações. Reflexões..É muita informação!
Eu postei alguma coisa em sua página?
Não, na sua! Mas vejo nas minhas atualizações. Idéias modernas demais, prafrentex demais, feministas demais!
Entendi...
É por isso que vou deletar você!
É mesmo um prazer que tenho, colorir. Mas, claro, é direito seu não gostar.
...
Você não tem mais nada a dizer?
Ah, é verdade, tenho sim: Obrigada! :D
Por Cris Vaccarezza
Olá! Td bem com vc?
Tudo bem!
Quais as novas?
Te chamei pra dizer que vou te excluir do Facebook?
Me excluir? Como assim?
É! E do Msn tb!
Nossa! Mas pq? O que foi que eu fiz?
Você não concorda com nada do que eu posto. Tem sempre uma opinião diversa pra dar. Tem sempre um comentário questionador a fazer.
Te incomoda isso?
Muito! Me incomoda muito!
Hum...
Além do mais, vc escreve demais, é prolixa. Tem argumento Pra tudo. Não consigo acompanhar a velocidade das besteiras que diz! Realmente, eu sou assim.
A todo lugar que vai, tem que postar fotinha! Todo mundo mega feliz, distribuindo sorriso! Tudo colorido demais!
O mundo real anda meio cinza, desbotado demais, não acha?
O mundo é cinza! E tem mais! Quando você chega, sai enchendo meu face de atualizações. Reflexões..É muita informação!
Eu postei alguma coisa em sua página?
Não, na sua! Mas vejo nas minhas atualizações. Idéias modernas demais, prafrentex demais, feministas demais!
Entendi...
É por isso que vou deletar você!
É mesmo um prazer que tenho, colorir. Mas, claro, é direito seu não gostar.
...
Você não tem mais nada a dizer?
Ah, é verdade, tenho sim: Obrigada! :D
Por Cris Vaccarezza
O sonho de Lucas
Lucas adora dançar. E ele tem um jeito todo particular de dançar. Lucas tem um jeito todo particular de sorrir. Tem um jeito todo particular de chamar para dançar. Um jeito particular de viver, intensamente.
E uma característica muito especial, ele não sabe parar, principalmente, quando o verbo é dançar. Esqueceram de fabricar nele o botão "parar". Parece ter uma carga infindável de energia dançante.
Mas parece também, não saber parar de abraçar, de sorrir, de se fazer presente, de participar de qualquer aventura louca que a turma possa imaginar. Desde que envolva dança, afeto, sorriso e alegria.
Pois bem! Lucas tinha um sonho. Desse tipo de sonho que a nossa zona de conforto taxaria à primeira vista de trabalhoso. A exemplo de Ícaro, cujo sonho era voar, seu sonho era dançar no festival de zouk. Mais que dançar, ele queria se apresentar. E por que não? Ele queria dançar na primeira apresentação. Mas dançar sem ensaiar? Em cima da hora, com quem dançar?
É aí que surge, Mone. Quem melhor para dançar com Lucas, que uma professora? Dona de uma garra singular. Dona de uma inteligência digna de nota. Dona de uma elegância rara nos nossos dias. Dona de si. Uma mulher que adora ensinar. Como não aceitar o desafio? Como não estar lá, naquele momento?
Acostumada a grandes plateias desatentas, ela estava agora, diante de uma platéia que prendia a respiração. Todo mundo queria ver Lucas dançar e se realizar. Era um sonho. E sonho que se sonha junto, já dizia o poeta, é realidade.
Acho que estávamos todos, com ele naquele palco. Mas, mais que todo mundo, era Mone, quem estava lá. Ao lado dele. Na primeira apresentação da noite. A primeira dele, a primeira dela, nas festas de zouk. E quem nunca teve uma primeira vez, ignora a sensação descrita agora. Borboletas aos milhares soltas no estômago. Se ensaiassem, já seria tenso. Mas de improviso? Requer coragem.
Mas, (acho que já disse isso) estamos falando de Mone, a educadora, que enfrenta plateias desatentas na busca por ensinar. E, é claro, de Lucas, o garoto que subverteu o improvável, que desmentiu os limites. Sim, eles podem.
E subiram naquele palco, e arrasaram na primeira apresentação! Do início ao final, eles espalharam beleza e fizeram ficar ainda mais especial aquele momento. Quem assistiu, ficou com vontade de dançar, com um e com outro, de tão alma que ficou aquele zouk!
Em se tratando de Mone e Lucas, se alguém pensou que seria diferente, equivocou-se redondamente!
Ao realizar o sonho de Lucas, Mone reafirmou sua luta diária em busca de repartir a luz do conhecimento com quem por vezes não a quer. Provou que ser professor, está além das quatro paredes da sala de aula. Professor, o é na prática, na luta, na incerteza de todos os dias. Provou que é tudo isso e muito mais!
Eles provaram. Que não há desafio maior que a vontade, e a coragem de ir, tentar e fazer. Não que eles necessitassem de avaliação, mas quem se acostuma a enfrentar obstáculos, não se intimida em frente a qualquer barreira. Contorna, pula, mergulha, mas não se detém!
E por fim, me pergunto, alguém sabe o preço de um sonho? Sabe quanto vale um sonho? Quanto custa? Pois bem, Mone fez valer cada centavo de sonho e tornou aquele zouk inesquecível, para ele e pra cada um de nós! E Lucas... Ah, Lucas é surpreendente! Um semeador de sonhos. Ele simplesmente não sabe parar, e nos ensina todos os dias, a tentar sem parar.
Na foto, que ilustra o post, não fica claro o que Lucas viu nos ensinamentos de Mone. Nem o que Mone viu no sonho de Lucas. Fica claro o que Lucas e Mone viram um no outro naquele momento: Uma grande oportunidade de se divertir, tentando!
E sonhar não é exatamente isso? Se divertir, enquanto a vida dança a sua ciranda?
Por Cris Vaccarezza
E uma característica muito especial, ele não sabe parar, principalmente, quando o verbo é dançar. Esqueceram de fabricar nele o botão "parar". Parece ter uma carga infindável de energia dançante.
Mas parece também, não saber parar de abraçar, de sorrir, de se fazer presente, de participar de qualquer aventura louca que a turma possa imaginar. Desde que envolva dança, afeto, sorriso e alegria.
Pois bem! Lucas tinha um sonho. Desse tipo de sonho que a nossa zona de conforto taxaria à primeira vista de trabalhoso. A exemplo de Ícaro, cujo sonho era voar, seu sonho era dançar no festival de zouk. Mais que dançar, ele queria se apresentar. E por que não? Ele queria dançar na primeira apresentação. Mas dançar sem ensaiar? Em cima da hora, com quem dançar?
É aí que surge, Mone. Quem melhor para dançar com Lucas, que uma professora? Dona de uma garra singular. Dona de uma inteligência digna de nota. Dona de uma elegância rara nos nossos dias. Dona de si. Uma mulher que adora ensinar. Como não aceitar o desafio? Como não estar lá, naquele momento?
Acostumada a grandes plateias desatentas, ela estava agora, diante de uma platéia que prendia a respiração. Todo mundo queria ver Lucas dançar e se realizar. Era um sonho. E sonho que se sonha junto, já dizia o poeta, é realidade.
Acho que estávamos todos, com ele naquele palco. Mas, mais que todo mundo, era Mone, quem estava lá. Ao lado dele. Na primeira apresentação da noite. A primeira dele, a primeira dela, nas festas de zouk. E quem nunca teve uma primeira vez, ignora a sensação descrita agora. Borboletas aos milhares soltas no estômago. Se ensaiassem, já seria tenso. Mas de improviso? Requer coragem.
Mas, (acho que já disse isso) estamos falando de Mone, a educadora, que enfrenta plateias desatentas na busca por ensinar. E, é claro, de Lucas, o garoto que subverteu o improvável, que desmentiu os limites. Sim, eles podem.
E subiram naquele palco, e arrasaram na primeira apresentação! Do início ao final, eles espalharam beleza e fizeram ficar ainda mais especial aquele momento. Quem assistiu, ficou com vontade de dançar, com um e com outro, de tão alma que ficou aquele zouk!
Em se tratando de Mone e Lucas, se alguém pensou que seria diferente, equivocou-se redondamente!
Ao realizar o sonho de Lucas, Mone reafirmou sua luta diária em busca de repartir a luz do conhecimento com quem por vezes não a quer. Provou que ser professor, está além das quatro paredes da sala de aula. Professor, o é na prática, na luta, na incerteza de todos os dias. Provou que é tudo isso e muito mais!
Eles provaram. Que não há desafio maior que a vontade, e a coragem de ir, tentar e fazer. Não que eles necessitassem de avaliação, mas quem se acostuma a enfrentar obstáculos, não se intimida em frente a qualquer barreira. Contorna, pula, mergulha, mas não se detém!
E por fim, me pergunto, alguém sabe o preço de um sonho? Sabe quanto vale um sonho? Quanto custa? Pois bem, Mone fez valer cada centavo de sonho e tornou aquele zouk inesquecível, para ele e pra cada um de nós! E Lucas... Ah, Lucas é surpreendente! Um semeador de sonhos. Ele simplesmente não sabe parar, e nos ensina todos os dias, a tentar sem parar.
Na foto, que ilustra o post, não fica claro o que Lucas viu nos ensinamentos de Mone. Nem o que Mone viu no sonho de Lucas. Fica claro o que Lucas e Mone viram um no outro naquele momento: Uma grande oportunidade de se divertir, tentando!
E sonhar não é exatamente isso? Se divertir, enquanto a vida dança a sua ciranda?
Por Cris Vaccarezza
Herança
Pois toma, filho, é teu! Faze bom uso do que te delego agora. Vê, esse brilho dourado, essa luz? Pega e cuida bem dela. A cada ano que a ela te dedicares com amor, mais tempo te será acrescido às horas. Mais cada hora te valerá.
tua herança centuplica filho. A cem pra um, a cada minuto que te dedicares a ela. Inicia teu ano de plantio com alegria e o findarás com tranquilidade.
Se te dedicares à tua herança, filho, não haverá empecilhos que te barrem os passos, pois poderás sempre encontrar um caminho alternativo. Não haverá porta que se feche para tí, pois sempre é bem vindo, quem porta uma herança como a que te entrego agora.
Só não esqueça filho querido, que tua herança não aumentará, ou sobreviverá se não estiver sob tua atenção constante. Então vai e cuida dela.
Eis em tuas mãos, o conhecimento. Dou-te o pouco que tenho, como semente para que colhas muitos frutos. Mas não te confies no meu. Dou-te também a educação, para que ao lado da minha árvore de conhecimentos, plante também a tua. E quero, filho querido, na sombra do teu conhecimento, repousar no futuro.
Vai, começa agora mesmo, a ler, escrever, estudar. Estuda a gramática, as ciências, a matemática, as leis, a filosofia, a história, a psicologia. Estudes de tudo um pouco. Tenha fome, seja ávido e serás feliz.
Se te fizeres mestre no conhecimento, na polidez, na moral e na educação, viajarás pelo mundo, e serás pleno, rico, senhor! Serás milionário, filho! Pois todo aquele que ilumina é bem vindo. Jamais ficarás pobre. Tua herança é invisível aos olhos de cobiça dos homens. Eles jamais te poderão roubar. A educação é uma conquista que só se alcança pelo esforço pessoal.
Educação. Foi a melhor herança que recebi e é a que vou deixar. A única que não causa briga, polêmica, nem bá-fá-fá!
Por Cris Vaccarezza
tua herança centuplica filho. A cem pra um, a cada minuto que te dedicares a ela. Inicia teu ano de plantio com alegria e o findarás com tranquilidade.
Se te dedicares à tua herança, filho, não haverá empecilhos que te barrem os passos, pois poderás sempre encontrar um caminho alternativo. Não haverá porta que se feche para tí, pois sempre é bem vindo, quem porta uma herança como a que te entrego agora.
Só não esqueça filho querido, que tua herança não aumentará, ou sobreviverá se não estiver sob tua atenção constante. Então vai e cuida dela.
Eis em tuas mãos, o conhecimento. Dou-te o pouco que tenho, como semente para que colhas muitos frutos. Mas não te confies no meu. Dou-te também a educação, para que ao lado da minha árvore de conhecimentos, plante também a tua. E quero, filho querido, na sombra do teu conhecimento, repousar no futuro.
Vai, começa agora mesmo, a ler, escrever, estudar. Estuda a gramática, as ciências, a matemática, as leis, a filosofia, a história, a psicologia. Estudes de tudo um pouco. Tenha fome, seja ávido e serás feliz.
Se te fizeres mestre no conhecimento, na polidez, na moral e na educação, viajarás pelo mundo, e serás pleno, rico, senhor! Serás milionário, filho! Pois todo aquele que ilumina é bem vindo. Jamais ficarás pobre. Tua herança é invisível aos olhos de cobiça dos homens. Eles jamais te poderão roubar. A educação é uma conquista que só se alcança pelo esforço pessoal.
Educação. Foi a melhor herança que recebi e é a que vou deixar. A única que não causa briga, polêmica, nem bá-fá-fá!
Por Cris Vaccarezza
Excesso de bagagem
Tá bom! Então você não consegue perdoar. E se perdoa, não consegue esquecer...
Aí eu te pergunto. A pessoa que te magoou sabe mesmo da mágoa que você guarda?
Guardar essa dor não te dá a impressão de que você anda carregado? Emocionalmente pesado?
A raiva cega, ainda que momentaneamente. E basta um segundo, pra fazer bobagem...
O ódio enfeia a paisagem. Mágoa ocupa espaço em seu coração. Não esqueça, rancor também é bagagem.
Mas tem bagagem que não enfeita, não ajuda, só pesa...
A mágoa que você insiste em carregar, está te ajudando em alguma coisa?
Não? Então arreie, delete, perdoe, esqueça...Deixa pra lá.
Viaje leve e curta a paisagem!
Por Cris Vaccarezza
Aí eu te pergunto. A pessoa que te magoou sabe mesmo da mágoa que você guarda?
Guardar essa dor não te dá a impressão de que você anda carregado? Emocionalmente pesado?
A raiva cega, ainda que momentaneamente. E basta um segundo, pra fazer bobagem...
O ódio enfeia a paisagem. Mágoa ocupa espaço em seu coração. Não esqueça, rancor também é bagagem.
Mas tem bagagem que não enfeita, não ajuda, só pesa...
A mágoa que você insiste em carregar, está te ajudando em alguma coisa?
Não? Então arreie, delete, perdoe, esqueça...Deixa pra lá.
Viaje leve e curta a paisagem!
Por Cris Vaccarezza
O belo
Sim!
O salto é belo.
O maquiado é belo.
O produzido é belo.
O estiloso é belo.
O fashion é belo.
O siliconado é belo.
O caro é belo.
O malhado é belo.
O orto é belo.
O estático é belo.
O fotografado é belo.
O artificial, pode até ser belo.
Mas o naturalmente belo...
Ah, esse é o mais belo de todos.
Por Cris Vaccarezza
O salto é belo.
O maquiado é belo.
O produzido é belo.
O estiloso é belo.
O fashion é belo.
O siliconado é belo.
O caro é belo.
O malhado é belo.
O orto é belo.
O estático é belo.
O fotografado é belo.
O artificial, pode até ser belo.
Mas o naturalmente belo...
Ah, esse é o mais belo de todos.
Por Cris Vaccarezza
O melhor de si
Quem só tem pedras nas mão, só pode atirar pedras. Mas se você tem flores, por favor, dê flores!
O mundo precisa de flores.
Por Cris V.
O mundo precisa de flores.
Por Cris V.
Luz
Conquista-me. Com a sutileza com que a raposa pediu ao Príncipe que a cativasse, conquista-me. Te peço que uses a sua doçura maior, e toda a sinceridade que tiver na alma, conquista-me.
Quero sentir o toque suave do teu carinho em meus cabelos. Quero sentir a sensibilidade de um olhar terno, daqueles que fazem emocionar. Quero sentir o calor de mãos solidárias, nas minhas. Quero sentir a proteção ímpar de um abraço.
