Ação!!

Pressionara demais, ontem a noite. Não para a tolerância dele. Para os padrões educacionais dela. Nunca fora tamanho invasiva. Extrapolara. Pediria desculpas.
Era uma questão de pressa. Tinha urgência. Tinha frio. Um frio que lhe gelava a alma. Tinha medo de congelar de dentro pra fora. De se tornar alguém gelado, incapaz de gerar calor.
Mas e dai? Era um medo dela. Uma pressa que era só dela. E que diga-se de passagem, nunca fora antes. Antes, a urgência sempre fora dele. Sabia disso.
Nunca permitira esperanças antes. Por que agora? Curiosidade? Sim e não. Não em relação a ele. Curiosidade em relação aos planos superiores. Queria saber qual era a do universo. Queria saber o que ocorreria se parasse de recuar ante ao último assédio perene que sofria.
Promessas, desafios, belas palavras, comprometimentos lotados de letras vazias. Mas onde a ação? Queria ver ação. Provocar ação. Luzes, câmera, cadê a ação? Onde o mover de braços? Onde os braços? Cruzados ainda. Cruzados Pra sempre, como sempre, por sobre o peito inflado.
Mais uma vez, precisava dizer o que já estava acostumada a dizer: de promessa ando cheia! Quero ver é atitude!
Por Cris Vaccarezza

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