Falta de Eventualidade (Uma certeza incerta)

E se um dia você acordar com saudades de tudo o que foi?
Se algum dia, você se encontrar inexpelicavelemte querendo voltar
Voltar para todas as coisas que sabe racionalmente que não deram certo
Que provávelmnte jamais darão,
Mas que no peito resta uma pontinha de dúvida,
calada, súbita, incômoda, inconfessável...
uma pontinha de vontade de tentar outra vez?
Se em sua boca que hoje adoça com um outro mel,
no final de um beijo qualquer restar um travo de saudade
e se te der vontade de tentar outra vez?
Se você de repente tiver um desejo de reatar antigos laços?
De superar, reconstruir, reeerguer, tentar outra vez?
Você optaria por ir embora, dar a volta, arriscar, reviver?
Ou viveria nessa eterna dúvida amarga do ser ou não ser??
Eis a questão...
Se voltar poderia dar certo! Tantos laços...
Se superassem as mágoas, como uma fênix, renasceria mais forte.
Ou como a morte, seria um recomeço...
Se fcar, seria uma nova estrada, um caminho diferente, mas a saudade...
Ah, a saudade é traiçoeira. Tantos momentos vividos!
Será que ao revê-la, revendo-a quase todos os dias,
Essa brasa que ardeu um dia, não reavivará?
Será?
Será que o cheiro dos cabelos, um movimento qualquer,
um sorriso que esconde um mistério dos anos passados,
aviva a memória de um segredo vivido entre os dois...
E está feito! Cumplicidade, isso é árvore de raízes profundas!
É preciso que se tenha vivido muito no erro para ter a certeza da irrevogabilidade.
Pois uma vez escolhido outro destino, uma vez compradas novas passagens,
Outros passageiros embarcam no trem da sua vida.
Outros sonharam em chegar a um destino melhor.
E independente da incerteza à frente,
é preciso ter certeza da impossibilidade de voltar.
Impossibilidade não por "falta de eventualidade".
Por falta absoluta de vontade  mesmo...
O que mata as coisas, não é a incerta, mas a falta de vontade.
E assim, diante do silêncio estabelecido, no meio da madrugada, um lapso de dúvida me assalta:
Onde andará seu pensamento quando não está comigo. Em alguma saudade, talvez?
E eu te pergunto, diante desse teu olhar perdido...
E se um dia você acordar com saudades de tudo o que foi?
Você optaria por ir embora, dar a volta, arriscar, reviver?
Sim, porque se tiver que ir, eu entendo. Vai doer, mas vai passar...
Quero que sejas feliz, lembra?
E eu? Eu sobrevivo (acho). Só preciso saber antes de acontecer.
Antes que seja tarde demais pra voltar atrás...
Por Cris Vaccarezza

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