Unanimidade

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Olha, se quer saber, eu cansei desse papo de tem que ser todo mundo alto, tem que ser todo mundo magro, tem que ser todo mundo fit, tem que ser todo mundo zen, tem que ser todo mundo light, todo mundo tem que usar droga, todo mundo tem ostentar. 
Tem que ser todo mundo branco, todo mundo de direita, todo mundo de esquerda, todo mundo de olho azul, todo mundo bronzeado, todo mundo cabeludo, todo mundo loiro, todo mundo tem que gostar de uva, todo mundo tem que ser lindo, e morar em Paris, todo mundo tem que... Chega!!
Não sou todo mundo! Ninguém é todo mundo! Cada um é apenas o que é! Claro! Ninguém é uma sentença, tudo pode mudar. O que me incomoda é a exigência de ter que mudar pra ser igual a todo mundo!
O que todo mundo esquece é que, embora globalizado, o mundo é uma sopa de carinhas heterogêneas. Cabeças, corpos, etnias, biologias, ideologias, corações e histórias absolutamente diversos.
Não dá pra generalizar! Toda generalização é burra! Aliás, o que parece é que grande parte do "todo mundo" está àvido para se tornar, massa de manobra, bucha de canhão, rótulo, homogeneidade! 
Vamos lá, pessoal! Vamos respeitar as diferenças! Vamos tentar ser diferentes só para contrariar! Vamos tentar existir enquanto digital independente, enquanto ser humano único! Reivindique seu direito de existir! Não aceite ser mais um! E se quiser mudar algo em você, que seja por vontade própria, jamais por imposição de uma massa cada vez mais homogeneamente acéfala!
E pra finalizar, como eu disse no princípio, isso tudo é se quiser saber. Gostaria de informar que todo mundo NÃO tem que concordar comigo. Essa é apenas a minha opinião,  você também não precisa concordar comigo! Divirja! Divergir é bom! Seja você! Seja único!
Por Cris Vaccarezza
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Você me procurou naquela tarde abafada, tornando o ar quente, ainda mais rarefeito. O susto daquela mensagem inusitada em plena três da tarde de uma segunda feira, primeiro do ano me fez faltar o ar. O coração brecou no peito por alguns segundos. Os olhos incrédulos piscaram algumas vezes como a conferir se era mesmo seu, o nome que entrava como notificação, ao lado de um "Olá, feliz ano novo!" no canto da tela.
E era você! Depois de tanto tempo, de tanto amor desperdiçado, de tanto silêncio fio desencapado, de tanta saudade amargurada só, você volta, do nada, travestido de manhã de reveillon em meio a uma ressaca guerra!
Mas por que logo hoje? Por que agora, depois de tanto tempo? Ora, contemporizei, deixa de bobegens menina, é só uma mensagem de feliz ano novo. O cara não te pediu em casamento... Mas a sutil memória dos seus sussurros em meu ouvido me dizia que não pararia por alí.
Não vou responder. Vai sim, eu te conheço! Não, não vou! Não sou a mesma mulher que ele conheceu. Tenho muito m ais cicatrizes, muito mais feridas, muito mais pontas, arestas, quinas e desilusões. Tinha mágoas mesmo. Magoas, dele inclusive. Magoas da sua ausência. Medos, medos muitos.
Mas mais que isso, ainda tinha depois de tanto tempo, a lembranca nítida das suas mãos nas minhas, dos seus olhos nos meus e dos inumeros sorrisos que me arrancou. E isso, mais q todas as cicatrizes, feridas e mãgoas, era a parte que em mim, doia mais,
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