Conquista-me. Faz-me voltar a acreditar no ser humano. Em troca, acredita em mim também. Fala-me palavras belas, palavras de incentivo. Palavras de fé. Tapinhas amistosos de "Vai em frente, não desiste" também preciso ouvir. Deixa-me saber, ouvir em alto e bom som que acreditas em minha capacidade de superar. Juntos somos mais fortes. Quero saber que um pouco que seja, também eu, te conquistei.
Conquista-me. Deixa-me crer que tenho um amigo. Antes de qualquer outra coisa. Um amigo é riqueza rara nessas terras. Deixa-me saber que posso contar contigo. Prometo em contrapartida, não abusar. Não quero ser peso pra ti. Apenas apoio, ponto de equilíbrio. Um porto seguro, um ombro fraterno.
Deixa-me ficar. Fiquemos. Não à frente, como escudo, não atrás, como guarda costas. Lado a lado. Assim, estarei também ao teu alcance, caso precises. Caminhemos então, lado a lado.
Deixa-me tocar-te, não apenas teu corpo, tuas mãos, tua face, deixa que te toque o coração. Preciso doar amor. Quando doamos amor, a atmosfera em nossa volta se faz plena de luz. Deixa-me clarear com a sua luz. Ilumina-me. Essa luz é contagiante. Quem sabe assim, cada um de nós conquiste mais e mais pessoas. Ilumine-as de esperança. Conquista-me a esperança.
Por favor, conquista-me.Permita-me. Permita-se. Permitamos...
Por Cris Vaccarezza
Patricinha, a princesa digital
Ana Patricia era, desde sempre, inegável e irremediavelmente, uma nerd. Daquele tipo viciado em tecnologia. Consumia velozmente toda e qualquer novidade disponível no mercado.
Desde pequena fora assim. Lembrava de seu primeiro amor: Um Gênius, brinquedo de estratégia, baseado em seqüências de luzes e sons, que hj pareceria pré histórico. Depois veio um pequeno órgão eletrônico, um mini sintetizador, e então, descobriu os joguinhos eletrônicos manuais.
Na adolescência, não saia à rua. Era do tipo meio pálido no verão, costumava passar as tardes entre joysticks e cartuchos. O que você imaginar de vídeo Games, ela já teve. Do velho Odissey e Atari, até os modernos X BOX.
Acompanhou a evolução do computador, do primeiro pc 500 aos menores netbooks, e a internet, lhe trouxe alguns namorados, os primeiros romances, algumas descobertas e adjunto, algumas cicatrizes. Acho que foi aí que Ana Patricia optou pela virtualidade. Se o mundo real já não lhe atraia, agora, ferida, era quase uma ermita. Refugiara-se na segurança do universo digital paralelo. Só saia de lá, para o trabalho, evidentemente ligado à informática; e os livros. Ah, os livros! Que cheiro bom tem um livro, estalando de novo, ou velhinho, um clássico meio mofado, mas e daí? Esse era um bom motivo para que ela, branquelinha, apanhasse sol.
O tempo que trouxe os avanços, também trouxe algumas rugas e cabelos brancos. E eis Ana Patricia, aos 35 solteira, independente, e ao contrario das poucas amigas, completamente alheia às mulheres que se estapeavam lá fora, em busca de um homem. Tinha outros interesses. Principalmente, eram outros, os jogos que lhe interessavam. Os jogos em que podia vencer.
Quando lançaram o iPhone, foi a gloria! A modernet chegou ao paraiso, já que poderia viver conectada 24hs por dia, em qualquer lugar. Isso é que era inclusão digital! Seus jogos tomavam grande parte de seu dia, tantos comandos, tanto a atualizar em cada um, que raramente levantava os olhos da telinha, para o mundo real. Até os livros estavam ali, ao alcance de um par de dedos.
Foi num desses jogos de estratégia, King's Empire, que depois de dias construindo uma base solida, capaz de guerrear, um esperto lança-lhe um ataque letal! Pânico! Sozinha não daria conta. Recorreu ao clã, conselho de lideres que se ajudam nesses jogos de estratégia, e eis que um dos príncipes de um reino aliado saiu em sua defesa. Enviou tropas, que se juntaram às suas, e juntos, deram cabo do inimigo. E se tornaram amigos.
David era um garoto de 23 anos, e pelo perfil do Facebook, ela desconfiou que era casado. Mas ele parecia ter se empolgado com a defesa. E tratava a princesa do reino vizinho como sua protegida, chamando-a de meu amor. Nenhum ataque vai derrotá-la, prometo! Foi assim que a dupla empreendeu um império lendário, conquistando todos os reinos possíveis em seu território. Ela era mesmo uma grande estrategista.
Infelizmente, a coisa começou a sair da virtualidade, e com o tempo, não bastou vê-lá pelo perfil do face, ele queria seu telefone, queria discutir as estratégias de ataque pessoalmente, e o pior, havia uma rainha ao seu lado, na vida real. Provavelmente, dormindo, enquanto ele se derretia de amores pela princesa aliada.
Ana era sempre evasiva, sempre trazia para o campo da racionalidade e da amizade, a relação dos dois. Era tão bom ter um amigo, ainda mais, um aliado como aquele. Não queria perdê-lo. Até o dia em que ele a pôs contra a parede. Ela tinha que decidir. Ou namorava com ele, ou perderia o aliado nas batalhas. Tinham um impasse. Ele rompia o acordo. Ela não queria se tornar uma amante.
Foi nesse dia, que ele perdeu a amiga, a aliada, o reino e o jogo. Ela invadiu seu reino com todas as tropas, e o derrotou. Afinal, ela era uma princesa, mas isso era um jogo, não um conto de fadas.
Por Cris Vaccarezza
Desde pequena fora assim. Lembrava de seu primeiro amor: Um Gênius, brinquedo de estratégia, baseado em seqüências de luzes e sons, que hj pareceria pré histórico. Depois veio um pequeno órgão eletrônico, um mini sintetizador, e então, descobriu os joguinhos eletrônicos manuais.
Na adolescência, não saia à rua. Era do tipo meio pálido no verão, costumava passar as tardes entre joysticks e cartuchos. O que você imaginar de vídeo Games, ela já teve. Do velho Odissey e Atari, até os modernos X BOX.
Acompanhou a evolução do computador, do primeiro pc 500 aos menores netbooks, e a internet, lhe trouxe alguns namorados, os primeiros romances, algumas descobertas e adjunto, algumas cicatrizes. Acho que foi aí que Ana Patricia optou pela virtualidade. Se o mundo real já não lhe atraia, agora, ferida, era quase uma ermita. Refugiara-se na segurança do universo digital paralelo. Só saia de lá, para o trabalho, evidentemente ligado à informática; e os livros. Ah, os livros! Que cheiro bom tem um livro, estalando de novo, ou velhinho, um clássico meio mofado, mas e daí? Esse era um bom motivo para que ela, branquelinha, apanhasse sol.
O tempo que trouxe os avanços, também trouxe algumas rugas e cabelos brancos. E eis Ana Patricia, aos 35 solteira, independente, e ao contrario das poucas amigas, completamente alheia às mulheres que se estapeavam lá fora, em busca de um homem. Tinha outros interesses. Principalmente, eram outros, os jogos que lhe interessavam. Os jogos em que podia vencer.
Quando lançaram o iPhone, foi a gloria! A modernet chegou ao paraiso, já que poderia viver conectada 24hs por dia, em qualquer lugar. Isso é que era inclusão digital! Seus jogos tomavam grande parte de seu dia, tantos comandos, tanto a atualizar em cada um, que raramente levantava os olhos da telinha, para o mundo real. Até os livros estavam ali, ao alcance de um par de dedos.
Foi num desses jogos de estratégia, King's Empire, que depois de dias construindo uma base solida, capaz de guerrear, um esperto lança-lhe um ataque letal! Pânico! Sozinha não daria conta. Recorreu ao clã, conselho de lideres que se ajudam nesses jogos de estratégia, e eis que um dos príncipes de um reino aliado saiu em sua defesa. Enviou tropas, que se juntaram às suas, e juntos, deram cabo do inimigo. E se tornaram amigos.
David era um garoto de 23 anos, e pelo perfil do Facebook, ela desconfiou que era casado. Mas ele parecia ter se empolgado com a defesa. E tratava a princesa do reino vizinho como sua protegida, chamando-a de meu amor. Nenhum ataque vai derrotá-la, prometo! Foi assim que a dupla empreendeu um império lendário, conquistando todos os reinos possíveis em seu território. Ela era mesmo uma grande estrategista.
Infelizmente, a coisa começou a sair da virtualidade, e com o tempo, não bastou vê-lá pelo perfil do face, ele queria seu telefone, queria discutir as estratégias de ataque pessoalmente, e o pior, havia uma rainha ao seu lado, na vida real. Provavelmente, dormindo, enquanto ele se derretia de amores pela princesa aliada.
Ana era sempre evasiva, sempre trazia para o campo da racionalidade e da amizade, a relação dos dois. Era tão bom ter um amigo, ainda mais, um aliado como aquele. Não queria perdê-lo. Até o dia em que ele a pôs contra a parede. Ela tinha que decidir. Ou namorava com ele, ou perderia o aliado nas batalhas. Tinham um impasse. Ele rompia o acordo. Ela não queria se tornar uma amante.
Foi nesse dia, que ele perdeu a amiga, a aliada, o reino e o jogo. Ela invadiu seu reino com todas as tropas, e o derrotou. Afinal, ela era uma princesa, mas isso era um jogo, não um conto de fadas.
Por Cris Vaccarezza
Opostos
Quer saber, deixa estar! Deixa ficar em silêncio, que fica melhor. Se te magoei com qualquer julgamento, perdoa que segues mais leve! Se me magoou com qualquer ilusão, não mais! Tá perdoado!
Sigamos em paz, que nossos rios são águas de vales opostos. Deixa que cheguem a seus deltas e deságüem em silêncio. Sem mais qualquer rumor de corredeiras, ou palavras rudes, se chocando contra as pedras do caminho.
Deixa fluir. Vai em paz...A vida flui, a vida segue!
Por Cris Vaccarezza
Sigamos em paz, que nossos rios são águas de vales opostos. Deixa que cheguem a seus deltas e deságüem em silêncio. Sem mais qualquer rumor de corredeiras, ou palavras rudes, se chocando contra as pedras do caminho.
Deixa fluir. Vai em paz...A vida flui, a vida segue!
Por Cris Vaccarezza
Ei, psiu!? A máscara de bom moço, caiu!
Há dias se perguntava, por que sumiu? Se ainda tivessem ficado juntos, diria: Sumiu porque conseguiu. Mas nada! Nem sequer se conheceram pessoalmente. Pra ser sincera, pelo blá, blá, blá de seriedade virtual, de compromisso, casualidade com ele, era a última coisa que lhe passaria pela cabeça.
Tantos papos depois, encontros marcados, alguns, por ela reagendados; outros, por ele, ignorados, silenciados, só desencontros...E droga! A ideia nem fora dela! Estava no seu cantinho. Pra que cutucar?
Agora, abduzido sem pistas: Offline no Msn, desapareceu do Facebook, sumiu do mapa. Depois de ter furado mais um encontro que fez questão de marcar, depois de jurar que adiantaria o trabalho da semana, pegaria a estrada e viria vê-la, depois fazê-la mudar a agenda...era pra ficar curiosa, não? Pra ela então, que tinha curiosidade por sobrenome, uma afronta!
Mas eis que o "acaso" conspira em seu favor. E o encontra em um carro estacionado trancando a saída do dela, na porta de uma delicatessen, às cinco e meia da tarde de uma quinta feira. Esperando alguém que provavelmente estava lá no interior da padaria. Quem seria? A esposa talvez? Uma namorada?
De repente, zilhões de perguntas: No meio da tarde? De uma quinta feira? Mas não era ele que trabalhava em outra cidade? Esperando alguém que fazia compras? Mas não era ele o pai honrado, que criava sozinho, seu filho, abandonado pela mãe, com a ajuda exclusiva da avó idosa e doente? De bermuda? Mas não era ele que vivia de terno e gravata, mesmo nas tardes quentes de verão de uma cidade litorânea?
De repente, não mais que de repente, quando os olhares cruzaram. Seu carro estava bloqueando o dela. Ela ia sorrir, pedir pra tirar... Mas peraí?!, disse seu olhar, Eu te conheço!... Eu sei, é verdade... Desculpa! respondeu o olhar dele, baixando ridiculamente. Foi um engano. Ela ergueu seu olhar. Entrou em seu carro. Aguardou que ele tirasse o carro do fundo do seu. Evitou olhar pra trás, para não aumentar o constrangimento dele... Saiu dali o mais rápido possível. Foi um engano! E tudo se esclareceu.
Mas o olhar dele, depois de menear a cabeça reconhecendo-a da foto, baixando para recolher os fragmentos da mascara que caíra e estava espatifada no assoalho do carro... Essa imagem, em silêncio, lhe deu todas as respostas.
Infelizmente, essa é a imagem que guardaria dele. Essa é a imagem que eu não esqueceria. Tinha a mania boba de não guardar a primeira impressão das pessoas. Sempre lhes dava uma segunda, terceira, quarta oportunidades de deixar boa impressão. Preferia guardar a ultima impressão. Essa é a que fica. Achava, agora, que precisava rever seus conceitos. Essa coisa de deixar as pessoas se mostrarem não tem lhes favorecido. Uma pena!
Por Cris V.
Tantos papos depois, encontros marcados, alguns, por ela reagendados; outros, por ele, ignorados, silenciados, só desencontros...E droga! A ideia nem fora dela! Estava no seu cantinho. Pra que cutucar?
Agora, abduzido sem pistas: Offline no Msn, desapareceu do Facebook, sumiu do mapa. Depois de ter furado mais um encontro que fez questão de marcar, depois de jurar que adiantaria o trabalho da semana, pegaria a estrada e viria vê-la, depois fazê-la mudar a agenda...era pra ficar curiosa, não? Pra ela então, que tinha curiosidade por sobrenome, uma afronta!
Mas eis que o "acaso" conspira em seu favor. E o encontra em um carro estacionado trancando a saída do dela, na porta de uma delicatessen, às cinco e meia da tarde de uma quinta feira. Esperando alguém que provavelmente estava lá no interior da padaria. Quem seria? A esposa talvez? Uma namorada?
De repente, zilhões de perguntas: No meio da tarde? De uma quinta feira? Mas não era ele que trabalhava em outra cidade? Esperando alguém que fazia compras? Mas não era ele o pai honrado, que criava sozinho, seu filho, abandonado pela mãe, com a ajuda exclusiva da avó idosa e doente? De bermuda? Mas não era ele que vivia de terno e gravata, mesmo nas tardes quentes de verão de uma cidade litorânea?
De repente, não mais que de repente, quando os olhares cruzaram. Seu carro estava bloqueando o dela. Ela ia sorrir, pedir pra tirar... Mas peraí?!, disse seu olhar, Eu te conheço!... Eu sei, é verdade... Desculpa! respondeu o olhar dele, baixando ridiculamente. Foi um engano. Ela ergueu seu olhar. Entrou em seu carro. Aguardou que ele tirasse o carro do fundo do seu. Evitou olhar pra trás, para não aumentar o constrangimento dele... Saiu dali o mais rápido possível. Foi um engano! E tudo se esclareceu.
Mas o olhar dele, depois de menear a cabeça reconhecendo-a da foto, baixando para recolher os fragmentos da mascara que caíra e estava espatifada no assoalho do carro... Essa imagem, em silêncio, lhe deu todas as respostas.
Infelizmente, essa é a imagem que guardaria dele. Essa é a imagem que eu não esqueceria. Tinha a mania boba de não guardar a primeira impressão das pessoas. Sempre lhes dava uma segunda, terceira, quarta oportunidades de deixar boa impressão. Preferia guardar a ultima impressão. Essa é a que fica. Achava, agora, que precisava rever seus conceitos. Essa coisa de deixar as pessoas se mostrarem não tem lhes favorecido. Uma pena!
