Fênix


Sim, eu ainda te amo!
E tenho até vergonha disso. Mas que te amo, amo!
Amo tanto, que as vezes até sinto seu abraço imaginário nas noites frias, quase sinto seu cheiro feito de vinho almiscarado entranhado nas narinas.
Mais ao fundo, quase sinto seu cheiro de pele, o cheiro que eu amo ainda mais que seu perfume.
Sim, eu te amo, ainda. E indefinidamente ainda é ainda...
Depois de tanto tempo, depois de tantos rostos que sorriem, ainda é o seu que identifico em meio à multidão.
Te amo! Te amo ainda. Me desespero com essa sua permanência em minha vida, fazendo barreira, montando guarda, bancando o zagueirão. 
É certo que somos amigos, e somos só amigos, tento crer.
É certo que nossa amizade é de ouro, mas é só amizade afinal.
É certo que já quebramos vários galhos um do outro, mas nenhum amor vive de quebrar galhos, mas de plantar árvores.
Nenhum amor vive de podar asas, mas de cultivá-las.
Apesar da consciência de tudo isso, ainda te amo! 
E você sabe como manter esse amor.
Toda vez que seu perfume ameaça apagar, toda vez que meu corpo esfria de seu corpo, toda vez que seu abraço começa a se apagar na memória da minha pele, você reaparece como a fênix maldita, com esses sorriso incrível que tudo perdoa. 
E tudo perdôo. 
E isso sim, é imperdoável!
Por Cris Vaccarezza
14/06/2014

0 comentários :

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...