Doe Palavras

0 comentários
Se pudesse nesse momento, o que você daria de mais precioso a alguém?
Dinheiro? Dirão, dinheiro não! Ás vezes não temos o suficiente pra nós, que dirá para dar. Comida, perece rapidamente. Flores, murcham. Bichos, morrem, Pedras preciosas podem ser furtadas. Carros enferrujam. Sobras, são indignas. Roupas rasgam. Cobertores esgarçam. Parece muito efêmero. O que de material deres, terá sua utilidade emergencial, mas perecerá com o tempo.
Mas solidariedade jamais se perde. Solidariedade é fonte que jamais seca por mais que dessedente a muitas pessoas. Solidariedade é doar algo de seu, que não lhe custa nada e que jamais lhe fará falta.
Há inúmeras formas de doar solidariedade, sua presença, seu sangue, seu abraço, seu afago, seu apoio, seu calor, seu incentivo, suas palavras...
Está no ar, há algum tempo uma das ideias mais generosas que já vi. O projeto Doe Palavras, era inicialmente, um movimento para levar palavras de incentivo para pacientes com câncer do Instituto Mario Pena, depois foi expandido para outros hospitais no Brasil e no mundo, estando disponível a qualquer um com acesso a internet e uma tela de computador, segundo as instruções no site.
Se você não em dinheiro de sobra, nem comida pronta, nem flores, nem pedras preciosas para dar, lembre-se dessa fortuna solidária que ainda pode dar de si, sem que lhe custe nada. Doe sangue, doe vida. Mas se você tem medo de picada de agulha e nem o desejo de ajudar ao próximo consegue fazê-lo sentar numa cadeira e doar, então doe palavras para quem carece de um afago na alma.
Pense por um instante em quem está nesse momento precisando de força e carinho para seguir adiante. O que você poderia fazer para que se sentissem melhores, mais fortes? Se pudesse estar perto, você lhes daria um abraço? Abrace-os em pensamento, doe suas palavras de incentivo. Para doar palavras é rápido e simples. Entre no site: http://www.doepalavras.com.br/ preencha seu nome, localidade e uma mensagem curta de força e fé.
Não é preciso tirar do que se tem para dar, é preciso recordar de quem não tem.  A medida do doar não é doar a sobra do que se tem, a medida do doar, é doar-se sem medidas.
Tudo o que é verdadeiramente seu, pode ser doado sem que lhe faça falta.
Comece doando palavras. A sensação é indescritível!
Por Cris Vaccarezza
Fonte:http://www.doepalavras.com.br/

Poesias Acidentais

0 comentários











Não escrevia de próprio punho. Longe disso!
Acidentalmente escrevia de próprio coração.
Por isso, preferia a prosa.
Poesia redigia apenas quando era tomada de solidão.
Ou melhor dizendo, poeticamente transcrevendo,
acometida de inspiração.
É o que diz o poeta,
onde se lê tristeza, lê ele alguma beleza,
traduz em versos, rima e faz canção.
Não conseguia escrever contente,
por isso, (suspeitava-se) escolhia seguir doente,
de solitude e de mansidão, (sozinha por opção).
Era quando a alma doía, que a poesia lhe sorria,
e sedutora estendia a mão: Uma dança, aceita?
Sim, mas é claro! E seguia satisfeita a girar pelo salão.
Enquanto bailava sozinha e a música lhe iludia,
suas mãos transcreviam no papel, a dança da soldão.
Descalça no chão de cascalho, sentia-se num céu imaginário,
a pisar bolhas de sabão, então sua alma crescia,
e de suas mãos, produzia afagos ao coração.
Não ao próprio, raramente o fazemos,
Porém tudo o que dizemos afaga de outros, a emoção.
e seguia pulando as estrofes, compondo letras metódicas
que jamais encaixariam em qualquer outra canção
posto que ninguém mais ouvia a melodia,
apenas a viam no chão de terra batido, sozinha a girar.
E pensavam: Lá vai a louca! A que se pôs com a solidão, a valsar.
Mas quem se importa? Quem carece de resposta?
Seu segredo não sabiam, nem ela havia de lhes contar.
Como sorria sua alma leve, aliviada e cansada.
Extasiada, feliz por ser par da poesia e nela, rodopiar.
Por Cris Vaccarezza

Tácitos

1 comentários
De repente uma saudade de você me assola. Assim, do nada, me assalta. Que saudade! Mas que saudade mais sem propósito! Tanto tempo depois? E saudade não é mesmo assim, absolutamente sem propósitos?
 Mas é saudade sim. Dos risos que rimos juntos, dos poucos e ricos momentos que passamos na companhia um do outro, das ligações que me faziam rir. Saudades das frases trocadas, das músicas, da sua presença constante em minha vida, dos compromissos que sonhamos. Saudades das viagens que docemente imaginamos e só imaginamos. De tudo aquilo que poderia ter sido e não foi.
Às vezes tenho essas saudades malucas. E me vejo olhando as fotos, lembrando dos momentos e pensando: Estamos perdendo tempo! Estamos perdendo o tempo de estar juntos. Estamos nos perdendo no tempo. 
Daí me dá uma vontade de ligar. Tipo despretensiosamente ligar, apenas ligar, dizer um "olá!" Seguido de um "estava pensando... você alguma vez pensou em voltar pra mim..."
Mas estava só pensando mesmo, e como viaja o meu pensamento. Daí eu lembro que já não deu certo antes. E isso me faz tanto mal, se não deu certo contigo que parecia tanto comigo, com quem daria certo afinal? 
É a lógica, a dura e insofismável lógica. A mesma lógica de tempos atrás, e de lá pra cá, tanta pouca coisa mudou. É a lógica, irmã da logística que empaca na distancia tão pequena e enorme entre nós. Essa mesma lógica que sussurra docemente em meus ouvidos: Esquece isso! Deixa pra lá. Se ele quisesse, talvez ele ligasse... E talvez tenha razão! Afinal é a lógica. 
De repente, me dou conta de que éramos tão parecidos, tão compatíveis, por que será que não deu certo, não é? Talvez exatamente por isso...
Há tanto entre nossos lábios, tantos quilômetros de palavras não ditas, de gestos não feitos, de atitudes não tomadas, somos tão pacientes os dois, tão tácitos, que melhor deixar pra lá. 
Mas só queria que você soubesse dessa saudade subitamente sem sentido.
Por Cris Vaccarezza

