Ano novo!!!

Parafraseando Luísa Marilack: "Nesse réveillon, eu resolvi fazer algo de diferente..."
Me vesti de rosa, lingerie bordô, na camiseta estampado AMOR.
Comecei a me arrumar cantarolando "esse ano, eu quero paz no meu coração" ... Mas peraí! Tudo o que eu não quero é paz no meu coração. Corrigi a tempo para: "Esse ano quero paixão no meu coração". Achei ainda inadequado e troquei paixão por amor.
No engarrafamento, rumo ao réveillon, fui paquerando, testando, sondando o famoso poder do olhar. Nunca soube fazer isso. E pasmem, ele funciona!
Mas, para o meu espanto, só olhava para mim, a turma pouco mais velha que teen...ou seja: No way!
Chegando ao destino, enquanto aguardava a chegada do ano novo, aproveitei para observar as pessoas ao redor, casais que se beijavam, outros que desfilavam de mãos dadas. uma ponta de amargura ameaçou se aproximar, mas rapidamente tangi da cabeça. Como eu disse, esse ano será diferente e ao invés de lamentar estar solteira, resolvi recordar o porque de ter optado por estar solteira.
Logo de inicio vi um casal em que a mulher toda servil tentava manobrar o marido bêbado para a festa. Marido bêbado na festa é de matar qualquer uma de raiva.
Outra beliscava o namorado que insistia em olhar para a loira poposuda que dançava sensualmente atras deles. Namorado quebrando o pescoço para olhar a sua amiga dançando é o fim da picada.
Esse, de tanto levar beliscão, lá pelas tantas, revoltou-se, deu um solavanco, um puxão no braço dela, meia volta e foi marchando pra casa. E ainda virou para ameaçar: "E você, se não quiser dormir na rua, venha também!"
Para fechar a noite, um casal a poucos metros, se digladiava porque ela queria passar a virada a beira mar para pular as ondinhas e ele não queria acompanha-lá e deixar os amigos por 5 minutos que fosse. Acabou virando o ano chorando no ombro do pai. Por coisas tão simples, brigamos...
Então, quando os fogos começaram a espoucar no céu, eu já não via nemhum motivo para me sentis chateada. Falta de companhia? Mas se a companhia nao pensa parecido, pode te fazer companhia? Acho que nao! Pelo contrario. Estar sozinha me dava uma certa vantagem. Caminhar sozinha tem uma sensação de liberdade indescritível. E sinceramente, perto de certas companhias duvidosas, a da minha solteirice, me parecia agora, adorável! E corri para o mar pular minhas sete ondinhas sem ter que me justificar a ninguém. Corri pela areia, sentindo a maresia no rosto e o vento da madrugada despentear o cabelo... Deixa despentear! Eu tenho as minhas esquisitices e gosto delas assim! Afinal, que mal tem pular as minhas ondinhas?
Feliz Ano novo!!! Que seja mesmo novo, de novo!
Por Cris Vaccarezza

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