Por Cris V.
O cara certo pra você
Esperando o cara que Roberto Carlos descreve na música...morreu seca. Ele não chegou. Ele não existe. Ela escolheu demais. Será?
Outro dia, postei em meu perfil no Face, a foto acima. E os comentários foram de concordância. Parece uníssono a afirmação de que "esse cara" não existe. Encontrá-lo, seria um milagre. E, por conseguinte, de que devemos nos contentar com os exemplares de que dispomos no mercado, em sua maioria ogros, infiéis, cafas, pobres de caráter, ou conteúdo. Sem "escolher demais". E passar o resto da vida equilibrando as galhas, aturando bêbado chato, ou apanhando dia sim, no outro também, sem questionar. Pelo contrário, sendo grata a Nossa Senhora das encalhadas por ter um homem ao seu lado.
Acredito que o mar não está pra peixe. Há muita mulher solteira no momento. Muitas mulheres cada vez mais belas, saradas, independentes, inteligentes, interessantes e disponíveis. Disponíveis até demais. Mas elas também não estão se dando bem. A cada balada, noitada, festinha, pescaria, sua rede vem mais cheias de piabas. Onde estão os cardumes de Atum, Salmão, Vermelho, Namorado? Será que não existem mais?
É verdade. Estamos muito carentes. Eu diria que a mulherada está tão carente que ouvi recentemente de uma amiga que "guerra é guerra"(?); de outra, que "não existe mais essa coisa de meu tipo de homem"(?). Muito bem. Estamos matando cachorro a psiu! Não me admira que Cinqüenta tons de cinza seja sucesso de vendas. Ou que a música de Roberto nos faça suspirar. O homem que descrevem as duas obras artísticas são lendas urbanas, verdadeiros milagres. São os musos idealizados dos tempos modernos.
Eu disse "musos"! Olha a inversão de valores. Antigamente, as musas eram idealizadas. Os homens as disputavam, todos queriam ser os melhores cavalheiros, para merecê-las. Conseguir uma mulher era difícil. O cara tinha que se destacar, se esforçar, matar um leão por dia (vide pre-história). Uma MULHER, então, custava dotes caríssimos. Era preciso cuidar dela, cortejá-la, protegê-la, conquistá-la. Hoje, a coisa está tão desesperadora, ou desesperada, sei lá; que os homens perderam o seu papel de cavalheiros, de protetores, de provedores, de heróis, lutadores. Estão eles no papel de caçados.
Não admira que achem que temos que nos contentar com qualquer coisa. Mas sabe do que mais? Eu não concordo! Mania essa minha de discordar! Eu acho que o cara descrito por Roberto existe sim, mas não para todas. Como tudo na vida. As oportunidades estão aí. Mas não para todo mundo.
Dizer que o cara não existe, é o mesmo que afirmar que o prêmio da mega sena não existe só porque eu, nem ninguém que eu conheço ganhou. Generalização. Ingenuidade. Ele existe sim. É aquele cara que curte nossas postagens, que sempre presta atenção na nossa roupa, na nossa nova foto de perfil. É o cara que lê nossos status, que se preocupa em dar um bom dia, em saber se estamos bem. O cara descrito na música é o cara que se interessou por você. Infelizmente, ele também é aquele que não nos desperta o sex appeal, porque inconscientemente achamos os lobos maus mais interessantes. Os cafajestes, os inconquistáveis, egoístas, distantes, insensíveis, os problemáticos, os difíceis, que sem duvida, vão acabar derramando algumas lágrimas, esses são os caras que nós escolhemos para ter por perto. Por outro lado, como esses são os preferidos, não sentem qualquer necessidade de se tornar um daqueles cavalheiros que fazem de tudo por sua mulher. Pra que mexer em time que está ganhando?
Por fim, caras parceiras, não acho que se portar movidas apenas pelo sex appeal, pela carência, ou pelo comodismo, vá nos levar a encontrar aquele cara descrito na música. Acredito, isso sim que não temos que nos contentar com o que aparece. Não temos nada a perder. Mesmo ficando sozinhas. Há certas companhias que realmente não valem o sacrifício de uma escova sequer. E, vamos lá, ficar sozinha não é o fim do mundo. Afinal, não é assim que você vai estar amanhã, depois de ser usada por aquele cafa egoísta? Depois de ter virado estatística, história, conquista, troféu?? Depois de tudo...Sozinha? Entendeu, ou quer que eu desenhe? Não, não temos que aturar qualquer coisa, como se não tivéssemos opção. Ficar em casa sozinha é uma opção. Sair com as amigas, também é. Visitar um amigo doente, plantar uma flor, ler um livro, jogar uma partida de tênis, malhar até cair. Qualquer coisa que não roube a sua dignidade no dia seguinte.
Em minha opinião, temos é que pensar mais nossas escolhas. E deixar sim, a cadeira vazia. Quem sabe tudo o que aquele cara que ama você do seu jeito espera, seja justamente uma oportunidade de encontrá-la sozinha e tranquila, para se aproximar. Sem tanta balada, sem tanta maquiagem, sem tanta agitação...
Até para receber presentes do Papai Noel, era preciso que acreditássemos nele. E vamos combinar, o Natal tinha outro sabor, quando a gente acreditava. Se queremos que o milagre aconteça, precisamos ao menos ter fé de que milagres acontecem de vez em quando e de que somos dignas de um milagre. Esperar, faz parte do milagre. Ainda que ele não chegue para nós, correr atrás não vai fazer acontecer.
Por Cris Vaccarezza
Outro dia, postei em meu perfil no Face, a foto acima. E os comentários foram de concordância. Parece uníssono a afirmação de que "esse cara" não existe. Encontrá-lo, seria um milagre. E, por conseguinte, de que devemos nos contentar com os exemplares de que dispomos no mercado, em sua maioria ogros, infiéis, cafas, pobres de caráter, ou conteúdo. Sem "escolher demais". E passar o resto da vida equilibrando as galhas, aturando bêbado chato, ou apanhando dia sim, no outro também, sem questionar. Pelo contrário, sendo grata a Nossa Senhora das encalhadas por ter um homem ao seu lado.
Acredito que o mar não está pra peixe. Há muita mulher solteira no momento. Muitas mulheres cada vez mais belas, saradas, independentes, inteligentes, interessantes e disponíveis. Disponíveis até demais. Mas elas também não estão se dando bem. A cada balada, noitada, festinha, pescaria, sua rede vem mais cheias de piabas. Onde estão os cardumes de Atum, Salmão, Vermelho, Namorado? Será que não existem mais?
É verdade. Estamos muito carentes. Eu diria que a mulherada está tão carente que ouvi recentemente de uma amiga que "guerra é guerra"(?); de outra, que "não existe mais essa coisa de meu tipo de homem"(?). Muito bem. Estamos matando cachorro a psiu! Não me admira que Cinqüenta tons de cinza seja sucesso de vendas. Ou que a música de Roberto nos faça suspirar. O homem que descrevem as duas obras artísticas são lendas urbanas, verdadeiros milagres. São os musos idealizados dos tempos modernos.
Eu disse "musos"! Olha a inversão de valores. Antigamente, as musas eram idealizadas. Os homens as disputavam, todos queriam ser os melhores cavalheiros, para merecê-las. Conseguir uma mulher era difícil. O cara tinha que se destacar, se esforçar, matar um leão por dia (vide pre-história). Uma MULHER, então, custava dotes caríssimos. Era preciso cuidar dela, cortejá-la, protegê-la, conquistá-la. Hoje, a coisa está tão desesperadora, ou desesperada, sei lá; que os homens perderam o seu papel de cavalheiros, de protetores, de provedores, de heróis, lutadores. Estão eles no papel de caçados.
Não admira que achem que temos que nos contentar com qualquer coisa. Mas sabe do que mais? Eu não concordo! Mania essa minha de discordar! Eu acho que o cara descrito por Roberto existe sim, mas não para todas. Como tudo na vida. As oportunidades estão aí. Mas não para todo mundo.
Dizer que o cara não existe, é o mesmo que afirmar que o prêmio da mega sena não existe só porque eu, nem ninguém que eu conheço ganhou. Generalização. Ingenuidade. Ele existe sim. É aquele cara que curte nossas postagens, que sempre presta atenção na nossa roupa, na nossa nova foto de perfil. É o cara que lê nossos status, que se preocupa em dar um bom dia, em saber se estamos bem. O cara descrito na música é o cara que se interessou por você. Infelizmente, ele também é aquele que não nos desperta o sex appeal, porque inconscientemente achamos os lobos maus mais interessantes. Os cafajestes, os inconquistáveis, egoístas, distantes, insensíveis, os problemáticos, os difíceis, que sem duvida, vão acabar derramando algumas lágrimas, esses são os caras que nós escolhemos para ter por perto. Por outro lado, como esses são os preferidos, não sentem qualquer necessidade de se tornar um daqueles cavalheiros que fazem de tudo por sua mulher. Pra que mexer em time que está ganhando?
Por fim, caras parceiras, não acho que se portar movidas apenas pelo sex appeal, pela carência, ou pelo comodismo, vá nos levar a encontrar aquele cara descrito na música. Acredito, isso sim que não temos que nos contentar com o que aparece. Não temos nada a perder. Mesmo ficando sozinhas. Há certas companhias que realmente não valem o sacrifício de uma escova sequer. E, vamos lá, ficar sozinha não é o fim do mundo. Afinal, não é assim que você vai estar amanhã, depois de ser usada por aquele cafa egoísta? Depois de ter virado estatística, história, conquista, troféu?? Depois de tudo...Sozinha? Entendeu, ou quer que eu desenhe? Não, não temos que aturar qualquer coisa, como se não tivéssemos opção. Ficar em casa sozinha é uma opção. Sair com as amigas, também é. Visitar um amigo doente, plantar uma flor, ler um livro, jogar uma partida de tênis, malhar até cair. Qualquer coisa que não roube a sua dignidade no dia seguinte.
Em minha opinião, temos é que pensar mais nossas escolhas. E deixar sim, a cadeira vazia. Quem sabe tudo o que aquele cara que ama você do seu jeito espera, seja justamente uma oportunidade de encontrá-la sozinha e tranquila, para se aproximar. Sem tanta balada, sem tanta maquiagem, sem tanta agitação...
Até para receber presentes do Papai Noel, era preciso que acreditássemos nele. E vamos combinar, o Natal tinha outro sabor, quando a gente acreditava. Se queremos que o milagre aconteça, precisamos ao menos ter fé de que milagres acontecem de vez em quando e de que somos dignas de um milagre. Esperar, faz parte do milagre. Ainda que ele não chegue para nós, correr atrás não vai fazer acontecer.
Por Cris Vaccarezza
À distância
A distância... sempre ela. Temperando, criando, postergando, esperando, ansiando. Sempre ela enxertando gerúndios em meus verbos, indefinidamente... Quero infinitivos e não infinitos. E quero já!
Infinitivo pessoal, de preferência!
À distância, minha companheira mais usual, os meus respeitos.
Obrigada pela companhia constante!
Por Cris V.
Da série: Poesia adolescente - Saudade, poesia singular
Partiu
E com você,
Partiram meus olhos.
Olhos de lamúria,
Olhos encharcados
Da sede que você deixou.
Olhos extasiados,
Tristes, deslumbrados,
Arrasados e profundamente solitários.
Se foi,
E por você derramei lágrimas,
Lágrimas de amor,
Sentidas,
Choradas,
Extraídas de um coração
Dilacerado, bipartido.
Ainda assim, se foi.
Ainda assim, não voltou.
Para mim, parece que foi único.
Pra você, por pouco, fui mais que nada.
Por Cris V. (Adolescente, 1988)
Da série: Poesia adolescente - Cárcere
Cárcere meu, meu cárcere!
Punhado de vida, em mãos de aço.
Luta sem fim, amargo laço.
Cárcere frio e forte,
aprisionas quente e frágil coração.
Cárcere, por todo o amor que existe,
Sede sensato para crer,
tens em gaiola de ouro, um pássaro triste,
que encarcerado, cansou de viver.
Deixai ir, voar, o pássaro triste,
Para que a alegria não se perca
de todo no passado.
Cárcere,
És de palavras e ar,
e ainda resistes,
Pois falta coragem ao pássaro triste,
Para romper teu cercado.
Cárcere, por favor, me responda,
Que duras penas tenho que cumprir?
Pago por querer amar e ser feliz apenas?
Pois então digo-lhe, Cárcere:
Nas costas, carrego penas muito pesadas:
As que me outorgaste.
E outras tantas, muito leves,
das asas de um pássaro triste que só queria amar.
Tenho porém, algo a discordar da minha sentença.
Ainda não me podes condenar!
Pois pássaro triste, Cárcere,
mesmo em gaiola de ouro,
não vê motivos para cantar.
Por Cris V. (Adolescente, 1986)
Biografia instantânea
Nasci, cresci, reproduzi, li, reli, sobrevivi... Estou por aqui! Quando Deus me chamar... Parti!!
Simples assim...
Por Cris Vaccarezza
O que dizem por aí
Dizem que mulher gosta é de dinheiro.
Dizem que mulher gosta é de coisa cara.
Dizem que mulher se arruma para outra mulher.
Dizem que mulher é bicho vingativo.
Dizem que mulher sempre tem que perder dois quilos.
Dizem que mulher dirige muito devagar.
Dizem que mulher não gosta de futebol.
Dizem que mulher gosta de ser dependente.
Dizem que mulher não sai de casa se a maquiagem, o cabelo e as unhas não estiverem absolutamente impecáveis.
Dizem que mulher adora salão de beleza.
Dizem que mulher adora fofoca.
Dizem que mulher gosta de cafajeste.
Dizem que mulher adora que paguem suas contas.
Dizem que toda mulher quer casar.
Eu me pergunto: Será que quem diz, sabe mesmo o que diz?
Ou pior: Meu Deus! Será que eu sou homem?
Por Cris Vaccarezza
Dizem que mulher gosta é de coisa cara.
Dizem que mulher se arruma para outra mulher.
Dizem que mulher é bicho vingativo.
Dizem que mulher sempre tem que perder dois quilos.
Dizem que mulher dirige muito devagar.
Dizem que mulher não gosta de futebol.
Dizem que mulher gosta de ser dependente.
Dizem que mulher não sai de casa se a maquiagem, o cabelo e as unhas não estiverem absolutamente impecáveis.
Dizem que mulher adora salão de beleza.
Dizem que mulher adora fofoca.
Dizem que mulher gosta de cafajeste.
Dizem que mulher adora que paguem suas contas.
Dizem que toda mulher quer casar.
Eu me pergunto: Será que quem diz, sabe mesmo o que diz?
Ou pior: Meu Deus! Será que eu sou homem?
Por Cris Vaccarezza
Da série: Poesia adolescente - Porque ainda há rosas
As pétalas de todas as rosas que plantei, estarão perfumando o meu caminho quando não houver mais ninguém por perto, quando todos os amigos já tiverem ido, e todas as portas, estiverem fechadas.
Os espinhos de todas as rosas que plantei, servirão de impulso para a minha longa caminhada, toda vez que alguém me decepcionar, toda vez que eu me desesperar, toda vez que meu mundo desabar.
As cores de todas as rosas que plantei, iluminarão meus dias cansados, se uma lágrima desbotar meu sorriso, se a ilusão me impedir de enxergar a verdade, se as pessoas me ignorarem.
A suavidade das pétalas de todas as rosas que plantei, há de embalar minhas noites. Ao ver que está escuro, ao ver que me deixaram, e que soluços sacodem o meu corpo.
Então, saberei que estou sozinha, saberei que fui abandonada à própria sorte, saberei que a noite caiu, antes do pôr do sol, antes que eu pudesse sequer admirá-lo.
