Qualquer incongruência era como um ponto em aberto na agenda, um fio desencapado, a emitir pequenos choquinhos incômodos e constantes. Era um quesito em aberto, algo a fazer, um piscar incessante que dizia: INCOMPLETO, INCOMPLETO...
Incompleto é parcial, nem aqui nem lá. Onde então, infernos?? Incompleto é sinônimo de indefinido.
Odiava indefinições!
Preferia um não do tipo tapa na cara, que um talvez cutucão.
Aliás, odiava que a cutucassem, que a instigassem, que a demovessem de sua "pazmaceira" para deixá-la no meio da caminho entre aqui e lugar algum. Não pode comigo? Me deixa em paz!
Por isso adorava os que podiam consigo. Os que intuitivamente tomavam os caminhos instituais. Pouco siso, muito riso. Tornavam a vida leve, descompromissada.
Poderia ser descompromissada, sem qualquer problema, desde que fosse esse o acordo. Desde que houvesse regras de descomprimisso e ponto final. Mas exigir uma coisa e ofertar outra era a seu ver, deslealdade, ficava confusa.
Odiava confusões. Confusões evitavam que o cérebro entrasse em standby, o standy que a conectava com o universo. Não poderia abrir-se à paz prazerosa, que consideravam ócio, preguiça, se sua mente continuasse gritando, questionando, pedindo respostas.
Odiava confusões. Confusões evitavam que o cérebro entrasse em standby, o standy que a conectava com o universo. Não poderia abrir-se à paz prazerosa, que consideravam ócio, preguiça, se sua mente continuasse gritando, questionando, pedindo respostas.
Por isso corria pros montes, e se embrenhava no verde. Lá, entre os passarinhos, no silenciar das promessas descumpriras, podia descansar e contemplar o belo. Sem ansiedade, sem cobranças, sem mais...
Por Cris Vaccarezza
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