Ainda sobre o dia 11...

1 comentários
Chegou para trabalhar, como de costume, sem sequer sonhar que conspiravam secretamente.
Mas cochicharam, combinaram e entraram repentinamente cantando parabéns, sorrindo, saudando, abençoando, afagando, abraçando! Trazendo mais que presentes preciosos, muito calor humano e alegria.
Quanta emoção! Quando a emoção é tanta, as vezes falta a reação, a atitude, as palavras e mesmo as lágrimas. Mas não faltaram abraços. Isso não falta jamais.
Interessante pensar que já nem era mais seu aniversário. Nem esperava. Mas não se encontraram na quarta, então postergaram o abraço para a quinta. Como dizia o poeta, quem sabe, faz a hora! 
O tempo é relativo, e na sexta, esperava ainda menos, outra homenagem. Afinal, já era sexta, não era quinta,  nem quarta...Mas que nada! Coloriram a semana inteira, subverteram o calendário, invadiram o dia dos namorados, o dia de Santo Antônio e lá estava em pleno dia 13, outro grupo, outra festinha pro dia 11. Cor de rosa, como era a sua vida em seu trabalho. 
"Acho que eles leram você direitinho!", disse uma amiga, vendo as fotos depois. 
Mas fotos são só fragmentos de um segundo. E estando lá, como conter a emoção daquele instante? Como ler o carinho das palavras cuidadosamente escritas na parede branca num tom de vermelho absolutamente emocional? Como olhar aquele bolo lindo, aquele abraço coletivo, aquelas equipes que se confraternizavam, que se uniam e não derreter o coração? Como não se sentir a mais feliz das criaturas? Como agradecer por tudo isso? Impossível! Impossível, como são vocês todos:  Impossíveis! Como contê-los? Como evitar que tomem parte do seu tempo de descanso e de suas economias arquitetando sorrisos assim? Caso a se discutir nas próximas reuniões de equipe! 
O resultado da soma dessas datas festivas, é visível nesse sorriso estampado, mas não poderia ser medido jamais pois seu valor é o das coisas que se eternizam. É imaterial. 
O que vocês deram, nessa semana festiva, foi o melhor de si, a certeza de que abraçar é o mais poderoso dos gestos. Que Deus lhes retribua em bênçãos, a alegria que proporcionaram!
Do bolo, que tinha uma capa fashion de oncinha cor de rosa, com delicioso sabor de chocolate, massa fofinha, recheio duplo de côco e ameixa, evidentemente, nao sobrou muito. Sendo tão saboroso, foi pedaço a pedaço, tendo o destino que merecia e a generosidade de vocês proporcionou; foi sendo dividido, compartilhado, distribuído, como devem ser a nossa vida e o amor.
Pouco a pouco, foi indo a casquinha, a massa, o recheio... O doce foi sendo consumido até que acabou. Mas dele, por ultimo, ficou o mais importante, a essência, o laço.
E observando o que sobrou do bolo, eis a a lição muito importante: No final, quando todo o doce acaba, restam apenas os laços. 
Muito obrigada a todos vocês pela riqueza dos laços!
Por Cris Vaccarrezza

Fênix

0 comentários

Sim, eu ainda te amo!
E tenho até vergonha disso. Mas que te amo, amo!
Amo tanto, que as vezes até sinto seu abraço imaginário nas noites frias, quase sinto seu cheiro feito de vinho almiscarado entranhado nas narinas.
Mais ao fundo, quase sinto seu cheiro de pele, o cheiro que eu amo ainda mais que seu perfume.
Sim, eu te amo, ainda. E indefinidamente ainda é ainda...
Depois de tanto tempo, depois de tantos rostos que sorriem, ainda é o seu que identifico em meio à multidão.
Te amo! Te amo ainda. Me desespero com essa sua permanência em minha vida, fazendo barreira, montando guarda, bancando o zagueirão. 
É certo que somos amigos, e somos só amigos, tento crer.
É certo que nossa amizade é de ouro, mas é só amizade afinal.
É certo que já quebramos vários galhos um do outro, mas nenhum amor vive de quebrar galhos, mas de plantar árvores.
Nenhum amor vive de podar asas, mas de cultivá-las.
Apesar da consciência de tudo isso, ainda te amo! 
E você sabe como manter esse amor.
Toda vez que seu perfume ameaça apagar, toda vez que meu corpo esfria de seu corpo, toda vez que seu abraço começa a se apagar na memória da minha pele, você reaparece como a fênix maldita, com esses sorriso incrível que tudo perdoa. 
E tudo perdôo. 
E isso sim, é imperdoável!
Por Cris Vaccarezza
14/06/2014
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...