Então, ao contrário de me entregar, correrei pelo campo. Então, enlouquecerei aos poucos, então serei pastora de estrelas e colherei muitos sons de flautas em minha cesta de sonhos. Dançarei com duendes e nadarei no azul do céu.
Sempre, com muita paz, e o coração cheio de alegria, pois sei que plantei muitas rosas, e elas, por fim, me consolarão.
Por Cris V. (adolescente)
Os espinhos de todas as rosas que plantei, servirão de impulso para a minha longa caminhada, toda vez que alguém me decepcionar, toda vez que eu me desesperar, toda vez que meu mundo desabar.
As cores de todas as rosas que plantei, iluminarão meus dias cansados, se uma lágrima desbotar meu sorriso, se a ilusão me impedir de enxergar a verdade, se as pessoas me ignorarem.
A suavidade das pétalas de todas as rosas que plantei, há de embalar minhas noites. Ao ver que está escuro, ao ver que me deixaram, e que soluços sacodem o meu corpo.
Então, saberei que estou sozinha, saberei que fui abandonada à própria sorte, saberei que a noite caiu, antes do pôr do sol, antes que eu pudesse sequer admirá-lo.
Então, ao contrário de me entregar, correrei pelo campo. Então, enlouquecerei aos poucos, então serei pastora de estrelas e colherei muitos sons de flautas em minha cesta de sonhos. Dançarei com duendes e nadarei no azul do céu.
Sempre, com muita paz, e o coração cheio de alegria, pois sei que plantei muitas rosas, e elas, por fim, me consolarão.
Por Cris V. (adolescente)
Introdução à série poesia adolescente: Uma sonhadora romântica
Era assim, aos 12, 13, 14... até a beira dos 23 anos, era ainda assim. Uma sonhadora romântica. Redundância? Não pra ela. Vivia em um mundo cor de rosa, só seu. Chocada no calor do ninho, por tempo demais, era virgem de sociabilidade. Seu quociente emocional, contrastava imensamente com o intelectual. Era o que poderia se considerar a grosso modo, uma boba. Ainda assim, se mantinha viva. Sobrevivera onde alguns sucumbiriam. Vencera loooonga metamorfose.
Fora fruto de um sério conflito de gerações. Fora fruto da ditadura. Suas ideias juvenis, eram consideradas subversivas pela educação da época e então, rechaçadas. E como todo dissidente, fora exilada.
Do exílio do seu quarto, através das janelas, contemplava um mundo do qual se sentia distante.
Expressar-se com palavras, poderia ferir, machucar, ofender, melindrar. Prolongar ainda mais o exílio. Então, sabiamente ou covardemente, mantinha a boca calada. Se haviam livros, que viajasse neles. Se haviam cadernos, que neles extravasasse as palavras tolhidas. Sem ferir mais ninguém. Eram um segredo. E eles, mudos,cúmplices, guardariam segredo.
E assim vinham, não se sabe de que recôndito de sua mente, ou de seu coração, canções de exílio. Todas elas, muito carregadas de emoção. Foi assim que sobreviveu. Escrevendo e lendo. Redigia a vida que gostaria de ter, um dia. Socializar, com seu parco Q.E. seria, ainda nem sabia, um desafio e tanto.
Hoje, inicio uma série que dificilmente será compreendida por alguém que nunca tenha sido encarcerado: As poesias adolescentes. Um passado, redivivo e passado definitivamente a limpo. Essa pessoa, não existe mais. Suas lágrimas, teceram em torno de si um casulo do qual, emergiu uma borboleta, que acostumada ao escuro, buscava em cada fresta, uma réstia de luz. Mas as poesias, textos, ficaram, e também fazem parte da história. Por isso, depois de muito tempo, estão aqui.
Por Cris V.
Fora fruto de um sério conflito de gerações. Fora fruto da ditadura. Suas ideias juvenis, eram consideradas subversivas pela educação da época e então, rechaçadas. E como todo dissidente, fora exilada.
Do exílio do seu quarto, através das janelas, contemplava um mundo do qual se sentia distante.
Expressar-se com palavras, poderia ferir, machucar, ofender, melindrar. Prolongar ainda mais o exílio. Então, sabiamente ou covardemente, mantinha a boca calada. Se haviam livros, que viajasse neles. Se haviam cadernos, que neles extravasasse as palavras tolhidas. Sem ferir mais ninguém. Eram um segredo. E eles, mudos,cúmplices, guardariam segredo.
E assim vinham, não se sabe de que recôndito de sua mente, ou de seu coração, canções de exílio. Todas elas, muito carregadas de emoção. Foi assim que sobreviveu. Escrevendo e lendo. Redigia a vida que gostaria de ter, um dia. Socializar, com seu parco Q.E. seria, ainda nem sabia, um desafio e tanto.
Hoje, inicio uma série que dificilmente será compreendida por alguém que nunca tenha sido encarcerado: As poesias adolescentes. Um passado, redivivo e passado definitivamente a limpo. Essa pessoa, não existe mais. Suas lágrimas, teceram em torno de si um casulo do qual, emergiu uma borboleta, que acostumada ao escuro, buscava em cada fresta, uma réstia de luz. Mas as poesias, textos, ficaram, e também fazem parte da história. Por isso, depois de muito tempo, estão aqui.
Por Cris V.
Comuns
Não curta, não comente, nem compartilhe! Se acha que é balela, simplesmente nem dê trela. Eu não vou me calar porque você toma o que eu digo como algo pessoal!
Ainda assim, se as bobagens que escrevo te fizerem questionar e repensar por um segundo, já valeu! Se não, esqueça! Essas são as minhas reflexões. Não lhe dizem respeito.
E eu te respeito, não cito nomes. Não é sobre você. Nem é sobre a gente. É sobre gente. Gente que erra, tentando acertar. Gente que tenta.
Ademais, se uma história pode ajudar aos demais, que tem isso de mais? A minha história, a sua história, a história de cada um de nós está sendo escrita na mesma pagina em branco da História. No senso comum. Se entrelaçam. Não tente negar. Não tente apagar.
Queiramos ou não, nosso pensamento só é nosso, da boca pra dentro (até que desenvolvamos a telepatia, daí, não mais). Da boca pra fora, todos os pensamentos são coletivos. São iguais. Não pertencem mais a a gente. Pertencem à gente. À humanidade em geral.
Ninguém jamais saberá quem foi o autor de uma história como a sua, a minha. Os grandes heróis quase não tem mais espaço em nossos dias. Não há mais uma pessoa a quem caiba mudar a historia. Essa tarefa, hoje, cabe a cada um de nós.
Não se sinta em exposição. Afinal nos expomos todos os dias nas vitrines das redes sociais. Nos consultórios, nas academias, salas de aula. Nos expomos todos os dias, nas aventuras amorosas da vida. Nas baladas. Nas bebedeiras. E nem nos damos conta, não é? No outro dia, só ressaca! O que foi feito, foi feito, e ninguém mais fala a respeito.
É assim com todo mundo. Você é só mais um. Quem nunca errou, seja o primeiro a contestar! Inevitável! Somos um poço de erros, em busca do acerto ao final. Somos um poço de duvidas em busca do conhecimento. Somos um bando de cegos a procura de luz.
Então não se culpe. Não é sobre você ou eu. Mas sobre todos nós, seres humanos, falhos. Cosmos individuais em disputa com as demandas da espécie.
Os erros são idênticos. E ficaram para trás. Nesse ponto, sinto lhe informar, você não é especial. É apenas mais um, como eu e todos os outros, iguais. Coletivos. Comuns.
Agora, meu caro, vamos ser diferentes, e buscar o acerto afinal!
Por Cris Vaccarezza
Ainda assim, se as bobagens que escrevo te fizerem questionar e repensar por um segundo, já valeu! Se não, esqueça! Essas são as minhas reflexões. Não lhe dizem respeito.
E eu te respeito, não cito nomes. Não é sobre você. Nem é sobre a gente. É sobre gente. Gente que erra, tentando acertar. Gente que tenta.
Ademais, se uma história pode ajudar aos demais, que tem isso de mais? A minha história, a sua história, a história de cada um de nós está sendo escrita na mesma pagina em branco da História. No senso comum. Se entrelaçam. Não tente negar. Não tente apagar.
Queiramos ou não, nosso pensamento só é nosso, da boca pra dentro (até que desenvolvamos a telepatia, daí, não mais). Da boca pra fora, todos os pensamentos são coletivos. São iguais. Não pertencem mais a a gente. Pertencem à gente. À humanidade em geral.
Ninguém jamais saberá quem foi o autor de uma história como a sua, a minha. Os grandes heróis quase não tem mais espaço em nossos dias. Não há mais uma pessoa a quem caiba mudar a historia. Essa tarefa, hoje, cabe a cada um de nós.
Não se sinta em exposição. Afinal nos expomos todos os dias nas vitrines das redes sociais. Nos consultórios, nas academias, salas de aula. Nos expomos todos os dias, nas aventuras amorosas da vida. Nas baladas. Nas bebedeiras. E nem nos damos conta, não é? No outro dia, só ressaca! O que foi feito, foi feito, e ninguém mais fala a respeito.
É assim com todo mundo. Você é só mais um. Quem nunca errou, seja o primeiro a contestar! Inevitável! Somos um poço de erros, em busca do acerto ao final. Somos um poço de duvidas em busca do conhecimento. Somos um bando de cegos a procura de luz.
Então não se culpe. Não é sobre você ou eu. Mas sobre todos nós, seres humanos, falhos. Cosmos individuais em disputa com as demandas da espécie.
Os erros são idênticos. E ficaram para trás. Nesse ponto, sinto lhe informar, você não é especial. É apenas mais um, como eu e todos os outros, iguais. Coletivos. Comuns.
Agora, meu caro, vamos ser diferentes, e buscar o acerto afinal!
Por Cris Vaccarezza
O que há em mim. E, (é claro) o muito que me falta.
Quer saber, cansei! Cansei de esperar por alguém que não comprou bilhete pra embarcar em minha história. Cansei de esperar que alguém desembainhe sua espada e se ponha em minha frente para lutar contra a solidão. Não! Não preciso de um arremedo de companhia! Preciso de reciprocidade, de intimidade. De companhia só, não! Sou só? Não! Sou feliz sozinha.
O que me incomoda é a falta. Não a sua. A falta da consideração. Ando sem saco pra mesmice. Pra gente que marca e não aparece. Pra gene que fala e não cumpre. Pra gente que escreve e não lê. Pra gente formal. Ando sem saco pra fazer sala.
Venho cada vez mais me refugiando na distância. Preciso de silêncio, pra ouvir meus pensamentos. Preciso entender a menina que mora em mim. Preciso encarar, algo em mim simplesmente não se enquadra em multidão. Atá sou Maria, mas não a Maria que simplesmente, vai com as outras. Já tentei me enturmar, juro. Ir, conforme a maré. Deixar a vida me levar. Mas sou chata, tacanha! Não consigo ser normal, padrão.
Tenho gostos esquisitos. Valorizo coisas que a maioria considera idiota. Gosto de coisas simples. De lembranças pequenas, quase sem valor monetário. De gente que ri de si mesmo. Perco tempo lendo coisas que ninguém lê. Ouço músicas que ninguém entende, depressivas, dizem. Não pra mim!
Além do mais, tenho um defeito imperdoável: Teimo em só me dar de verdade, com calor, com vontade. Teimo em só me dar com intimidade. Já tentei me emprestar por aí, mas não dá. Não posso fingir pra mim mesma. Não posso viver de agradar. Quero reciprocidade, lembra? E isso é inaceitável em nossos tempos modernos, tão descartáveis, tão superficiais.
Muitas vezes prefiro engolir sapo a provocar uma briga. E foram muitos sapos. Quase uma lagoa inteira. Mas aí, de repente, uma fagulha de nada e...bum! Minha paciência vai pelos ares! Fecha o tempo, desce a trovoada e a atmosfera pesa por breves 15 segundos. Sou assim.
Então, de algum lugar, um lapso de razão me faz compreender o quanto estou sendo ridícula Cena boba, imatura e infantil e volto a ser cordata, como antes. Razão, não há. Motivo também, talvez não. Tampouco rancor. Não, isso certamente não há.
O que há é uma menina loba. O que há é uma menina boba. O que resta é uma menina tola, sensível e de paz, no corpo de uma mulher cansada de guerrear por algo em que nem sequer, acredita.
Não, eu não tenho tanta pressa. Por hora, fico aqui na estação. Jamais perdi o trem. Ele é que se atrasou, ou se antecipou, passou na hora errada... Vai saber!
Por hora, me bastam a companhia dos lendários, imagináveis e idealizados heróis de tinta e papel. Vou ficando por aqui...
Por Cris Vaccarezza
O que me incomoda é a falta. Não a sua. A falta da consideração. Ando sem saco pra mesmice. Pra gente que marca e não aparece. Pra gene que fala e não cumpre. Pra gente que escreve e não lê. Pra gente formal. Ando sem saco pra fazer sala.
Venho cada vez mais me refugiando na distância. Preciso de silêncio, pra ouvir meus pensamentos. Preciso entender a menina que mora em mim. Preciso encarar, algo em mim simplesmente não se enquadra em multidão. Atá sou Maria, mas não a Maria que simplesmente, vai com as outras. Já tentei me enturmar, juro. Ir, conforme a maré. Deixar a vida me levar. Mas sou chata, tacanha! Não consigo ser normal, padrão.
Tenho gostos esquisitos. Valorizo coisas que a maioria considera idiota. Gosto de coisas simples. De lembranças pequenas, quase sem valor monetário. De gente que ri de si mesmo. Perco tempo lendo coisas que ninguém lê. Ouço músicas que ninguém entende, depressivas, dizem. Não pra mim!
Além do mais, tenho um defeito imperdoável: Teimo em só me dar de verdade, com calor, com vontade. Teimo em só me dar com intimidade. Já tentei me emprestar por aí, mas não dá. Não posso fingir pra mim mesma. Não posso viver de agradar. Quero reciprocidade, lembra? E isso é inaceitável em nossos tempos modernos, tão descartáveis, tão superficiais.
Muitas vezes prefiro engolir sapo a provocar uma briga. E foram muitos sapos. Quase uma lagoa inteira. Mas aí, de repente, uma fagulha de nada e...bum! Minha paciência vai pelos ares! Fecha o tempo, desce a trovoada e a atmosfera pesa por breves 15 segundos. Sou assim.
Então, de algum lugar, um lapso de razão me faz compreender o quanto estou sendo ridícula Cena boba, imatura e infantil e volto a ser cordata, como antes. Razão, não há. Motivo também, talvez não. Tampouco rancor. Não, isso certamente não há.
O que há é uma menina loba. O que há é uma menina boba. O que resta é uma menina tola, sensível e de paz, no corpo de uma mulher cansada de guerrear por algo em que nem sequer, acredita.
Não, eu não tenho tanta pressa. Por hora, fico aqui na estação. Jamais perdi o trem. Ele é que se atrasou, ou se antecipou, passou na hora errada... Vai saber!
Por hora, me bastam a companhia dos lendários, imagináveis e idealizados heróis de tinta e papel. Vou ficando por aqui...
Por Cris Vaccarezza
Carta aberta a um ausente ²
Então é assim, como você me disse que iria ser: Os rios correm para lados diversos do vale, depois de se encontrar. A vida é assim...
Lembro disso, como lembro de você às vezes. Na verdade, mais vezes do que gostaria de lembrar. Diante da janela cinzenta do seu Msn, offline, invisível, escondido, eu sinto que você está lá. Mas se esconde, como Grey, no cinza. Prefere não aparecer, não voltar. Sabe que te dói o que foi talvez a tua única recusa. Sabe que te dói a ausência que cura, do desejo que destruiria, sem pestanejar. Eu nos poupei da sua sanha assassina. E assim, imortalizei nosso querer.
Mas você não entende isso, não dessa maneira. Prefere achar que os olhos não combinam com a boca, que se contradizem. E agora, alta madrugada, aqui estou, frente à tela fria, tentando de alguma forma, tocar você. Raro, mas de repente deu saudade de nossas conversas intermináveis. De tua sedução impertinente. De tua mania de caçador.
"Nunca publique textos que não sejam seus" Você me disse um dia. Assim foi feito. 'Coloque uma foto que ilustre o texto, e ele ficará marcante" Assim foi feito. Como você pode ver, isso aqui continua da mesma forma que você deixou, vai ter sempre a sua cara.
E você sabe, diante da impossibilidade de te encontrar no Msn, no Face, te visitei no que resta de mais espiritual em ti, te visitei no blog. E li seus posts. Quem dera fossem sobre mim. Me senti lisonjeada por ter mantido contigo conversas num nível tão elevado. Você escreve bem. Continua escrevendo muito bem. Da mesma maneira visceral e apaixonada de antes. Então, foi lá que fui te ver. Em vez de te ligar, fui ver o desaguar de sua paixão, no único sítio em que se permite apaixonar. E matei minha sede em seus ideais, saciei a saudade em suas ideias. Já não sinto tanta saudade. Ela existe, agora, mais amena. Só a ausência. E aqui estão as janelas lado a lado de blogs irmãos...
É isso, ouvindo velhas canções, lembrei de velhos amigos, de prosas sinceras, de farpas trocadas e de beijos que nunca aconteceram. Não posso conter um sorriso nesse momento. Rio, pensando no quão intensa nossa relação casta pôde ser. Intelectualmente intensa. Fisicamente, absolutamente casta. E por fim, você também leu "Quando Nietszche Chorou.", Coincidência.... Acabei de ler, Pensei em discuti-lo com você. Você que é tão cético, tão resistente, tão Nietszche...
Então, é isso, meu caro ausente. Só saudades... Seria você o anônimo que me visitou? Ainda lê meus textos, que prometeu e nunca leu? Perguntas sem resposta. Perdidas (para sempre) na bruma da distância...Só saudades! Fica bem! Que seja feliz, que encontre a mais bela aprendiz para as suas artes de amor! Que por fim, um dia encontre, quem sabe o último Beija-flor azul!
Por Cris Vaccarezza
Lembro disso, como lembro de você às vezes. Na verdade, mais vezes do que gostaria de lembrar. Diante da janela cinzenta do seu Msn, offline, invisível, escondido, eu sinto que você está lá. Mas se esconde, como Grey, no cinza. Prefere não aparecer, não voltar. Sabe que te dói o que foi talvez a tua única recusa. Sabe que te dói a ausência que cura, do desejo que destruiria, sem pestanejar. Eu nos poupei da sua sanha assassina. E assim, imortalizei nosso querer.
Mas você não entende isso, não dessa maneira. Prefere achar que os olhos não combinam com a boca, que se contradizem. E agora, alta madrugada, aqui estou, frente à tela fria, tentando de alguma forma, tocar você. Raro, mas de repente deu saudade de nossas conversas intermináveis. De tua sedução impertinente. De tua mania de caçador.
"Nunca publique textos que não sejam seus" Você me disse um dia. Assim foi feito. 'Coloque uma foto que ilustre o texto, e ele ficará marcante" Assim foi feito. Como você pode ver, isso aqui continua da mesma forma que você deixou, vai ter sempre a sua cara.
E você sabe, diante da impossibilidade de te encontrar no Msn, no Face, te visitei no que resta de mais espiritual em ti, te visitei no blog. E li seus posts. Quem dera fossem sobre mim. Me senti lisonjeada por ter mantido contigo conversas num nível tão elevado. Você escreve bem. Continua escrevendo muito bem. Da mesma maneira visceral e apaixonada de antes. Então, foi lá que fui te ver. Em vez de te ligar, fui ver o desaguar de sua paixão, no único sítio em que se permite apaixonar. E matei minha sede em seus ideais, saciei a saudade em suas ideias. Já não sinto tanta saudade. Ela existe, agora, mais amena. Só a ausência. E aqui estão as janelas lado a lado de blogs irmãos...
É isso, ouvindo velhas canções, lembrei de velhos amigos, de prosas sinceras, de farpas trocadas e de beijos que nunca aconteceram. Não posso conter um sorriso nesse momento. Rio, pensando no quão intensa nossa relação casta pôde ser. Intelectualmente intensa. Fisicamente, absolutamente casta. E por fim, você também leu "Quando Nietszche Chorou.", Coincidência.... Acabei de ler, Pensei em discuti-lo com você. Você que é tão cético, tão resistente, tão Nietszche...
Então, é isso, meu caro ausente. Só saudades... Seria você o anônimo que me visitou? Ainda lê meus textos, que prometeu e nunca leu? Perguntas sem resposta. Perdidas (para sempre) na bruma da distância...Só saudades! Fica bem! Que seja feliz, que encontre a mais bela aprendiz para as suas artes de amor! Que por fim, um dia encontre, quem sabe o último Beija-flor azul!
Por Cris Vaccarezza
Da oferta e da procura
Autoajuda, ajuda? Sim, não, talvez? A discussão é imensa. Para muitos, é como se autoajuda não fosse literatura. Fosse uma categoria de ideias marginais ao brilhantismo dos intelectuais.
A despeito dos narizes torcidos, dos pseudointelectualismos estéreis, dos academicismos e preconceitos diversos, acredito que a resposta para essa pergunta não se resume a um simples sim ou não.
A resposta correta talvez seja: depende.
Depende da necessidade de quem busca a ajuda.
É que nem remédio, do chá de ervas ao último lançamento da nanotecnologia, só faz efeito em que precisa. Mais que isso. Só faz efeito em quem busca um remédio. Se você quer ser ajudado, até água pura, cura.
Tudo depende da necessidade. De nada valerá encontrar um amor perfeito se isso não é o que você busca. De nada valerá uma excelente terapia, se você não quiser se conhecer. De nada valerá o melhor médico, se você não se sentir doente.
Assim, para quem busca ajuda, talvez a autoajuda seja um bom começo. Generalizar é um erro. Muitos são autodidatas. Ainda não tem tempo, recursos ou coragem de buscar outro tipo de ajuda. Mas tem a necessidade. Tem questões que anseiam por respostas.
Se tem algo capaz de mobilizar alguém são as perguntas. Elas geram inconformismo, nos convidam a sair da zona de conforto, a buscar uma rota alternativa.
E nesses casos, sem generalização, a autoajuda pode ajudar. Se ela bastará? Isso é uma outra questão.
Por Cris Vaccarezza
A despeito dos narizes torcidos, dos pseudointelectualismos estéreis, dos academicismos e preconceitos diversos, acredito que a resposta para essa pergunta não se resume a um simples sim ou não.
A resposta correta talvez seja: depende.
Depende da necessidade de quem busca a ajuda.
É que nem remédio, do chá de ervas ao último lançamento da nanotecnologia, só faz efeito em que precisa. Mais que isso. Só faz efeito em quem busca um remédio. Se você quer ser ajudado, até água pura, cura.
Tudo depende da necessidade. De nada valerá encontrar um amor perfeito se isso não é o que você busca. De nada valerá uma excelente terapia, se você não quiser se conhecer. De nada valerá o melhor médico, se você não se sentir doente.
Assim, para quem busca ajuda, talvez a autoajuda seja um bom começo. Generalizar é um erro. Muitos são autodidatas. Ainda não tem tempo, recursos ou coragem de buscar outro tipo de ajuda. Mas tem a necessidade. Tem questões que anseiam por respostas.
Se tem algo capaz de mobilizar alguém são as perguntas. Elas geram inconformismo, nos convidam a sair da zona de conforto, a buscar uma rota alternativa.
E nesses casos, sem generalização, a autoajuda pode ajudar. Se ela bastará? Isso é uma outra questão.
Por Cris Vaccarezza
Autômatos
Trabalhamos muito. Trabalhamos dia e noite, em prol da família mas marido e mulher praticamente nem se falam. Nem mais um boa noite se ouve antes de cada um virar para o lado e sonhar com seus próprios anseios.
Dormindo em camas box, com travesseiros de pluma, cada um sonha com o amante, com aquilo que lhes apaixona, ou o amor idealizado que queriam ter. Já não conversam. Ele sai muito cedo, ela trabalha até tarde... E quando se encontram, na cama, o encontro é apenas carnal, as almas estão longe. Ele, querendo gozar para relaxar, ela, tentando relaxar para gozar... Mas quem disse? Às vezes tem que abstrair, pensar na lista do supermercado, na vacina atrasada do cachorro, na rotina diária do seu trabalho, para esperar aquele ser, que ela nem conhece mais, RELAXAR! Ufa! Até que enfim...
Nem se precisa dizer mais nada, agora é seguir a rotina... Amanhã, é acordar e ir levando, esperando que ele já chegue relaxado dessa vez.
Discutir relação, dizer o que lhe dá prazer, é algo chato, que não vai resultar em nada, ela finge que fala, ele finge que escuta,no íntimo, o homem acha a mulher complicada, a mulher acha o homem insensível, e no meio, fala-se algo sobre os filhos, e tudo bem...
Os filhos então, esses são uns poços de neurose, acordam cada vez mais cedo para a rotina da escola que os escravisa agora de segunda a sábado, já não fazem amigos, têm orkut, tem encontros virtuais. Já não vivem a infância.
Já nem jogam videogame, os jogos exigem persistência e isso os jovens de hoje já não tem, nem tempo, nem paciencia, escrevem tudo abreviado, numa sede desenfreada do falar, do dizer, do tclr...
Para fazer o que andamos fazendo, não precisamos ser humanos. Os computadores, se programados, poderiam executar muito bem essas funções. Onde estão a alegria, o prazer, o amor, a ternura, a amizade, a compreensão?
Paremos um pouco de fumar nossos narguiles, de tomar nossos whiskys, de malhar nossas três horas diárias, de teclar compulsivamente em nossos computadores, de ler mensagens de power point e rir, e chorar diante a tela fria do computador...
Vamos parar de tomar anestesia e deixar que nos arranquem os dentes, nos arranquem a vida, nos arranquem a alma pela boca, enquanto engolimos um gole de cerveja. Estamos nos matando!
Criticamos aquele que em um ato desesperado, tira a própria vida... mas não percebemos que estamos fazendo a mesma coisa, só que mais lentamente, mais burramente, em doses homeopáticas...
Vamos pensar um pouco em nossas vidas, vamos olhar para nossos filhos, ver como estão crescidos, nos orgulhar ou não do que fizemos por eles, e mais, dos que fizemos COM eles... Quando foi que você viu seu filho sorrir pela última vez? E então, ele sorria para você, ou DE você? Quando foi a última vez que você virou criança e brincou com ele daquilo que ele gosta, um jogo, um livro, pular amarelinha, esconde esconde...
Quando foi que você deu ao seu filho um presente de verdade? Não os carrinhos ou videogames, mas as histórias da sua infância, as experiencias que você viveu na idade dele...
Quando foi a última vez que você parou para ouvir a voz de seu filho? Não como aquela interrupção impertinente quando você está trabalhando, mas como um convite para amar? E dançar? quando foi a última vez que você dançou?
Quando foi a última vez que você amou, quando foi a última vez que você fez um elogio, um carinho, uma declaração de amor? Quando foi a última vez que você se apaixonou? E o último beijo, quando foi?
Pensemos... estamos morrendo em vida... há muito tempo não fazemos nada disso com emoção. E o que é a vida senão a soma de emoções, o que é a vida senão for vivida intensamente?
Afinal quem tem certeza de que teremos outra chance de fazer tudo isso amanhã? Faça hoje! Faça agora!
Por Cris Vaccarezza
Adão, a personificação de uma nação
"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente."
Eu era pequena e me contavam essa história. Deus criou o homem, e de sua costela, fez a mulher, deu a eles o Paraíso mas proibiu que comecem a maçã, fruto do conhecimento. Ao comerem o fruto, cometeram o pecado original e foram expulsos do Paraíso.
Uma história que a principio explica, mas por si, não justifica nada. Se não vejamos cientificamente alguns fatos:
Deus criou o homem do pó e da lama. No pó e na lama realmente estão presentes os principais elementos constituintes da célula. Carbono. Soprou o sopro da vida. Adicionou ao processo gases, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, e a vida se fez. De forma alegórica e poética.
Proibiu de comer o fruto da arvore do conhecimento já não é tão fácil de explicar. Ele os proibiu de pensar? Prefiro ficar com o Cristo, que afirmava: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará!"
Em seguida, avancemos no tempo, pecado original cometido, expulsos do paraiso, nascem Caím e Abel. Temos quatro seres humanos. A bíblia diz que Caím matou Abel. De onde vem o resto da humanidade? Caím se casou. Com quem, se só havia de mulher na terra a sua própria mãe? Nesse ponto, concordo com as teorias de que Adão não seria um homem. Mas uma raça. A raça adamica. Que foi uma das raças primitivas que povoou a terra e de um ponto especifico da terra, espalhou-se, juntando-se com outras raças, expulsos de territórios hostis, conquistando outros territórios e expandindo-se crescendo e multiplicando.
Talvez, de tudo isso, o mais importante a recordar, seja exatamente o final da citação:"E o homem passou a ser alma vivente" sim, alma vivente, pois a vida reside na alma que lhe dá sentido, não no corpo, perecível que lhe serve provisoriamente de morada.
Isso seria uma forma mais inteligente e aceitável dos textos alegóricos da bíblia, que não pode ser interpretada ao pé da letra.
Por Cris Vaccarezza
Eu era pequena e me contavam essa história. Deus criou o homem, e de sua costela, fez a mulher, deu a eles o Paraíso mas proibiu que comecem a maçã, fruto do conhecimento. Ao comerem o fruto, cometeram o pecado original e foram expulsos do Paraíso.
Uma história que a principio explica, mas por si, não justifica nada. Se não vejamos cientificamente alguns fatos:
Deus criou o homem do pó e da lama. No pó e na lama realmente estão presentes os principais elementos constituintes da célula. Carbono. Soprou o sopro da vida. Adicionou ao processo gases, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, e a vida se fez. De forma alegórica e poética.
Proibiu de comer o fruto da arvore do conhecimento já não é tão fácil de explicar. Ele os proibiu de pensar? Prefiro ficar com o Cristo, que afirmava: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará!"
Em seguida, avancemos no tempo, pecado original cometido, expulsos do paraiso, nascem Caím e Abel. Temos quatro seres humanos. A bíblia diz que Caím matou Abel. De onde vem o resto da humanidade? Caím se casou. Com quem, se só havia de mulher na terra a sua própria mãe? Nesse ponto, concordo com as teorias de que Adão não seria um homem. Mas uma raça. A raça adamica. Que foi uma das raças primitivas que povoou a terra e de um ponto especifico da terra, espalhou-se, juntando-se com outras raças, expulsos de territórios hostis, conquistando outros territórios e expandindo-se crescendo e multiplicando.
Talvez, de tudo isso, o mais importante a recordar, seja exatamente o final da citação:"E o homem passou a ser alma vivente" sim, alma vivente, pois a vida reside na alma que lhe dá sentido, não no corpo, perecível que lhe serve provisoriamente de morada.
Isso seria uma forma mais inteligente e aceitável dos textos alegóricos da bíblia, que não pode ser interpretada ao pé da letra.
Por Cris Vaccarezza
Divino, por acaso
"Que é Deus? - A inteligência suprema. Causa primeira de todas as coisas."
(O livro dos espíritos, pág. 51- Parte primeira, capitulo 1)
Tenho percebido intrigada, de que maneira a interpretação equivocada de uma palavra, de um pensamento, de um escrito, ou livro, pode modificar posturas por aí a fora.
Quando ouço alguém se dizer ateu, normalmente me pergunto, será que ele procurou direito?
Embora respeite a posição de cada um, não vejo como, sendo racional, inteligente, atribuir ao acaso construções tão complexas. E olha que somos ínfimos. Nada conhecemos do universo. Vivemos presos em um corpo de carne, em contato com o mundo através de cinco pobres sentidos. Audição, visão, olfato, tato e gustação. Nos achamos o topo da cadeia evolutiva, no entanto, muitos animais tem sentidos mais avançados que os nossos. Já começamos pobres em referencia. Difícil pois, basear nossas crenças no que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou percebemos o gosto.
Limitados que somos, não conseguimos ainda dimensionar nossa própria morada, nosso planeta, nossa galáxia, pretendemos ser os senhores do universo... Quanta prepotência !
Então, algum dia, alguém nos disse que Deus era um homem velhinho que mora no céu e mandou seu filho à terra para morrer na cruz e salvar a humanidade. Até certa idade, essa história nos convence bem. Mas então crescemos e começamos a perceber as desigualdades. Uns nascem perfeitos, outros, especiais. Uns nascem com posses, outros, com necessidades. Uns nascem em paz, outros, em meio à guerra. Uns nascem sãos, outros, em franco padecimento. Então, a razão nos questiona que Deus é esse, que permite tais disparates?
É quando buscamos os mais velhos, e eles não tem respostas, crêem porque lhes disseram para crer. Nunca se questionaram o por que. Recorremos aos velhos livros, à bíblia, e lá encontramos um Deus punitivo e cruel, que ordenava que um pai matasse seu filho para satisfazê-lo. Que ordenava sacrifícios materiais. Nossa confusão se torna ainda maior, e permitimos que o conhecimento humano equivocado, construa um abismo entre nós e Deus. Confundimos Deus com religião. Esquecemos que a religião também é produto do homem e tão imperfeita quanto. Deus é maior que qualquer religião.
Religião significa religação do homem a Deus (através do pensamento de outro homem). Mas na verdade, nunca foi dito que o homem necessitava de outro homem para ligá-lo a Deus. Deus está dentro de nós. Adotamos livros que dizem que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, quando nós, seres humanos é que o criamos à nossa imagem e semelhança, dando a ele defeitos humanos, limitações humanas. A pequenez humana.
Deus não é material, ele não é limitado, como nós o concebemos. Deus é infinitamente justo e bom. Quando Jesus o chama de Pai, não o faz materialmente, como sendo o seu pai e ele o único filho de Deus, mas sendo Deus nosso pai. Pai de tudo o que há. Inteligência maior. Autor de todas as coisas. Arquiteto, engenheiro. Mentor inclusive, das parcas inteligências que possuímos. Deus é maior que tudo o que ousamos sonhar. Deus é onipresente, onisciente, único, e incognoscível aos nossos sentidos rudimentares.
Não é possível chegar a Deus através do homem. Pois o homem se comunica pela palavra e essa, é facilmente corrompida. Se queremos buscar a Deus, devemos buscá-lo dentro de nós, na perfeição da natureza, nas obras complexas que Ele criou.
Podemos ainda vê-lo, através da certeza científica de que não há efeito sem causa. Pelo efeito, podemos começar a dimensionar a causa. Então, parta do seu microcosmo, da sua célula inicial, do momento da sua concepção, para o universo, as galáxias distantes, perceberá que tudo se harmoniza perfeitamente. Está aí o efeito. Pode esse efeito, tão perfeito, ser fruto do acaso?
Se o for, diante desse acaso, eu me curvo, e o reverencio, e o amo. Pois pra mim, esse acaso é denominado Deus.
Por Cris Vaccarezza
(O livro dos espíritos, pág. 51- Parte primeira, capitulo 1)
Tenho percebido intrigada, de que maneira a interpretação equivocada de uma palavra, de um pensamento, de um escrito, ou livro, pode modificar posturas por aí a fora.
Quando ouço alguém se dizer ateu, normalmente me pergunto, será que ele procurou direito?
Embora respeite a posição de cada um, não vejo como, sendo racional, inteligente, atribuir ao acaso construções tão complexas. E olha que somos ínfimos. Nada conhecemos do universo. Vivemos presos em um corpo de carne, em contato com o mundo através de cinco pobres sentidos. Audição, visão, olfato, tato e gustação. Nos achamos o topo da cadeia evolutiva, no entanto, muitos animais tem sentidos mais avançados que os nossos. Já começamos pobres em referencia. Difícil pois, basear nossas crenças no que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou percebemos o gosto.
Limitados que somos, não conseguimos ainda dimensionar nossa própria morada, nosso planeta, nossa galáxia, pretendemos ser os senhores do universo... Quanta prepotência !
Então, algum dia, alguém nos disse que Deus era um homem velhinho que mora no céu e mandou seu filho à terra para morrer na cruz e salvar a humanidade. Até certa idade, essa história nos convence bem. Mas então crescemos e começamos a perceber as desigualdades. Uns nascem perfeitos, outros, especiais. Uns nascem com posses, outros, com necessidades. Uns nascem em paz, outros, em meio à guerra. Uns nascem sãos, outros, em franco padecimento. Então, a razão nos questiona que Deus é esse, que permite tais disparates?
É quando buscamos os mais velhos, e eles não tem respostas, crêem porque lhes disseram para crer. Nunca se questionaram o por que. Recorremos aos velhos livros, à bíblia, e lá encontramos um Deus punitivo e cruel, que ordenava que um pai matasse seu filho para satisfazê-lo. Que ordenava sacrifícios materiais. Nossa confusão se torna ainda maior, e permitimos que o conhecimento humano equivocado, construa um abismo entre nós e Deus. Confundimos Deus com religião. Esquecemos que a religião também é produto do homem e tão imperfeita quanto. Deus é maior que qualquer religião.
Religião significa religação do homem a Deus (através do pensamento de outro homem). Mas na verdade, nunca foi dito que o homem necessitava de outro homem para ligá-lo a Deus. Deus está dentro de nós. Adotamos livros que dizem que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, quando nós, seres humanos é que o criamos à nossa imagem e semelhança, dando a ele defeitos humanos, limitações humanas. A pequenez humana.
Deus não é material, ele não é limitado, como nós o concebemos. Deus é infinitamente justo e bom. Quando Jesus o chama de Pai, não o faz materialmente, como sendo o seu pai e ele o único filho de Deus, mas sendo Deus nosso pai. Pai de tudo o que há. Inteligência maior. Autor de todas as coisas. Arquiteto, engenheiro. Mentor inclusive, das parcas inteligências que possuímos. Deus é maior que tudo o que ousamos sonhar. Deus é onipresente, onisciente, único, e incognoscível aos nossos sentidos rudimentares.
Não é possível chegar a Deus através do homem. Pois o homem se comunica pela palavra e essa, é facilmente corrompida. Se queremos buscar a Deus, devemos buscá-lo dentro de nós, na perfeição da natureza, nas obras complexas que Ele criou.
Podemos ainda vê-lo, através da certeza científica de que não há efeito sem causa. Pelo efeito, podemos começar a dimensionar a causa. Então, parta do seu microcosmo, da sua célula inicial, do momento da sua concepção, para o universo, as galáxias distantes, perceberá que tudo se harmoniza perfeitamente. Está aí o efeito. Pode esse efeito, tão perfeito, ser fruto do acaso?
Se o for, diante desse acaso, eu me curvo, e o reverencio, e o amo. Pois pra mim, esse acaso é denominado Deus.
Por Cris Vaccarezza
Moreno...
Essa cor naturalmente impressa em sua pele, começa a acordar, despertar, eclodir, ainda mais nesses dias quentes de verão.
Já não bastasse o calor típico da estação, vem você com esse sorriso tipo colar de pérolas. Com essa barba por fazer, que desenha um maxilar perfeito pra anatomista nenhum questionar.
E com esse olho! Nossa, o olho é de matar!
Coisa indecisa é esse olho seu... tem dias que está mel, momentos de ser verde e nuances de verde azulado.
Azulado ainda mais pelo sol de piscina quando te vi agora da última vez. Fico sem saber o que combina mais com você!
Por Cris Vaccarezza
Já não bastasse o calor típico da estação, vem você com esse sorriso tipo colar de pérolas. Com essa barba por fazer, que desenha um maxilar perfeito pra anatomista nenhum questionar.
E com esse olho! Nossa, o olho é de matar!
Coisa indecisa é esse olho seu... tem dias que está mel, momentos de ser verde e nuances de verde azulado.
Azulado ainda mais pelo sol de piscina quando te vi agora da última vez. Fico sem saber o que combina mais com você!
Por Cris Vaccarezza
Genuína
Saudade genuína de você. Confesso que até uma ponta de mágoa de saber que as pessoas ainda conseguem me surpreender. Por que sumiu? Por que fez acreditar que presságios anunciavam uma seria possibilidade? Por que deixou acreditar que poderia dar certo? Que tipo de estratégia sádica é essa de doar e roubar-se tão inesperadamente.
Pra que escrever tanta coisa se de repente, nada se mostra real? Pra que me fazer acreditar em poeira de estrela cadente?
Era pra sermos solidários, lembra? No mínimo, amigos. E assim, estarmos juntos, era pra eu te dar força, não era? Que sensação especial, que bem estar é esse que não resistiu ao naufrágio de um primeiro encontro?
De que você está fugindo afinal? São tantas as duvidas inerentes à ausência, que já me torno repetitiva. Hora de ir!
Por outro lado, um anjo continua repetindo em meu ouvido, quer saber? Melhor assim, pelo menos não foi depois do primeiro encontro, depois dos primeiros beijos, pelo menos não foi depois... Pelo menos se sabe que não foi sua culpa.
Respeito sua distância embora não entenda e continuo em prece por vocês.
Meio idiota não é? As vezes eu tb acho, mas sou assim. Fazer o que? Fiquem com Deus.
Por Cris Vaccarezza
Pra que escrever tanta coisa se de repente, nada se mostra real? Pra que me fazer acreditar em poeira de estrela cadente?
Era pra sermos solidários, lembra? No mínimo, amigos. E assim, estarmos juntos, era pra eu te dar força, não era? Que sensação especial, que bem estar é esse que não resistiu ao naufrágio de um primeiro encontro?
De que você está fugindo afinal? São tantas as duvidas inerentes à ausência, que já me torno repetitiva. Hora de ir!
Por outro lado, um anjo continua repetindo em meu ouvido, quer saber? Melhor assim, pelo menos não foi depois do primeiro encontro, depois dos primeiros beijos, pelo menos não foi depois... Pelo menos se sabe que não foi sua culpa.
Respeito sua distância embora não entenda e continuo em prece por vocês.
Meio idiota não é? As vezes eu tb acho, mas sou assim. Fazer o que? Fiquem com Deus.
Por Cris Vaccarezza
Uma mulher
Sentiu que a paciência tinha chegado ao fim. Olhou no fundo de seus olhos castanhos que, como ele dizia, não aparentavam a idade que realmente tinha, e falou pausadamente:
Eis aqui uma mulher que não tem mais tempo para recomeços. Eis aqui uma mulher que sabe o que quer. Eis aqui uma mulher que tem para oferecer, afeto, calor, paz e boa companhia.
Eis aqui uma mulher com quem você pode contar nos momentos difíceis. Com quem pode partilhar segredos, em quem pode confiar.
Eis aqui uma mulher que não se preocupa com ganhos, com gastos, que construiu e constrói para si e para ambos.
Eis aqui uma mulher disposta a lutar lado a lado, ombro a ombro por um futuro melhor para dois.
Eis aqui uma mulher que valoriza a intimidade, que busca a qualidade do aprimoramento, que só vem com a repetição.
Eis aqui uma mulher paciente, tolerante, capaz de amar com, e apesar das imperfeições.
Eis aqui uma mulher que valoriza o companheirismo, o cavalheirismo.
Eis aqui uma mulher que gosta de dançar.
Eis aqui, uma mulher recém feita loba, que agora, mais que nunca, se vê pronta para amar.
Eis aqui uma mulher de verdade, que por trás dessa maquiagem, tem todos os defeitos de que dispõe uma mulher!
Mas se você por acaso tem medo de mulher, nem note. Disfarce, passe reto. Sorria e mude de calcada. Paramos por aqui!
O mundo esta repleto de lindas meninas, de graciosas mocinhas e mocas que estão em vias de se tornarem mulheres. Ha ainda, caso queira, lindas beldades, dispostas a ser enfeite do ego alheio. É só olhar ao redor. Mas comigo, amigo, já deu!
Eis aqui, uma mulher que já não tem tempo para perder com ensaios, fingimentos, ou com quem não sabe bem o que esperar de uma mulher.
Na pior das hipóteses, meu querido, compre uma boneca inflável, dessas que não discutirá sequer uma ordem sua, e vá treinando!
Por Cris Vaccarezza
Eis aqui uma mulher que não tem mais tempo para recomeços. Eis aqui uma mulher que sabe o que quer. Eis aqui uma mulher que tem para oferecer, afeto, calor, paz e boa companhia.
Eis aqui uma mulher com quem você pode contar nos momentos difíceis. Com quem pode partilhar segredos, em quem pode confiar.
Eis aqui uma mulher que não se preocupa com ganhos, com gastos, que construiu e constrói para si e para ambos.
Eis aqui uma mulher disposta a lutar lado a lado, ombro a ombro por um futuro melhor para dois.
Eis aqui uma mulher que valoriza a intimidade, que busca a qualidade do aprimoramento, que só vem com a repetição.
Eis aqui uma mulher paciente, tolerante, capaz de amar com, e apesar das imperfeições.
Eis aqui uma mulher que valoriza o companheirismo, o cavalheirismo.
Eis aqui uma mulher que gosta de dançar.
Eis aqui, uma mulher recém feita loba, que agora, mais que nunca, se vê pronta para amar.
Eis aqui uma mulher de verdade, que por trás dessa maquiagem, tem todos os defeitos de que dispõe uma mulher!
Mas se você por acaso tem medo de mulher, nem note. Disfarce, passe reto. Sorria e mude de calcada. Paramos por aqui!
O mundo esta repleto de lindas meninas, de graciosas mocinhas e mocas que estão em vias de se tornarem mulheres. Ha ainda, caso queira, lindas beldades, dispostas a ser enfeite do ego alheio. É só olhar ao redor. Mas comigo, amigo, já deu!
Eis aqui, uma mulher que já não tem tempo para perder com ensaios, fingimentos, ou com quem não sabe bem o que esperar de uma mulher.
Na pior das hipóteses, meu querido, compre uma boneca inflável, dessas que não discutirá sequer uma ordem sua, e vá treinando!
Por Cris Vaccarezza
Ensaios sobre o casamento
Até que a morte os separe... Ou o tédio, ou o alheio, ou a maledicência, ou a televisão, ou a internet, ou os reveses da vida, ou a sensualidade, ou a carne que é fraca, ou... É, a morte esta enfrentando uma concorrência e tanto!
Casamento tem uma conotação de obrigação, que vem levando a cerimonia mais para o campo do espetáculo, do sonho se princesa, do ritual, do que da confirmação do amor.
Casais casam-se pelos mais diversos motivos: o preço do aluguel, sair da casa dos pais, namoro longo, tesao, medo de perder, vontade se ter filhos, orgulho, medo da solidão, medo de ficar pra titia, inveja da vizinha, vontade de ficar rico. Todos os motivos que se possa imaginar, menos vontade de envelhecer, cuidar do outro até o fim. Casam-se por todos os motivos, menos o amor.
Os resultados estão claros em todas as estatísticas: aumento do número de divórcios, redução no número de casamentos, aumento do número de solteiros, casais que não se entendem em torno do que querem de verdade pra suas vidas. Tudo em nome de dogmas antigos, de letras mortas, da falta de intimidade entre os casais, e, da consequente falta de dialogo entre eles.
Casar-se significa unir-se em nome de um amor maior, construir, edificar, criar vínculos, juntos. Não porque manda um ou outro sacramento, um ou outro sacerdote, mas porque pede o seu coração.
Antes de casar, olhe para a pessoa ao seu lado. Você a ama de verdade? Você conversa com ela? Sobre todos os assuntos? Abriria mão da sua vida por ela? Seria capaz de abrir mão de qualquer outra pessoa, para estar ao lado desta? Gostaria de ter seus filhos com ela? E de cria-los ao lado dela? Você já imaginou a pessoa que esta ao seu lado envelhecendo? Ganhando peso, ficando flácida? Você já se imaginou, cuidando dessa pessoa, doente?
Você ainda está disposto a permanecer ao lado dessa pessoa até o fim? Estará disposto a cuidar dela?
Se há qualquer não, entre as suas respostas, não se case. Ao contrario, termine o relacionamento. Essa não é a pessoa certa. Esse não é o momento certo, ou você ainda não é a pessoa certa para se casar.
Casamento não é sentença de morte, mas é um caminho que deve ser trilhado a dois. Como naquela brincadeira onde o par tem os pés atados um ao outro, e tem que andar juntos para não cair. Casamento é coisa seria. Quando um dos dois não se encaixa, os passos diferentes, não levam a lugar algum, a marcha atropela-se pois um terá que arrastar o outro, e a união tropeça e cai fatalmente no divorcio.
Os casamentos não acabam no divorcio, acabam na decisão de se casar. No motivo errado. Casamento não é forca, é escolha. Não é obrigação, é opção. Casamento é doação e ninguém doa nada contra a vontade.
Ninguém deve se casar, exceto por vontade própria. Exceto por amor. Exceto por amar extremamente aquela pessoa, respeitando-a em sua individualidade, sem sentir-se dono, apenas parceiro de viagem, enquanto a viagem durar. Casamento não faz ninguém feliz, a felicidade é conquista individual. Casamento permite que essas duas felicidades individuais unam-se em prol de uma vida em comum, na formação de um núcleo familiar, berço de outras vidas igualmente felizes.
Só acho!
Por Cris Vaccarezza
Casamento tem uma conotação de obrigação, que vem levando a cerimonia mais para o campo do espetáculo, do sonho se princesa, do ritual, do que da confirmação do amor.
Casais casam-se pelos mais diversos motivos: o preço do aluguel, sair da casa dos pais, namoro longo, tesao, medo de perder, vontade se ter filhos, orgulho, medo da solidão, medo de ficar pra titia, inveja da vizinha, vontade de ficar rico. Todos os motivos que se possa imaginar, menos vontade de envelhecer, cuidar do outro até o fim. Casam-se por todos os motivos, menos o amor.
Os resultados estão claros em todas as estatísticas: aumento do número de divórcios, redução no número de casamentos, aumento do número de solteiros, casais que não se entendem em torno do que querem de verdade pra suas vidas. Tudo em nome de dogmas antigos, de letras mortas, da falta de intimidade entre os casais, e, da consequente falta de dialogo entre eles.
Casar-se significa unir-se em nome de um amor maior, construir, edificar, criar vínculos, juntos. Não porque manda um ou outro sacramento, um ou outro sacerdote, mas porque pede o seu coração.
Antes de casar, olhe para a pessoa ao seu lado. Você a ama de verdade? Você conversa com ela? Sobre todos os assuntos? Abriria mão da sua vida por ela? Seria capaz de abrir mão de qualquer outra pessoa, para estar ao lado desta? Gostaria de ter seus filhos com ela? E de cria-los ao lado dela? Você já imaginou a pessoa que esta ao seu lado envelhecendo? Ganhando peso, ficando flácida? Você já se imaginou, cuidando dessa pessoa, doente?
Você ainda está disposto a permanecer ao lado dessa pessoa até o fim? Estará disposto a cuidar dela?
Se há qualquer não, entre as suas respostas, não se case. Ao contrario, termine o relacionamento. Essa não é a pessoa certa. Esse não é o momento certo, ou você ainda não é a pessoa certa para se casar.
Casamento não é sentença de morte, mas é um caminho que deve ser trilhado a dois. Como naquela brincadeira onde o par tem os pés atados um ao outro, e tem que andar juntos para não cair. Casamento é coisa seria. Quando um dos dois não se encaixa, os passos diferentes, não levam a lugar algum, a marcha atropela-se pois um terá que arrastar o outro, e a união tropeça e cai fatalmente no divorcio.
Os casamentos não acabam no divorcio, acabam na decisão de se casar. No motivo errado. Casamento não é forca, é escolha. Não é obrigação, é opção. Casamento é doação e ninguém doa nada contra a vontade.
Ninguém deve se casar, exceto por vontade própria. Exceto por amor. Exceto por amar extremamente aquela pessoa, respeitando-a em sua individualidade, sem sentir-se dono, apenas parceiro de viagem, enquanto a viagem durar. Casamento não faz ninguém feliz, a felicidade é conquista individual. Casamento permite que essas duas felicidades individuais unam-se em prol de uma vida em comum, na formação de um núcleo familiar, berço de outras vidas igualmente felizes.
Só acho!
Por Cris Vaccarezza
Ensaios sobre a traição
Então, se pegava pensando: Quem traiu, a quem traiu? E com quem traiu?
Quando ocorre uma infidelidade, ou melhor, quando essa infidelidade vem a publico, mobiliza um turbilhão de emoções nos envolvidos. Culpa, ira, medo, orgulho, inveja, indiferença, tristeza, são alguns desses sentimentos que ficam no ar, em uma situação dessa. Raramente, a pessoa traída, terá cabeça fria para pensar, a razão é posta de lado, e ela apenas sente-se traída.
No entanto, algumas questões merecem atenção, quanto à infidelidade.
Esse texto não defende a infidelidade, defende a lealdade e a liberdade, como alicerces para um relacionamento sadio.
Em primeiro lugar, a infidelidade só ocorre em culturas que exigem fidelidade. Parece obvio, mas não é. Existem culturas em que a fidelidade não é imposta. Note que utilizamos as palavras exigem e impostas. Quem exige e quem impõe? A sociedade. Que sociedade? A mesma sociedade hipócrita que tolera a infidelidade masculina e condena a feminina. O que é fidelidade afinal?
Toda vez que o assunto é fidelidade, me lembro da famosa passagem evangélica de Jesus, com a mulher "que foi dita" em adultério, jogada aos seus pés, a ponto de ser apedrejada. Nesse momento, a sociedade pede a ele que a condene, mas ele inteligentemente avalia a turba de homens infiéis e adúlteros que ali se encontram, todos dispostos a julgar e condenar a mulher, sem avaliar as próprias faltas, e dá a sentença: "Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra". É possível adulterar sem par?
A fidelidade entre duas pessoas, deve ser um valor conquistado pelo casal. O meio para conquistá-lo é o amor, não a exigência. A fidelidade pode e deve ser discutida e negociada pelo casal. Mas ninguém fala a respeito. Deixa-se ficar subentendido que, uma vez casado, deve-se ser fiel. Nem sempre.
Antes de se casar, um casal deve ser livremente um do outro. Complexo? Nem tanto. As pessoas devem ser livres para optar por estarem juntas por vontade própria, não por imposição de quem quer que seja.
Antes de sermos fieis ao outro, devemos ser fieis aos nossos princípios. Sermos livres para escolher estar ou não juntos, desejar apenas ao outro. Assim, onde está a tentação
Quem trai, não trai apenas ao outro, trai primeiramente a si. Trai aquilo que afirmou (sem tenta convicção) amar e aceitar, por toda uma vida.
E sem querer violentar a opinião alheia, e sem trair as minhas próprias convicções, me despeço, pedindo mais que fidelidade, lealdade aos casais. Pois em minha opinião, fidelidade é desejável, mas lealdade, é fundamental.
Por Cris Vaccarezza
Quando ocorre uma infidelidade, ou melhor, quando essa infidelidade vem a publico, mobiliza um turbilhão de emoções nos envolvidos. Culpa, ira, medo, orgulho, inveja, indiferença, tristeza, são alguns desses sentimentos que ficam no ar, em uma situação dessa. Raramente, a pessoa traída, terá cabeça fria para pensar, a razão é posta de lado, e ela apenas sente-se traída.
No entanto, algumas questões merecem atenção, quanto à infidelidade.
Esse texto não defende a infidelidade, defende a lealdade e a liberdade, como alicerces para um relacionamento sadio.
Em primeiro lugar, a infidelidade só ocorre em culturas que exigem fidelidade. Parece obvio, mas não é. Existem culturas em que a fidelidade não é imposta. Note que utilizamos as palavras exigem e impostas. Quem exige e quem impõe? A sociedade. Que sociedade? A mesma sociedade hipócrita que tolera a infidelidade masculina e condena a feminina. O que é fidelidade afinal?
Toda vez que o assunto é fidelidade, me lembro da famosa passagem evangélica de Jesus, com a mulher "que foi dita" em adultério, jogada aos seus pés, a ponto de ser apedrejada. Nesse momento, a sociedade pede a ele que a condene, mas ele inteligentemente avalia a turba de homens infiéis e adúlteros que ali se encontram, todos dispostos a julgar e condenar a mulher, sem avaliar as próprias faltas, e dá a sentença: "Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra". É possível adulterar sem par?
A fidelidade entre duas pessoas, deve ser um valor conquistado pelo casal. O meio para conquistá-lo é o amor, não a exigência. A fidelidade pode e deve ser discutida e negociada pelo casal. Mas ninguém fala a respeito. Deixa-se ficar subentendido que, uma vez casado, deve-se ser fiel. Nem sempre.
Antes de se casar, um casal deve ser livremente um do outro. Complexo? Nem tanto. As pessoas devem ser livres para optar por estarem juntas por vontade própria, não por imposição de quem quer que seja.
Antes de sermos fieis ao outro, devemos ser fieis aos nossos princípios. Sermos livres para escolher estar ou não juntos, desejar apenas ao outro. Assim, onde está a tentação
Quem trai, não trai apenas ao outro, trai primeiramente a si. Trai aquilo que afirmou (sem tenta convicção) amar e aceitar, por toda uma vida.
E sem querer violentar a opinião alheia, e sem trair as minhas próprias convicções, me despeço, pedindo mais que fidelidade, lealdade aos casais. Pois em minha opinião, fidelidade é desejável, mas lealdade, é fundamental.
Por Cris Vaccarezza
O Edital
Ao abrir o jornal da manhã, deparou-se com a seguinte noticia:
EDITAL DE ABERTURA DE PROCESSO SELETIVO PARA VAGA REMANESCENTE
Vimos por meio desse edital, comunicar a abertura de uma vaga, para parceiro de fortes emoções, testemunha de vida em comum. O processo seletivo será imediato.
As inscrições podem ser realizadas por meio de e-mail, redes sociais, sites de relacionamentos, contato telefônico, ou de contato direto entre as partes.
A entrevista pode ser realizada em jantares, sessões se cinema, ou ainda em bares e noitadas, a combinar. Nesse caso, recomendamos parcimônia e certa abstenção alcoólica, para evitar enganos na contratação e desenlaces desagradáveis. O candidato que infringir a regra de excesso pode incorrer na imediata desclassificação. Vexames podem ocasionar ainda, cancelamento da vaga e adiamento do processo seletivo por tempo indeterminado.
Há vagas para candidatos do sexo masculino. Com idade de 40 a 65 anos. Candidatos muito jovens normalmente não preenchem o requisito de reciprocidade. É uma vaga Senior. Experiência é valorizada na seleção. Ressaltando-se a idade mental, deve ser compatível.
Fidelidade é desejável e conta pontos no processo seletivo, mas lealdade, é condição sine-qua-non para qualificação.
O candidato à vaga deve ter disponibilidade imediata para assumir a função.
A vaga oferece estabilidade acordada, presença comprovada, diálogo sempre que necessário, viagens românticas, cafés da manhã na cama, desde que recíprocos; incontáveis beijos, abraços, amassos. É oferecida também tardes de DVD com pipoca quentinha, partilha de sorvete, passeio à praia desde que de mãos dadas, Pizza compartilhada, cinema a dois, noite de quijos e vinhos, e opção para outros passeios a dois.
Sexo está incluído no pacote, desde que seja feito com extremo afeto, repetidas vezes, e com as devidas proteções. Envolvimento emocional é permitido, e desejável. Experiência sexual isolada, sem direito a repetição anula o contrato. É vedada a participação de parceiros eventuais. Casualidade não é permitida.
No final, em letras pequenas, estava escrito:
IMPORTANTE: "Não há vaga para manutenção esporádica. Buscamos contratação e efetivação. Não se trata de um contrato de vida inteira, não é oferecida ou exigida estabilidade; apenas reciprocidade, e constância. Não há a necessidade de rótulo, ou vínculo; apenas de dedicação e tempo.
O contrato não tem prazo de validade, tampouco vencimento e pode ser renovável, desde que de comum acordo. Felicidade garantida, desde que seja um direito comum e não um dever particular."
Mas quem é míope de coração, presbíope emocional, astigmáta de sentimento certamente não conseguiu ler.
Por Cris Vaccarezza
EDITAL DE ABERTURA DE PROCESSO SELETIVO PARA VAGA REMANESCENTE
Vimos por meio desse edital, comunicar a abertura de uma vaga, para parceiro de fortes emoções, testemunha de vida em comum. O processo seletivo será imediato.
As inscrições podem ser realizadas por meio de e-mail, redes sociais, sites de relacionamentos, contato telefônico, ou de contato direto entre as partes.
A entrevista pode ser realizada em jantares, sessões se cinema, ou ainda em bares e noitadas, a combinar. Nesse caso, recomendamos parcimônia e certa abstenção alcoólica, para evitar enganos na contratação e desenlaces desagradáveis. O candidato que infringir a regra de excesso pode incorrer na imediata desclassificação. Vexames podem ocasionar ainda, cancelamento da vaga e adiamento do processo seletivo por tempo indeterminado.
Há vagas para candidatos do sexo masculino. Com idade de 40 a 65 anos. Candidatos muito jovens normalmente não preenchem o requisito de reciprocidade. É uma vaga Senior. Experiência é valorizada na seleção. Ressaltando-se a idade mental, deve ser compatível.
Fidelidade é desejável e conta pontos no processo seletivo, mas lealdade, é condição sine-qua-non para qualificação.
O candidato à vaga deve ter disponibilidade imediata para assumir a função.
A vaga oferece estabilidade acordada, presença comprovada, diálogo sempre que necessário, viagens românticas, cafés da manhã na cama, desde que recíprocos; incontáveis beijos, abraços, amassos. É oferecida também tardes de DVD com pipoca quentinha, partilha de sorvete, passeio à praia desde que de mãos dadas, Pizza compartilhada, cinema a dois, noite de quijos e vinhos, e opção para outros passeios a dois.
Sexo está incluído no pacote, desde que seja feito com extremo afeto, repetidas vezes, e com as devidas proteções. Envolvimento emocional é permitido, e desejável. Experiência sexual isolada, sem direito a repetição anula o contrato. É vedada a participação de parceiros eventuais. Casualidade não é permitida.
No final, em letras pequenas, estava escrito:
IMPORTANTE: "Não há vaga para manutenção esporádica. Buscamos contratação e efetivação. Não se trata de um contrato de vida inteira, não é oferecida ou exigida estabilidade; apenas reciprocidade, e constância. Não há a necessidade de rótulo, ou vínculo; apenas de dedicação e tempo.
O contrato não tem prazo de validade, tampouco vencimento e pode ser renovável, desde que de comum acordo. Felicidade garantida, desde que seja um direito comum e não um dever particular."
Mas quem é míope de coração, presbíope emocional, astigmáta de sentimento certamente não conseguiu ler.
Por Cris Vaccarezza
Para o garoto que ensinou a oportunidade a esperar
Eu fico daqui, torcendo à distancia por você. Pensando em como agora a sua vida deu uma guinada, rumo ao caminho certo. Na verdade, a estrada praticamente veio aqui, bater na porta de sua casa e te buscar. Deus quis assim.
Eu sempre ouvi dizer que a oportunidade é uma mulher com cabelos apenas à frente da cabeça. Você só consegue agarrá-lá enquanto ela esta correndo em sua direção. Se ela passar, it's over, baby! Mas você não. Quantas oportunidades deixou passar. Ela praticamente teve que sentar na porta da tua casa e te convencer a acompanha-la. Vem, Eduardo, vai ser bom. Vem, confia em mim, vai valer a pena. Aff, leonino é fogo! Há que ter paciência com eles.
E você, olhava pela janela, assustado, entre a vontade de ir em frente, a esperança de tentar mais uma vez, e o desejo imperioso de continuar na tranqüilidade de casa. Na velha e boa caminha, na confortável casinha, ao lado do amor de sua vida... Ah, como seria bom se tudo fosse assim, como a gente sonhou.
Sei que não foi fácil abrir mão da doçura tão conhecida do lugar tão calorosamente conhecido, dos programas favoritos, do espaço conquistados, dos amigos queridos, da fidelidade de Pink. Nada fácil trocar tudo isso pela incerteza do desconhecido e pelo esforço redobrado.
Outra coisa de que estou certa também, é de que inúmeras vezes, você pensou em desistir, mas foi mais forte. Venceu a si mesmo. Esta aí, vivendo dia a dia, passo a passo, aprendendo a caminhar sozinho rumo à vitoria.
Não foi fácil. Nunca será. Deus conhece os filhos seus. E sabe que você pode ser desafiado, porque gosta de vencer a si mesmo. A melhor das vitorias. Lutar contra o outro, sempre foi desigual, mas contra si mesmo, é a maior e a mais justa das lutas. É também, a mais proveitosa, pois nos torna mais fortes, mais capazes.
Eu fico imaginando, aqui, da minha janela, o quanto seus horizontes são novos, desde aquela primeira visita ao Novo Horizonte. Me pergunto o quanto a sua mente se abriu, o quanto seu coração arrefeceu no contato com a dor dos outros, o quanto você cresceu em menos de um ano!
E ao fim, menino prodígio, apenas te peço que siga caminhando, aprendendo, partilhando, e verá, ap encerrar essa etapa, que outra começa. Que você conhecerá outros desafios, que vivera outras alegrias, mas que acima de tudo, valeu a pena cada segundo que a oportunidade te esperou despertar e seguir. Apenas siga....
Por Cris Vaccarezza
Eu sempre ouvi dizer que a oportunidade é uma mulher com cabelos apenas à frente da cabeça. Você só consegue agarrá-lá enquanto ela esta correndo em sua direção. Se ela passar, it's over, baby! Mas você não. Quantas oportunidades deixou passar. Ela praticamente teve que sentar na porta da tua casa e te convencer a acompanha-la. Vem, Eduardo, vai ser bom. Vem, confia em mim, vai valer a pena. Aff, leonino é fogo! Há que ter paciência com eles.
E você, olhava pela janela, assustado, entre a vontade de ir em frente, a esperança de tentar mais uma vez, e o desejo imperioso de continuar na tranqüilidade de casa. Na velha e boa caminha, na confortável casinha, ao lado do amor de sua vida... Ah, como seria bom se tudo fosse assim, como a gente sonhou.
Sei que não foi fácil abrir mão da doçura tão conhecida do lugar tão calorosamente conhecido, dos programas favoritos, do espaço conquistados, dos amigos queridos, da fidelidade de Pink. Nada fácil trocar tudo isso pela incerteza do desconhecido e pelo esforço redobrado.
Outra coisa de que estou certa também, é de que inúmeras vezes, você pensou em desistir, mas foi mais forte. Venceu a si mesmo. Esta aí, vivendo dia a dia, passo a passo, aprendendo a caminhar sozinho rumo à vitoria.
Não foi fácil. Nunca será. Deus conhece os filhos seus. E sabe que você pode ser desafiado, porque gosta de vencer a si mesmo. A melhor das vitorias. Lutar contra o outro, sempre foi desigual, mas contra si mesmo, é a maior e a mais justa das lutas. É também, a mais proveitosa, pois nos torna mais fortes, mais capazes.
Eu fico imaginando, aqui, da minha janela, o quanto seus horizontes são novos, desde aquela primeira visita ao Novo Horizonte. Me pergunto o quanto a sua mente se abriu, o quanto seu coração arrefeceu no contato com a dor dos outros, o quanto você cresceu em menos de um ano!
E ao fim, menino prodígio, apenas te peço que siga caminhando, aprendendo, partilhando, e verá, ap encerrar essa etapa, que outra começa. Que você conhecerá outros desafios, que vivera outras alegrias, mas que acima de tudo, valeu a pena cada segundo que a oportunidade te esperou despertar e seguir. Apenas siga....
Por Cris Vaccarezza
Encontro às escuras
Na hora marcada, ele estava na porta do restaurante. Ela também. Ensaiava as palavras. Tensa! O que dizer? Primeiro encontro. Tudo novo. De novo. Outras possibilidades.
Por fora, tudo lindo. Lá estava ela, toda arrumadinha. Embalagem perfeita, fora aquela etiqueta que feria suas costas. Roupa nova é o fim. Por dentro, sempre se perguntara: pra que tanto esforço para aparentar ser exatamente o que não somos?
Liga não, amiga, dizia a mentora do encontro em questão, pessoas gostam de aparências. Ela não! Gostava era de essência. Vai ver por isso estava só. Devaneios... Lá se vai a mente pensamento abaixo... Mas não agora, não aqui.
O cara à sua frente parecia, já que inicialmente, tudo apenas parece, ser interessante. Papo reto, cheio de respeitos e sentimentalidades. Cheio de planos pro futuro. Hum... Se não tivesse visto esse filme tantas vezes, estaria realmente empolgada. Há alguns anos, estaria rindo à toa. Mas a etiqueta... Ah, aquela etiqueta lhe dava ganas de arranca-lá com os dentes? Como concentrar na pomposa história de filatelia da arvore genealógica de seu interlocutor?
Segue a noite, no mesmo monólogo refinado. Lá pelas tantas ele lembra que tem alguém ali à sua frente: - E você, finalmente pergunta... Eu? Never mind! Só quero arrancar essa etiqueta com a unha mesmo e passar pra próxima fase, onde te derrubo... Claro que não disse nada disso. Meninas devem ser comportadas. Limitou-se a um breve resumo dos pontos altos de sua existência. Quase um lattes colorido. Tudo altamente previsível, conforme o script. Mais que o diabo da etiqueta, a essa altura, outra dúvida a incomodava: Por onde anda a originalidade? Em nome de Deus, homem, surpreenda-me!
Enfim, a conta, e ele está prestes a enfrentar a prova final. É ai que a maioria dos cavalheiros desaba do cavalo. Como se comportar a sos, pela primeira vez com uma dama. O segredo é encontrar o ponto certo entre o desejo e a vulgaridade. Homem que apela no primeiro encontro, desafina antes de cantar. Leva logo cartão vermelho. Tem que saber insinuar. Prometer, jamais exibir ou declarar. Apelar pro claramente obsceno então? Nem pensar... Mas você acha que eles aprendem?
Conforme o esperado, esse estava muito mais preocupado com as próprias necessidades. Nem bem entraram no carro e partiu pra cima dela com tantas mãos, que ela achou que finalmente, se livraria da maldita etiqueta. Pensando bem, antes continuar com a etiqueta, a ter aquele sujeito, feito polvo a espalhar tentáculos sobre ela.
Gostaria de ter uma crise de rinite naquela hora, ou de riso. Quem sabe, um ataque de pelanca, mas na falta de sintoma histérico que o afastasse, teve que apelar pra razão: - Olha, tenho que ir agora. Nem precisa me levar em casa. Não teríamos qualquer privacidade, pois os gêmeos são pequenos e chorariam o tempo todo. Vou pegar um taxi porque estou sentindo que está na hora de alimentá-los.
Claro que não preciso explicar que ela é solteira e mora só, exceto pela presença eventual de um gatinho persa, mas ele jamais teria outra oportunidade de saber. Não falar muito sobre si mesma no primeiro encontro tem lá suas vantagens. Na hora certa, basta usar as informações ideais pra se livrar de mais um chato egoísta e apressado.
Chegando em casa, se pergunta pra que tanta produção, tanto discurso ensaiado, pro cara errado? E jura por Deus que encontro às escuras, nunca mais, até o próximo sábado à noite.
Por Cris Vaccarezza
Por fora, tudo lindo. Lá estava ela, toda arrumadinha. Embalagem perfeita, fora aquela etiqueta que feria suas costas. Roupa nova é o fim. Por dentro, sempre se perguntara: pra que tanto esforço para aparentar ser exatamente o que não somos?
Liga não, amiga, dizia a mentora do encontro em questão, pessoas gostam de aparências. Ela não! Gostava era de essência. Vai ver por isso estava só. Devaneios... Lá se vai a mente pensamento abaixo... Mas não agora, não aqui.
O cara à sua frente parecia, já que inicialmente, tudo apenas parece, ser interessante. Papo reto, cheio de respeitos e sentimentalidades. Cheio de planos pro futuro. Hum... Se não tivesse visto esse filme tantas vezes, estaria realmente empolgada. Há alguns anos, estaria rindo à toa. Mas a etiqueta... Ah, aquela etiqueta lhe dava ganas de arranca-lá com os dentes? Como concentrar na pomposa história de filatelia da arvore genealógica de seu interlocutor?
Segue a noite, no mesmo monólogo refinado. Lá pelas tantas ele lembra que tem alguém ali à sua frente: - E você, finalmente pergunta... Eu? Never mind! Só quero arrancar essa etiqueta com a unha mesmo e passar pra próxima fase, onde te derrubo... Claro que não disse nada disso. Meninas devem ser comportadas. Limitou-se a um breve resumo dos pontos altos de sua existência. Quase um lattes colorido. Tudo altamente previsível, conforme o script. Mais que o diabo da etiqueta, a essa altura, outra dúvida a incomodava: Por onde anda a originalidade? Em nome de Deus, homem, surpreenda-me!
Enfim, a conta, e ele está prestes a enfrentar a prova final. É ai que a maioria dos cavalheiros desaba do cavalo. Como se comportar a sos, pela primeira vez com uma dama. O segredo é encontrar o ponto certo entre o desejo e a vulgaridade. Homem que apela no primeiro encontro, desafina antes de cantar. Leva logo cartão vermelho. Tem que saber insinuar. Prometer, jamais exibir ou declarar. Apelar pro claramente obsceno então? Nem pensar... Mas você acha que eles aprendem?
Conforme o esperado, esse estava muito mais preocupado com as próprias necessidades. Nem bem entraram no carro e partiu pra cima dela com tantas mãos, que ela achou que finalmente, se livraria da maldita etiqueta. Pensando bem, antes continuar com a etiqueta, a ter aquele sujeito, feito polvo a espalhar tentáculos sobre ela.
Gostaria de ter uma crise de rinite naquela hora, ou de riso. Quem sabe, um ataque de pelanca, mas na falta de sintoma histérico que o afastasse, teve que apelar pra razão: - Olha, tenho que ir agora. Nem precisa me levar em casa. Não teríamos qualquer privacidade, pois os gêmeos são pequenos e chorariam o tempo todo. Vou pegar um taxi porque estou sentindo que está na hora de alimentá-los.
Claro que não preciso explicar que ela é solteira e mora só, exceto pela presença eventual de um gatinho persa, mas ele jamais teria outra oportunidade de saber. Não falar muito sobre si mesma no primeiro encontro tem lá suas vantagens. Na hora certa, basta usar as informações ideais pra se livrar de mais um chato egoísta e apressado.
Chegando em casa, se pergunta pra que tanta produção, tanto discurso ensaiado, pro cara errado? E jura por Deus que encontro às escuras, nunca mais, até o próximo sábado à noite.
Por Cris Vaccarezza
Lacerada
Amar a muitos, confiar em poucos:
Acho que, por mais que tome na cabeça, nunca vou aprender isso.
Amar a muitos não é tão difícil quando amor toma a dimensão de palavra altruísmo, que melhor lhe caracteriza. Amor, ao pé da letra é sinônimo de doação.
Já confiar em poucos, é um desafio!
Desconfiar dos outros pra mim é horrível.
Uma punhalada a mais, uma a menos, não vai fazer tanta diferença num peito dilacerado, vai?
Afinal, por mais que dilacerem a carne, jamais destruirão a minha fé no amor.
Desistam! Eu não vou desertar de amar.
Já me bateram muito na face. Pois eis a outra, a da esperança!
Por mais que desacreditem, que destrocem, que caçoem e ridicularizem,
continuarei crendo no sonho do amor ao próximo.
Continuarei tentando.
Não porque seja forte, mas por ser burra talvez.
E só de birra, vou provar que isso é um direito.
Eu vou amar e confiar o quanto queira!
Por Cris Vaccarezza
Acho que, por mais que tome na cabeça, nunca vou aprender isso.
Amar a muitos não é tão difícil quando amor toma a dimensão de palavra altruísmo, que melhor lhe caracteriza. Amor, ao pé da letra é sinônimo de doação.
Já confiar em poucos, é um desafio!
Desconfiar dos outros pra mim é horrível.
Uma punhalada a mais, uma a menos, não vai fazer tanta diferença num peito dilacerado, vai?
Afinal, por mais que dilacerem a carne, jamais destruirão a minha fé no amor.
Desistam! Eu não vou desertar de amar.
Já me bateram muito na face. Pois eis a outra, a da esperança!
Por mais que desacreditem, que destrocem, que caçoem e ridicularizem,
continuarei crendo no sonho do amor ao próximo.
Continuarei tentando.
Não porque seja forte, mas por ser burra talvez.
E só de birra, vou provar que isso é um direito.
Eu vou amar e confiar o quanto queira!
Por Cris Vaccarezza
Sigo amando
Não quero o Oscar de melhor atriz, quero ser mulher! Viver minha essência feminina com o homem que me atrai, sem que ele ache por um segundo sequer, que sou perfeita. Não sou perfeita, não sou santa, sou mulher! Quero só fazer falta. Quero colo, carinho, compreensão! Quero afeto. Com afeto, tudo fica mais bonito. Com afeto, tudo é multicor. Pintado com as cores da paixão, sempre rubras, sempre vivas!
Quero que venhas me ver, e que me queiras ver aí contigo. Quero uma troca. Justa, bilateral. Não quero mesquinharias. Fidelidade, é pouco pra mim. Eu quero ser sua, quando fores meu. E além. Mas minha fidelidade não pressupõe a sua. Nada a ver. Quero lealdade. Não me entenda mal. Não preciso que me sejas fiel. A menos que abertamente queiras. Não me pertences, exceto nos raros momentos que são nossos. Quando nos emprestamos um ao outro. Seremos um do outro, pelos segundos que partilharmos, nessa eternidade sem fim.
Em nosso pacto de lealdade, quero ser a primeira a saber. Essa é a regra. Não quero saber da outra, ou das outras que forem tuas. Quero ser a primeira a saber quando tu não quiseres mais. Seja honesto. Não sumas. Sumir é ilegal. Sumir é desleal. Fale, apenas isso. Não dá mais! Prometo que sairei da sua vida, pela mesma porta que entrei. Sem dramas, sem vexames, sem ciúmes, sem porquês. Apenas não dá mais. E seremos livres outra vez, sem termos sido desleais ou infiéis. Quero que possas dizer, ela sabe. Não há mentira. Foi a primeira a saber.
Cumplicidade. É isso! Mais que um namorado, marido, rolo, algo assim, é isso que quero: Cumplicidade! Cúmplices estão acima das convenções sociais, estão acima do bem e do mal. Têm em comum, apenas um ideal. Que o nosso seja amar. Sem pertencer, sem rotular, sem amarrar. Mas amar com frequência, dar, trocar, emprestar. Se fazer feliz.
Embora saiba que o que busco, nem sempre seja o que encontro, vou expondo meus desejos, rasgando meu peito e sangrando sentimentos pra quem quiser ouvir. Quem sabe lendo e relendo, me acho em um momento de rir das tolices que escrevi. Isso se chama envelhecer. Sigo amando!
Por Cris Vaccarezza
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